sexta-feira, 29 de abril de 2011

Torradas Queimadas

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola. Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:

" - Amor, eu adorei a torrada queimada... só porque veio de suas mãos"

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:

" - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro!

" - O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

" - Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir um as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando, ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha de frios como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer  você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar e brincávamos juntos durante este tempinho, com sua mãe você chorava, pelo shampoo, pelo pentear, etc.

" - A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apóia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, no dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai, novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor."

De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com  amigos. Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu   próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dele; você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.

As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir !!!!

(autor desconhecido)

Quando a comida não combina com o remédio


Por Mônica Tarantino / Revista Isto É
Estudos começam a mostrar como e quais são os nutrientes que interferem na ação das drogas. Dependendo da combinação, eles aumentam ou reduzem sua eficácia.

Sucos de frutas cítricas, como a laranja, podem prejudicar a absorção de drogas para dormir

Um lado menos conhecido dos impactos dos alimentos – a sua ação sobre os remédios – começa a ser mais bem estudado pela medicina. Novas pesquisas estão mostrando o poder dos nutrientes contidos nos alimentos para potencializar ou diminuir os efeitos dos remédios. Nos Estados Unidos, a preocupação levou a Liga dos Consumidores e a agência reguladora de alimentos e medicamentos, o FDA, a lançar um guia online para orientar a população. Intitulado “Avoid Food-Drugs Interactions” (evite a interação entre alimentos e remédios, em português), ele reúne as informações mais atuais desse recente campo de estudo. Uma delas é só beber leite uma hora antes ou duas depois de tomar os antibióticos tetraciclina e ciprofloxacina. A boa quantidade de cálcio encontrada nesse alimento prejudica a absorção dessas substâncias e reduz seu efeito.

Outra recomendação do guia americano é não misturar certos anti-inflamatórios, antibióticos e medicamentos cardiovasculares com queijos fermentados ou fundidos e demais alimentos ricos em tiramina, como o salame e o vinho tinto. “Isso pode elevar a pressão arterial”, explica a nutricionista Andréia Naves, da VP Consultoria Nutricional, de São Paulo.

As autoridades de saúde americanas também insistem na necessidade de evitar o consumo de mais de três doses de bebidas alcoólicas no mesmo dia em que for ingerido algum analgésico contendo ácido acetilsalicílico ou anti-inflamatórios. “Além de causar sonolência, aumenta muito o risco de hemorragia gástrica”, afirma o toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas de São Paulo.

O alerta inclui o uso preventivo de remédios contra ressaca contendo essas substâncias. Wong aconselha quem beber drinques a mais a deixar de lado o consumo de analgésicos contendo paracetamol. “Essa mistura é a principal causa de morte por hepatite fulminante na Inglaterra, por exemplo”, diz o especialista, referindo-se a uma forma aguda e grave da doença.

No Canadá, pesquisas em andamento estão mostrando mais aspectos importantes sobre as combinações entre nutrientes e drogas. Na Universidade de Ottawa, o cientista John Arnason avalia como 450 produtos alimentícios podem interferir na ação de medicamentos. Ele dirige a área de ciências biofarmacêuticas da universidade. “Há alimentos que bloqueiam a atividade de enzimas que permitem a absorção de certos medicamentos. Isso reduz a quantidade da substância que a pessoa aproveita”, disse o especialista à ISTOÉ. “Outras comidas aumentam a absorção de algumas drogas, o que pode aumentar sua quantidade circulante no sangue e levar a uma dose excessiva.”

Ele investigou também quais alimentos e ervas influenciam a ação do Tamiflu, um dos poucos remédios contra o vírus influenza, causador da gripe. Concluiu que as plantas chinesas ministradas contra a doença, a erva-de-são-joão e a goldenseal, comum no Canadá, interferem negativamente nos efeitos desse medicamento. Trabalhos feitos em laboratório com animais estão levantando suspeitas de que o chá verde e o preto podem também elevar a concentração de diversas drogas no sangue. Cervejas, pimentas e outras comidas ricas em substâncias fitoquímicas (substâncias de origem vegetal que têm ação no organismo) apresentariam o mesmo efeito.

