quarta-feira, 7 de julho de 2010

Novas vacinas para crianças

Novas vacinas gratuitas no calendário de vacinação infantil: antipneumocócica e antimeningocócica.
Ministério da Saúde anuncia hoje que as campanhas nacionais vão acontecer em março e agosto. Confira aqui os detalhes e o que fazer se seu filho já começou a tomar umas dessas vacinas na rede privada.


Fique atenta! O calendário de vacinação do seu filho vai ganhar duas novas vacinas este ano: antipneumocócica e antimeningocócica. Elas foram incorporadas ao calendário nacional de imunizações do Ministério da Saúde e agora serão distribuídas gratuitamente. Até o ano passado, só estavam disponíveis nas clínicas particulares, com um custo médio de R$ 250 cada dose da antipneumocócica e R$ 165 da antimeningocócica.


A primeira campanha nacional começa em março com a vacina antipneumocócica, que protege contra doenças causadas pela bactéria pneumococo, como pneumonia, meningite, sinusite e otite. As doses vão ser dadas aos 2, 4 e 6 meses, com reforço entre 12 e 15 meses. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, o pneumococo é a segunda maior causa de meningites bacterianas. Entre 2000 e 2008, foram cerca de 1.250 casos por ano.


Em agosto é a vez da vacina antimeningocócia, contra infecções e meningite causadas pela bactéria meningococo C. As crianças devem receber duas doses no primeiro ano de vida, aos 3 e aos 5 meses, com reforço aos 12 meses (ainda não confirmado pelo Ministério da Saúde).  Especialmente neste primeiro ano de implantação das duas vacinas, crianças de 1 a 2 anos que ainda não foram protegidas contra doenças causadas pelas bactérias meningococo e pneumococo serão imunizadas. As com mais de 12 meses devem tomar apenas uma única dose da antipneumocócia. Quanto à antimeningocócia, o Ministério da Saúde ainda não divulgou a dosagem. A partir de 2011, apenas crianças com até um ano serão beneficiadas.


Se seu filho já tomou alguma dose dessas vacinas na rede privada, você pode continuar a vacinação paga ou então fazê-la na rede pública, gratuitamente. “Mesmo que a dose da vacina que a criança tomou anteriormente seja de laboratório diferente da que está disponível no SUS (rede pública), não há riscos para a saúde da criança fazer essa migração”, diz Jean Gorinchteyn, infectologista do Hospital São Camilo. Só não esqueça de levar a carteira de imunização do seu filho no dia de ele tomar a vacina e de sempre respeitar as dosagens . “É importante que os pais cumpram a idade para cada dose, porque a criança não fica totalmente imunizada com apenas algumas delas”, diz Mauro Borghi, pediatra do Hospital São Luiz (SP).


Fonte: Marco Aurélio Sáfadi, pediatra e infectologista do Hospital Albert Einstein (SP) e membro do departamento científico de infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria

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