segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Como construir um relacionamento extraordinário


As melhores coisas na vida como o sucesso, felicidade, amor, dependem da nossa habilidade para criar e manter relacionamentos bem sucedidos e duradouros. A grande maioria de nós tem nota excelente no inicio dos relacionamentos, para mais tarde nos desleixarmos e acabarmos com uma classificação de não satisfazPorque razão os relacionamentos criam problemas tão preocupantes? Por vezes os problemas de relacionamento devem-se a uma falha nas habilidades da inteligência emocional. Afortunadamente, nunca é tarde demais para desenvolver estas habilidade e melhorar a capacidade de se relacionar de forma emocionalmente inteligente. Assim que implementar no seu reportório emocional e relacional as 5 funções chave das habilidades da inteligência emocional, ficará habilitado para criar relacionamentos mais seguros, bem sucedidos e duradoros.

Como é que a inteligência emocional pode ajudar os nossos relacionamentos?

Muitas pessoas colocam a sua melhor motivação e atitude no seu novo emprego ou quando pretendem conquistar um novo companheiro, mas tropeçam, quando tentam manter os seus relacionamentos a longo prazo. Isso porque manter uma relação saudável e satisfatória requer uma habilidade única que muitos de nós não temos. Esta habilidade é conhecida como inteligência emocional.
A inteligência emocional é a habilidade para reconhecer, controlar, e comunicar efetivamente as nossas emoções, e reconhecer as emoções nas outras pessoas. Quando as nossas habilidades associadas à inteligencia emocional estão bem desenvolvidas, asseguramos uma sólida fundação emocional que nos ajuda a construir um forte relacionamento e a saber comunicar com clareza.

As habilidades da inteligência emocional irão ajudá-lo a:

  • Construir um relacionamento gratificante e duradouro
  • A ficar calmo e focado, mesmo em situações de tensão
  • Entender as suas próprias motivações, sentimentos e necessidades
  • Reconhecer a diferença entre comunicação prejudicial e útil. Saber “ler” bem as outras pessoas
  • Refutar argumentações e reparar sentimentos feridos
  • Encontrar mais diversão e alegria no seu relacionamento
  • Transformar os conflitos numa oportunidade para construir a confiança
Se você tiver problemas com qualquer uma destas habilidades e gostaria de construir fortes relacionamentos e mais satisfatórios, tenha esperança. A inteligência emocional não é algo com que nascemos – é aprendido. Você pode continuar a aprender e desenvolver as competências da inteligência emocional durante toda a sua vida.

PORQUE É QUE O ACONSELHAMENTO NO RELACIONAMENTO NEM SEMPRE FUNCIONA?

As emoções são os blocos de construção de cada relacionamento nas nossas vidas, e o poder dessas emoções não pode ser negligenciado. As emoções na grande maioria da vezes sobrepõem-se  aos nossos pensamentos e influenciam profundamente o nosso comportamento, quase sempre sem a nossa consciência. A maioria das pessoas procuram o aconselhamento no relacionamento para encontrarem respostas para problemas em que  acreditam serem as responsáveis pelos seus conflitos, sem perceberem que existem questões  mais fundamentais no cerne do problema. Elas estão a tentar curar os sintomas superficiais de seus relacionamentos disfuncionais, sem examinar as verdadeiras questões emocionais que estão em lume brando. Mas até que as questões fundamentais sejam abordadas, os problemas e os conflitos continuarão.

Consideremos os problemas de relacionamento destas pessoas fictícias:

O António teve experiências de dor física e emocional no início da sua vida, e está determinada a manter sua família unida. Mas a sua esposa tem vindo a ameaçá-lo com o divórcio. Num livro, bestseller, António encontrou a forma de implementar alguns passos para mudar o seu comportamento e tomou coragem para iniciar uma discussão aberta na sua relação com a sua esposa. Infelizmente, a maioria das boas intenções a que o António se propôs perderam-se, dado que a sua comunicação não-verbal (a verdadeira linguagem do amor) transmitiu apenas as suas necessidades e ignorando as da esposa.
A Juliana chama a atenção para a sua boa aparência e sentido de humor, mas ela nunca se sente confortável com ela mesma. Ela tem lido muitos livros sobre o que os homens querem, ela tem muitos encontros, mas cada vez que ela encontra alguém que ela realmente gosta, a relação dura pouco tempo. Ela culpa aqueles que a desapontam, mas ela não percebe que a sua incapacidade de relaxar e mostrar-se interessada  são as causas dos seus problemas de relacionamento.
A Margarida, cuja mãe estava deprimida quando ela era jovem, tem uma licenciatura em direito numa das mais prestigiadas faculdades de Direito do país. Ela normalmente, parece e age como alguém responsável, mas tem um calcanhar de Aquiles. A incapacidade para enfrentar o conflito tem prejudicado a sua carreira. Apesar da terapia em coaching, e das suas boas intenções, ela permanece presa e incapaz de avançar.
Em cada um destes exemplos, supostamente o aconselhamento no relacionamento prova a sua ineficácia. Porquê? Porque a verdadeira fonte dos problemas na relação, as questões relacionadas com a inteligência emocional, nunca foram abordadas.