Há novidades também em relação a algumas frutas. A grapefruit, muito apreciada nos Estados Unidos, deve ser evitada por quem toma remédios para dormir, antiviral saquinavir, ciclosporina e bloqueadores dos canais de cálcio (indicados para males cardiovasculares). Ela interage também com algumas drogas quimioterápicas. “Um copo diário impede o efeito dessas drogas”, garante o toxicologista Wong. “Novos trabalhos sugerem que sucos cítricos podem prejudicar ligeiramente a absorção de medicamentos para dormir e alguns anti-hipertensivos”, diz a nutricionista Andréia. Diante de tantas informações, o melhor mesmo é conversar com o médico para evitar que o remédio deixe de atuar como deveria.

 

Oração do Perdão

Por mais que oremos e mentalizemos, há casos em que a coisa almejada não se realiza. É porque existe um obstáculo escondido. É porque não se perdoou alguém.
Quando sentimos ódio ou guardamos mágoa de alguém, esse sentimento penetra no nosso subconsciente e não se apaga facilmente, mesmo que o consciente já o tenha esquecido.
Enquanto continuar existindo esse ódio oculto, toda oração será inútil, por mais fortemente que oremos.
Portanto, antes de orarmos para realizar algo, devemos fazer a oração para perdoar o próximo. Somente quem perdoa será perdoado. Para isso, podemos fazer as seguintes orações:


Eu lhe perdoei e você me perdoou,
eu e você somos um só perante Deus.
Eu o(a) amo e você me ama também;
eu e você somos um só perante Deus.
Eu lhe agradeço e você me agradece.
Obrigado, obrigado, obrigado...
Não existe mais nenhum ressentimento entre nós.
Oro sinceramente pela sua felicidade.
Seja cada vez mais feliz...

* * *

Deus lhe perdoa,
portanto eu também o(a) perdôo.

* * *

Já perdoei a todas as pessoas
e acolho a todas elas com o Amor de Deus.
Da mesma forma, Deus me perdoa os erros
e me acolhe com Seu imenso amor.


* * *

Que a luz dourada de Cristo, que o amor dourado de Cristo te ilumine plenamente, que você seja banhado, iluminado pela luz dourada de Cristo, e que busque o caminho da luz.

Feijões ou Problemas?

Feijões ou Problemas?
Você escolhe!

Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encontrar um sucessor...
Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um poderia sucedê-lo.
Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio, para colocar a sabedoria dos dois à prova:
- ambos receberiam alguns grãos de feijão que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha.

Dia e hora marcados, começa a prova.
Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar.
No meio da subida, parou e tirou os sapatos.
As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor.
Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista.
Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para ouvir do monge o óbvio anúncio.
Após o festejo, o derrotado aproxima-se e pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos:

- Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei - foi a resposta.

Carregando feijões ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida.
Problemas são inevitáveis.
Já a duração do sofrimento é você quem determina.
                             
APRENDA A COZINHAR SEUS FEIJÕES!

Vacina da Gripe

Começa nesta segunda-feira, 25, em todo o Brasil, a 13ª edição da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Este ano, segundo dados do Ministério da Saúde, 30 milhões de pessoas deverão ser imunizadas contra os três principais tipos do vírus existentes na América do Sul, entre eles o da influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína.

Este ano, além dos indígenas, idosos e pessoas acima de 60 anos, também serão vacinados profissionais de saúde, gestantes e crianças entre 6 meses e dois anos. A ampliação do público foi estabelciada já que complicações da influenza - como pneumonias bacterianas ou agravamento de outras doenças crônicas existentes, como diabetes e hipertensão - são mais recorrentes nesses pacientes, segundo pesquisa realizada também pelo Ministério da Saúde.

domingo, 24 de abril de 2011

sábado, 23 de abril de 2011

Por que vc ama quem vc ama?

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não tem a maior vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte para mim.

Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar (ou quase). Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém. Com um currículo desse, criatura, por que diabo está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito do amor da sua vida!

- Martha Medeiros -

Negligenciando suas emoções

 
Existem cinco emoções básicas, autênticas, inerentes ao ser humano: medo, raiva, tristeza, alegria e afeto.
No entanto, por conta do processo educacional, tais emoções são castradas, reprimidas. Desta forma, todo processo educacional é baseado no binômio: permissão e proibição.
Aprendemos a classificar essas emoções como boas e más. Por exemplo, numa família é permitido (é importante ressaltar aqui, que é comum os membros dessa família não terem consciência dessas permissões e proibições) sentir e expressar raiva com brigas constantes, discussões e agressões verbais e/ou físicas. No entanto, é proibido sentir e demonstrar quaisquer manifestações de afeto.
É muito rara (ou inexistente) a troca de carinho, de apreço e, muito menos, intimidade, confiança.
Por conta dessa proibição, há uma secura de afeto, desconfiança nessa família de exercitar a capacidade de amar. Portanto, não há espaço para ternura, sentimentos de calor e proximidade ou mesmo discutirem seus conflitos, anseios e preocupações pessoais. Todos vivem num torpor mental e emocional e não percebem que estão anestesiados emocionalmente. Levam uma vida limitada, sem paixão e nem compaixão, despida de encanto, espontaneidade e alegria.
Intimidade é essa liberdade de ser o que se é, sem máscara, sem disfarce. É a expressão livre e prazenteira do que se pensa e sente, sem reservas ou ressalvas. Quando há permissão para se ter intimidade numa família, há confiança, uma amizade profunda entre os pais e filhos, irmãos.

