Estudo norte-americano revela que crianças com uma relação segura com os pais têm menos risco de serem obesas.
Ana Paula Pontes
Sabe aquele colo que você dá ao seu filho quando ele chora sentido porque ficou com medo de alguma coisa? Você pode nem imaginar o bem que está fazendo não só para o emocional dele, como também para a saúde física. Um estudo, publicado noArchives of Pediatrics & Adolescent Medicine, sugere que crianças que não têm um relacionamento seguro com seus pais – em especial com as mães, têm mais risco de se tornarem obesas.
Os pesquisadores das Universidades de Ohio e Temple, dos Estados Unidos, avaliaram a interação de mais de 6 mil crianças, aos 2 anos e 4 anos e meio, com seus pais e concluíram que aquelas que interagiam mais com eles (como procurar por um abraço) e eram confortadas em situações estressantes tinham risco de obesidade em torno de 16,6% contra 23,1% daquelas que não tinham uma relação segura.
Segundo Sarah Anderson, professora da Universidade de Ohio e principal autora do estudo, a obesidade pode ser também uma manifestação de desregulação de áreas do cérebro que controlam as respostas ao estresse. Essas mesmas áreas, segundo ela, controlam o ciclo de sono/vigília, fome e sede, e uma variedade de processos metabólicos, principalmente por meio da regulação de hormônios.
Para Rita Calegari, psicóloga do Hospital São Camilo (SP), a primeira forma de a criança entrar em contato com o mundo é pela boca – seja para receber alimentação, para chorar ou o prazer em conhecer objetos. É por isso que esse comportamento, de encontrar prazer por meio da boca, se estende depois na vida adulta. Quantas vezes quando estamos inseguros, carentes, desamparados, não procuramos conforto em um pedaço de chocolate? “Quando a criança busca e recebe conforto por meio do abraço, da sua atenção, do aconchego, você está oferecendo a ela mais uma opção – além de comer, o que vai ser sempre forte – para lidar com aquele momento”, diz Rita. E esse aprendizado - de saber que pode contar com você - ela vai carregar para o resto de sua vida, sem ter a comida como única forma de aliviar uma frustração.
Agora, se você vive com medo da medida entre afeto e mimo, a especialista alerta. “Às vezes, ficamos tão preocupados em não mimar, como se dar atenção fosse um excesso, que corremos o risco de criar uma criança carente”, diz Rita. E tem horas que tudo o que seu filho quer é ficar no aconchego do seu colo, mesmo que não esteja com dor, fome ou medo.
Os pesquisadores das Universidades de Ohio e Temple, dos Estados Unidos, avaliaram a interação de mais de 6 mil crianças, aos 2 anos e 4 anos e meio, com seus pais e concluíram que aquelas que interagiam mais com eles (como procurar por um abraço) e eram confortadas em situações estressantes tinham risco de obesidade em torno de 16,6% contra 23,1% daquelas que não tinham uma relação segura.
Segundo Sarah Anderson, professora da Universidade de Ohio e principal autora do estudo, a obesidade pode ser também uma manifestação de desregulação de áreas do cérebro que controlam as respostas ao estresse. Essas mesmas áreas, segundo ela, controlam o ciclo de sono/vigília, fome e sede, e uma variedade de processos metabólicos, principalmente por meio da regulação de hormônios.
Para Rita Calegari, psicóloga do Hospital São Camilo (SP), a primeira forma de a criança entrar em contato com o mundo é pela boca – seja para receber alimentação, para chorar ou o prazer em conhecer objetos. É por isso que esse comportamento, de encontrar prazer por meio da boca, se estende depois na vida adulta. Quantas vezes quando estamos inseguros, carentes, desamparados, não procuramos conforto em um pedaço de chocolate? “Quando a criança busca e recebe conforto por meio do abraço, da sua atenção, do aconchego, você está oferecendo a ela mais uma opção – além de comer, o que vai ser sempre forte – para lidar com aquele momento”, diz Rita. E esse aprendizado - de saber que pode contar com você - ela vai carregar para o resto de sua vida, sem ter a comida como única forma de aliviar uma frustração.
Agora, se você vive com medo da medida entre afeto e mimo, a especialista alerta. “Às vezes, ficamos tão preocupados em não mimar, como se dar atenção fosse um excesso, que corremos o risco de criar uma criança carente”, diz Rita. E tem horas que tudo o que seu filho quer é ficar no aconchego do seu colo, mesmo que não esteja com dor, fome ou medo.
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