AS HABILIDADES DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E O SEU RELACIONAMENTO

A sua inteligência emocional é o conjunto de habilidades de relacionamento ou habilidades-chave que ajudam a estabelecer relações fortes e a lidar com problemas de relacionamento. Encontre o seu nível de habilidade da inteligência emocional, respondendo às questões deste questionário breve. Responda com: normalmente, às vezes, ou raramente.
  • Você sente-se ligado quando fala com a maioria das pessoas? Ou distrai-se facilmente?
  • Você sente-se confortável com as pausas? Você sente-se à vontade quando ninguém está a falar?
  • Você sente quando alguém se sente incomodado antes de o expressar?
  • Você julga ou crítica alguns dos seus sentimentos e emoções?
  • Você presta atenção à sua intuição ao tomar decisões importantes?
  • Você percebe logo, assim que fica stressado?
  • Você sabe como se acalmar rapidamente quando fica stressado?
  • Você ri e brinca com os outros?
  • Você usa o humor para negociar situações difíceis?
  • Você lida bem com as diferenças e desacordos?
Responder a grande parte destas questões indica que você está a ter um bom inicio para melhor aplicar as habilidades de comunicação com inteligência emocional na sua relação. Se as suas respostas foram maioritariamente, às vezes ou raramente, você provavelmente necessita de algum tipo de ajuda para desenvolver algumas habilidades na sua relação.

AS CINCO HABILIDADES CHAVE

Embora cada relacionamento seja único, existem cinco habilidades da inteligência emocional, que são de vital importância para a construção e manutenção de relacionamentos saudáveis.

Habilidade chave nº1: Habilidade para gerir o stress

O stress diminui a sua capacidade de sentir, de pensar racionalmente, e de estar emocionalmente disponível para a outra pessoa, essencialmente, bloqueando a boa comunicação. Isto prejudica a relação. Ser capaz de regular o stress, permite-lhe manter-se emocionalmente disponível. O primeiro passo para comunicar com inteligência emocional é reconhecer quando é que os níveis de stress estão fora de controlo e reverter a situação, sempre que possível, para um estado de relaxamento e em consciência. Pondere ler: 6 estratégias para combater o stress.

Habilidade chave nº2: Habilidade para reconhecer e gerir as suas emoções

Trocas afetivas reforçam o processo de comunicação. Estes intercâmbios são desencadeados por emoções básicas, incluindo a raiva, tristeza, medo, alegria e desgosto. Para comunicar de uma forma que se envolva com os outros, você tem que ser capaz de aceder às suas emoções e reconhecer como elas influenciam as suas acções e relacionamentos. No entanto, as suas emoções podem ser distorcidas, anestesiadas, ou recalcadas, especialmente se você já experimentou precocemente alguns traumas na sua vida , como perda, traição, isolamento ou abuso. Infelizmente, sem consciência emocional, somos incapazes de compreender as nossas próprias motivações e necessidades, ou comunicarmos efetivamente com os outros. A fim de ser emocionalmente saudável e emocionalmente inteligente, você deve trabalhar no sentido de ligar-se ao âmago das suas emoções. Para um melhor esclarecimento acerca deste assunto, pondere ler: Aprenda a gerir as suas emoções e a ter controlo na sua vida.