Ao passar pela Terapia Regressiva Evolutiva (T.R.E.) – abordagem psicológica e espiritual breve, canalizada por mim pelos espíritos do Astral, o paciente descobre que não foi por acaso que veio reencarnar numa família tóxica, agressiva, mas por afinidade cármica (resgate cármico) de todos os envolvidos.
Não foi também por acaso que o grande médium Chico Xavier certa ocasião declarou: É nas famílias onde costumam se reunir os desafetos do passado. O paciente se conscientiza nessa terapia, através de seu mentor espiritual (ser desencarnado diretamente responsável pela nossa evolução espiritual), que vem a essa família para se reconciliar, aprender a amar seus inimigos de uma vida passada.
Em contrapartida, há famílias que tem permissão para sentir afeto, alegria, mas proibição para sentir e/ou expressar raiva, tristeza e medo.
Homem que é homem não chora e nem tem medo.
Você parece uma manteiga derretida!
Pare de chorar!
São as frases mais freqüentes que muitos escutaram em sua família.
Em certa ocasião atendi um paciente cujo apelido em seu trabalho era garoto propaganda, pois vivia constantemente sorrindo (na verdade, o sorriso era uma máscara, um disfarce- falsa alegria - que ele estampava em seu rosto para esconder a raiva e tristeza que não podia sentir e nem tampouco expressar em sua infância).
Toda vez que brigava com o seu irmão mais novo, sua mãe obrigava-o a reconciliar-se com o irmão, mandando abraçá-lo e pôr um sorriso em seu rosto. Desta forma, proibia-o de sentir e expressar raiva, substituindo por um falso afeto (abraçando-o) e uma falsa alegria (sorriso no rosto). Ao invés de dizer para o filho: Olha, é natural você sentir raiva de seu irmão, pois ele não quis devolver o seu brinquedo (permissão para sentir), mas não precisava agredi-lo fisicamente; ela reprimia a sua raiva, fazendo-o sentir emoções não sinceras - falso afeto e alegria.
Desta forma, ele aprendeu a não entrar em contato com a raiva e a tristeza. Por conta disso, não percebia as mensagens do seu próprio corpo. Não percebia quando estava tenso, relaxado, com raiva, triste ou alegre.
Estava, portanto, anestesiado emocionalmente. Corpo e alma estavam dissociados e fragmentados, ou seja, seu corpo agia de uma forma enquanto suas palavras diziam o contrário. Dizia, por exemplo, palavras cheias de raiva com um sorriso no rosto e não tinha consciência disso. Com isso, acabou somatizando em seu corpo uma doença psicossomática - gastrite crônica.

Na T.R.E. através de seu mentor espiritual, foi orientado a perceber no seu cotidiano seus verdadeiros sentimentos e expressá-los adequadamente. Nunca mais teve gastrite.
Portanto, entender e expressar adequadamente as emoções é a melhor forma de se evitar uma doença psicossomática, que se caracteriza por queixas físicas recorrentes, mas sem causa detectáveis por exames clínicos.
O paciente acima referido reclamava de intensas dores de estômago, mas, ao se submeter a uma endoscopia, não apresentava nenhuma lesão nesse órgão.
Como ele, segundo a O.M.S. (Organização Mundial da Saúde), 20% da população do planeta manifesta vários tipos de doenças psicossomáticas por encontrar dificuldade de lidar com suas emoções. Além da gastrite, existem outras doenças de origem emocional: distúrbios cardiovasculares (infarto, derrame, hipertensão); dores crônicas (dor nas costas, cefaléias, fibromialgia); síndrome da fadiga crônica (cansaço constante); afecções dermatológicas (queda de cabelo, psoriase, herpes, vitiligo); doenças endócrinas (diabetes tipo dois, hiper ou hipotireodismo); problemas gastrointestinais (diverticulite, diarréia, prisão de ventre, gastrite, síndrome do intestino irritável); problemas respiratórios (asma, rinite alérgica); distúrbios imunológicos – doenças auto-imunes (lúpus, artrite, reumatóide, depressão imune inespecífica).
Partindo do pressuposto de que o ser humano é mente, corpo e espírito, além das doenças psicoemocionais (psicossomáticas) existem também as doenças espirituais, as enfermidades da alma, provocadas pelos espíritos obsessores (seres desencarnados).
Esses seres desencarnados, aproveitando-se de sua condição de espírito, portanto, de seu estado de invisibilidade, manipulam o campo energético do enfermo, criando vários sintomas físicos, tais como febres, inflamações, dores e outros sintomas orgânicos sem uma causa específica, confundindo o raciocínio clínico do médico e dificultando o tratamento adequado.