Habilidade chave nº3: Habilidade para comunicar de forma não-verbal

As formas mais poderosas de comunicação não contêm palavras, e acontecem num ritmo muito mais rápido do que o discurso. Utilizar a comunicação não-verbal é a forma de atrair a atenção dos outros e manter os relacionamentos no bom caminho. Contato ocular, expressão facial, tom de voz, postura, gestos, toque, intensidade, tempo, ritmo e sons que transmitem compreensão ativam o cérebro e influenciam os outros, muito mais do que só as suas palavras. A nossa maneira de falar, ouvir, olhar e movimentarmo-nos produz uma sensação de interesse, confiança, emoção e desejo de conexão, ou pelo contrário, vão gerar medo, confusão, desconfiança e desinteresse. A comunicação não-verbal não é sobre palavras, mas não se processa necessariamente em silêncio, o tom de voz ou um suspiro bem colocado pode dizer muita coisa.  A comunicação não-verbal tem muito de linguagem visual. Se um conversador está de pé rigidamente, a mensagem que ele envia podem ser bastante diferente do que se ele estiver visivelmente relaxado. Um óbvio olhar rasgado ou um encolher de ombros subtil, pode querer dizer muito, mesmo sem intenção consciente da pessoa. Desta forma, a comunicação não-verbal é vital para manter os relacionamentos forte e saudáveis.
Parte da melhoria da nossa comunicação não-verbal envolve a atenção para:
  • Contacto ocular
  • Expressão facial
  • Tom de voz
  • Postura
  • Gestos
  • Toque
A comunicação não-verbal é um regulador da qualidade das relações, consciente ou inconscientemente envia sinais positivos ou negativos para os outros. Nada revela mais sobre nós para os outros, ou atrai outros para nós, que a comunicação sem palavras. Por este motivo, devemos esforçarmo-nos para conseguirmos ser coerentes entre a forma como nos expressamos e as emoções. que estamos a sentir. Normalmente quando estamos num estado emocional muito ativo, as nossa expressões falam por nós, são sinceras e revelam aquilo que estamos a pensar.

Habilidade chave nº4: Habilidade para usar humor e brincar no seu relacionamento

Ser brincalhão e usar o humor pode ajudá-lo a lidar com situações problemáticas e embaraçosas. Compartilhar mutuamente experiências positivas também eleva a moral, pode ajudá-lo a encontrar recursos internos necessários para lidar com a decepção e desgosto, e dar-lhe a vontade para manter uma conexão positiva ao seu trabalho e às pessoas significativas da sua vida.
Utilizar a comunicação lúdica no seu relacionamentos ajuda-o a:
  • Ultrapassar dificuldades. Ao permitir-nos ver as nossas frustrações e decepções de novas perspectivas, risos e brincadeiras  permitem-nos ultrapassar alguns aborrecimentos, dificuldades, e contratempos.
  • Ajustar diferenças. Usar o humor suave, muitas vezes ajuda-nos a dizer coisas que possam ser difíceis sem a criação de um apaziguador.
  • Relaxar e recuperar energia. Brincar e rir, relaxa o corpo e recarrega as nossas baterias emocionais.

Habilidade chave nº5: Habilidade para resolver conflitos nas suas relações

A forma como cada um de nós reage às diferenças e divergências nas relações pessoais e profissionais podem criar distanciamento e hostilidade irreparável, ou pelo contrário pode promover a construção da segurança e confiança.
A forma como você reage às diferenças e divergências nas relações pessoais e profissionais podem criar clivagens  e hostilidade irreparável, ou pode iniciar a construção da segurança e confiança.  A capacidade que cada um de nós tem para gerir os conflitos e perdoar facilmente é apoiada pela capacidade de gerir o stress, e estar emocionalmente disponível para se comunicar verbalmente, e de usar bom humor. O conflito é normalmente o combustível que alimenta a mágoa, injustiça e perda de respeito. Duas pessoas não podem ter sempre as mesmas necessidades, opiniões e expectativas e isto não tem que ser necessariamente uma coisa ruim! Quando o conflito é resolvido de uma forma saudável, transforma-se na pedra fundamental para a confiança entre as pessoas. Quando o conflito não é percebido como ameaçador ou punitivo, promove a liberdade, a criatividade, confiança e segurança nos relacionamentos.

Resolver os conflitos de uma forma positiva envolve:

  • Estar focado no presente. Quando estamos emocionalmente presentes e sem alimentar velhas mágoas e ressentimentos, podemos reconhecer a realidade da situação actual e vê-la como uma nova oportunidade para a resolução de antigos sentimentos sobre os conflitos anteriores.
  • Escolher os seus argumentos. Considere o que vale a pensa discutir e o que pode ignorar. Escolha as suas batalhas com sabedoria.
  • Ser capaz de perdoar. Se você continua a sentir-se prejudicado, deverá proteger-se. Mas se não for o caso, a resolução de conflito, envolve renunciar à vontade de punir.
  • Colocar um ponto final nos conflitos que não podem ser resolvidos. São necessárias duas pessoas para manter um argumento ativo. Se você não consegue encontrar um ponto comum, abandone o argumento.
Depois de saber como manter-se emocionalmente presente, e controlar o stress, você pode evitar uma reacção exagerada ou reagir de forma assertiva em situações emocionalmente tensas. E com a ajuda da comunicação não verbal e do humor você pode evitar e acabar com muitos problemas antes de se transformarem em conflito.

COMO MELHORAR A SUA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Felizmente a inteligência emocional pode ser ensinada e desenvolvida. Há muita literatura e muitos testes disponíveis para o ajudar a determinar a sua inteligência emocional atual e identificar onde é que você pode precisar fazer algumas melhorias.


Torne-se consciente de si. Aprenda a reconhecer as suas emoções e seus efeitos, como você reage ao seu ambiente e como as suas emoções afetam seu comportamento. Use-as para encontrar maneiras de fazer as melhores decisões e resolver problemas em áreas onde você se sente vulnerável.
Observe como é que você reage em situações stressantes. Você fica chateado muito rapidamente? Você culpa os outros e fica zangado? Como é que você age quando as coisas ficam tensas? Ser capaz de manter a calma e manter as suas emoções sob controlo em situações difíceis, é importante em casa e no trabalho.
  • Gerencie as suas emoções. Exercite o controlo dos seus sentimentos e comportamentos. Lide com as suas emoções de uma forma saudável. Tome a iniciativa, mostre-se ser digno de confiança por parte do outro e adapte-se à mudança e circunstâncias.
  • Torne-se socialmente consciente. Gaste algum do seu tempo e observe a maneira como interage com as outras pessoas. Examine a forma como as suas acções afetam os outros. Você ouve e pensa sobre aquilo que os outros dizem? Você é uma pessoa de mente aberta e aceita a opinião dos outros? Aprenda a estar atento às pistas emocionais que os outros expressam. Aprecie os que as outras pessoas dizem e porque razão estão a dizer determinada coisa.
A inteligência emocional é uma inteligência que tem a ver com discernimento e compreensão de informação emocional. Uma compreensão intelectual da inteligência emocional é muito importante, mas aquilo que é mesmo necessário para o seu desenvolvimento e aprendizagem, depende de muita prática sensorial não-verbal.

PREPARADO PARA CONSTRUIR UM RELACIONAMENTO EXTRAORDINÁRIO?


Os 10 sabotadores do seu sucesso


O que são esses sabotadores? Bem, são pequenos vícios que você não se apercebe que faz, mas que destroem carreiras, relacionamentos, negócios, a felicidade, o bem-estar, impedem no fundo que seja bem sucedido naquilo a que se propõe. Pretendo esclarecê-lo acerca das características existentes nessas pessoas e suas atitudes sabotadoras. Se você se identificar com alguma dessas atitudes, não desespere, é sempre tempo de mudar.

FAZEM AS COISAS POR FAZER

São pessoas que estão recorrentemente preocupadas, agitadas e atarefadas, o que fazem é sempre de extrema importância. Elas são como aquele jogador de futebol que corre sem objetivo pelo campo, sem pensar que, se tivesse uma noção clara do que fazer, poderia esforçar-se menos e obter melhores resultados.

NÃO TERMINAM O QUE FAZEM

São pessoas que não completam o curso de inglês ou de música, o relatório que precisam preparar, a petição que tinha um prazo determinado, o projeto financeiro que deveriam entregar até ao final da semana, etc. Também pertencem a esse grupo os executivos que implementam com grande pompa e circunstância novos programas na empresa e não dão continuidade a eles. Iniciam tantas atividades ao mesmo tempo, todas com a mesma prioridade, que não têm fôlego para completar nenhuma delas.

ESTÃO SEMPRE COMEÇANDO ALGO

Como não completam os objetivos a que se propuseram, essas pessoas apegam-se à ilusão de que algo novo salvará as suas vidas: um novo projeto, um novo trabalho, um novo amor, um novo terapeuta, um novo estilo administrativo etc. Depois de algum tempo, a motivação desaparece como por artes mágicas e elas têm que esquematizar uma nova promessa de salvação para suas vidas.

NÃO PLANEJAM

Começam tudo por impulso, porque ficam fascinados à primeira vista, sem analisar as consequências. Quando surgem as dificuldades, correm em busca de soluções mágicas, o que só traz novos problemas.

QUANDO PLANEJAM NÃO REALIZAM ESSES OBJETIVOS

Estão constantemente a ter novas ideias, o que leva à modificação de todo o planejamento, desvalorizando o que havia sido combinado anteriormente. O seu método preferido é iniciar algo sempre que uma crise se instala. Ajudam a criá- las ao deixar de preveni-las; assim, sentem que têm algum controlo sobre a sua vida, ficando esperançados que ainda podem resolver a situação ou partir para outra.
Citação: “Algumas pessoas tem uma certa habilidade em escolher precisamente aquilo que é pior para elas.” J.K. Rowling

NÃO TÊM NOÇÃO DE RITMO

Tendem a dedicar-se muito no inicio, com muita energia, e por vezes um pouco fora da realidade, mas aos poucos vão desanimando para mais tarde desistirem. São como aquelas pessoas que, ao começar um curso de piano, estudam 6 horas por dia, fazem aulas extras e compram todos os discos. Mas aos poucos vão perdendo o ímpeto até que, após alguns meses, chegam ao ponto de esquecer que têm um piano.

PROCURAM SEMPRE SOLUÇÕES FANTÁSTICAS

O sucesso é construído de hábitos que devem ser implementados diariamente, pouco a pouco e com a noção das capacidade que se tem. Por exemplo, em vez de se consciencializarem de que um corpo bonito e saudável é resultado de uma dieta adequada, acompanhada de exercícios físicos, essas pessoas acreditam sempre que existe algum tipo de regime fantástico que permite comer o que quiser e quanto quiser. Frequentemente, apresentam as soluções no último instante, quando não há mais tempo para implantá-las ou quando a sua implementação já não faz sentido. Apresento algumas soluções para este tipo de problema no artigo: Um pequeno passo pode mudar a sua vida. Em vez de procurar mudanças radicais, que são ambiciosos, de difícil implementação e muitas vezes de insucesso, é mais benéfico estas pessoas darem pequenos passos de forma a sentirem-se confortáveis.

VIVEM NO “QUASE”

Quase me formei, quase me casei, quase tive filhos. O “quase” mantém a ilusão de sucesso dessas pessoas, pelo fato de terem chegado perto do topo da montanha. Na verdade, elas procuram não se comprometer. Usam muito a palavra “talvez” e a expressão “pode ser”. Correm sempre “atrás” do futuro: gostaria, faria, levaria. Note que a percepção interior e o comprometimento de alguém que diz “vou a sua casa hoje às 9 horas” é muito diferente de uma pessoa que diz simplesmente “talvez eu apareça em sua casa”.

NÃO LIGAM AOS DETALHES DIFERENCIADORES

O assistente vai à reunião de decisão sem o relatório. O Carpinteiro vai à casa do cliente tirar as medidas para a construção da mobília e não leva o instrumento de medida. Sai com a pessoa que pretende conquistar , sem cuidar da sua imagem e sem tomar banho. São os detalhes que fazem a diferença entre uma vitória e uma derrota.

NÃO MANTÉM OS COMPROMISSOS

Como mudam de ideia com frequência, qualquer contratempo é motivo suficiente para não cumprir os acordos previamente estabelecidos. Como alguém que combina ir a um aniverário de um amigo e se comprometeu com a namorada a comprar a prenda, mas descobre que está sem dinheiro e decide não gastar mais. Ele muda de ideia e não avisa a namorada. Simplesmente não compra a prenda e deixa a namorada ir à festa de aniversário do amigo,  esta fica esperando e ele não aparece. Estabelece-se um padrão sabotador de si mesmo, perde-se a responsabilidade e a credebilidade.

O que estas pessoas devem mudar?

Talvez neste momento você esteja consciente de que têm alguns desses hábitos que sabotam o seu sucesso (na verdade, todos nós em algumas áreas da nossa vida cometemos alguns destes comportamentos inadequados). A consciencialização é o primeiro passo para a mudança. A partir de agora observe esse hábito cada vez que ele surgir, analise as consequências negativas para a sua vida e comece a desenvolver novos hábitos.
Por exemplo, se você está criando uma maneira saudável de se alimentar, não vá a um rodízio de carnes. Sempre que o empregado de mesa passar oferecendo alguma coisa você vai ser obrigado a tomar uma decisão difícil e que o coloca no caminho do insucesso, com a agravante de lhe tirar o prazer de estar no restaurante. Ou então decide sucumbir à tentação da comida em excesso, tendo prazer imediato, mas culpabilizando-se o resto do dia. Reforça assim a noção que tem de si mesmo, como alguém que não cumpre o que promete. Simplifique a sua vida. O sucesso virá de forma natural.
Citação: “O homem que não sabe dominar os seus instintos, é sempre escravo daqueles que se propõem satisfazê-los.” Gustave Le Bon
Os campeões criam um sistema de realizações que facilita a obtenção dos seus objectivos. Eles têm hábitos funcionais que evitam desgaste desnecessário de energia. Por exemplo: fumar é frequentemente um desgaste na vida das pessoas. Instalando-se a dúvida:
  • Será que eu devia parar de fumar?
  • Não devia ter fumado logo pela manhã.
  • Por que fumei tanto hoje?
  • Amanhã vou parar.
  • Vou só fumar um cigarro porque estou triste…
Um milhão de perguntas e frases vão drenando a sua energia, deixando a sua mente cansada, retirando capacidade para tomar decisões alinhadas com o seu desejo.

Mas com tanta pressão, como vou conseguir fazer tudo de forma assertiva?

Você precisa deixar de lado as crises existenciais desnecessárias. Estas só justificam o mecanismo de defesa que criou, você defende-se arranjando justificações que “julga” serem lógicas para o facto de se sentir mal consigo mesmo. A nossa mente, esforça-se sempre por ser coerente, por contar uma história que tenha sentido. Se você se sente mal, tem de existir uma justificação, se não a procurar de forma estratégica, procurando factos reais e baseados em acontecimentos concretos, você fica à deriva, deixando os seus receios construírem inconscientemente uma história que o proteja (que na realidade o prejudica). Está apenas a proteger o seu ego. Está a criar uma ilusão de capacidade abandonado o barco antes que este se afunde, para não encarar a dura realidade que a responsabilidade é sua.
Citação: “Há uma espécie de conforto na auto-condenação. Quando nos condenamos, pensamos que ninguém mais tem o direito de o fazer.” Oscar Wilde

Como resolver?

Deve esforçar-se para perceber que tipo de conflitos internos possui, e prejudicam a obtenção dos resultados pretendidos. Foque-se nas acções que lhe permitem atingir a meta. Não se trata de estabelecer um sistema rígido, em que completar o que começou seja uma obrigação, sem permissão para crise ou sem flexibilidade para mudanças, mas sim de aprender a decidir e a realizar o que é importante na vida, sem adiar nem procurar justificações antecipadas. Quebre o padrão de percepção de incapacidade e comece a  levar-se a sério. Acredite em si, leve as coisas até ao fim, mesmo que julgue ir fracassar. Aceite a possibilidade de fracassar/falhar, mas assuma esse risco. A aceitação dessa possibilidade, permite-lhe ganhar experiência e testar as suas capacidades e limites. Para aprofundar este assunto leia: O fracasso é uma opção, mas o medo não.
Quando uma pessoa não alcança um objetivo, não foi apenas uma meta que deixou de ser cumprida. Houve também um esforço para cumprir aquilo que planejou, que traçou para si, permitiu estabelecer uma relação consigo mesmo, apoiou-se na sua auto-imagem, reforçou caminhos e testou outros, uns que se verificaram satisfatórios, outros nem por isso. Se não testar a sua confiança, se não andar de braço dado com a crença que tem em si, essa desconfiança e desacreditação vai minando, aos poucos, os seus desejos e sonhos. As metas que estabelece a partir daí serão cada vez menores, sem desafios, levando à desmotivação e à sabotagem de si mesmo.

ASSUMA-SE COMO É! PARTICIPE!

Olhe-se de frente, aceite-se com as suas virtude e defeitos, faça uma auto-análise e perceba o que necessita melhorar. O que é que se propõe a mudar, sem desculpas, sem “mas”, sem “se isto…”, “se aquilo?”
Quais são os sabotadores dos seus objectivos? Que hábitos tem que gostaria de mudar? Partilhe connosco a sua experiência.
Consultas Psicologia Online


 MIGUEL LUCAS - Licenciado em Psicologia, exerce em clínica privada. É também preparador mental de atletas e equipas desportivas, treinador de atletismo e formador na área do rendimento desportivo. É autor da Escola Psicologia.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...