A obsessão espiritual, popularmente conhecida por encosto, na qualidade de doença de origem espiritual, ainda não é reconhecida pela medicina oficial; portanto, não consta ainda nos compêndios médicos. No entanto, é um dos mais antigos flagelos da humanidade.

Na Bíblia (Mateus, 4:23-24), assim está escrito: “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando toda a sorte de doenças e enfermidades entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou”.
Na minha prática clínica, trabalhando desde 1985 com a Terapia Regressiva Evolutiva (T.R.E.), 95% de meus pacientes apresentam como causa principal de seus problemas um fator externo (por influencia espiritual dos obsessores), e em 5% a causa é puramente interna, psicológica.

Caso Clínico: Tumor na tireóide
Mulher de 43 anos, casada, dois filhos.

Veio ao meu consultório querendo entender por que desenvolveu um tumor (nódulo) na tireóide. Apesar de ser benigno, estava crescendo e pressionava sua garganta provocando-lhe sufocamento, falta de ar. À noite costumava tossir muito, e, com isso, se sentia angustiada.
Seu médico lhe informou que se o nódulo crescesse muito, teria que extirpar a tireóide.
Queria entender também por que tinha necessidade de resolver os problemas alheios (não conseguia ficar indiferente diante dos problemas dos outros e, em especial, de seus familiares e parentes).
Costumava desempenhar o papel de salvadora (sentia-se responsável pelos problemas alheios; por isso a necessidade de resolvê-los) não respeitando seus limites, preferindo se prejudicar (ficava sobrecarregada, pois era ela que resolvia todos os problemas de seus filhos, marido, irmãos, etc.).
Apesar de fazer tudo por eles, seus esforços não eram reconhecidos. Pelo contrário, todos a tratavam mal - não havia companheirismo por parte do marido (era ríspido e mal humorado), e os filhos não demonstravam gratidão, tratando-a de forma grosseira, fria, com cobranças.
Desta forma, sentia-se angustiada, insatisfeita, mas não expressava suas emoções, preferindo guardar tudo para si, sofrendo calada.

Ao regredir me relatou:
“Sinto um peso na garganta, sufocamento (paciente tosse muito e respira ofegante).
Vejo o meu marido e a minha mãe (ela é falecida).
Sinto que a minha mãe e o meu marido são seres que me angustiam e vieram na minha vida para eu aprender a lidar com as minhas emoções.
Vejo agora o meu mentor espiritual. Ele é indiano, usa uma roupa branca e um turbante vermelho na cabeça. Diz que a minha mãe foi muito dura comigo quando criança, mas que a vida nos abençoa e que agora a troca de energia entre nós é de luz, de amparo.
Diz ainda que a minha mãe me pede perdão (pausa).
O meu mentor espiritual me fala que preciso entrar em contato e aceitar a raiva que sinto, pois não consigo aceitar, nego, finjo para mim mesma que não sinto raiva.
Ele fala que tenho receio de expressá-la por conta do medo de ser rejeitada, agredir e ser agredida.
Ele está mostrando a minha infância. Antes era capaz de expressar a raiva com naturalidade, mas a minha mãe me reprimia dizendo: “Essa menina é ruim!” e fui acreditando que expressar raiva é um sentimento ruim.
Ele diz que preciso aprender a administrar a raiva, pois bem administrada é útil à nossa vida.
Esclarece que é a energia da raiva que nos impulsiona a fazermos as coisas, a lutar, superar os obstáculos naturais da vida.
No entanto, diz que preciso aprender a não duelar (“bater boca”), a agir impulsivamente, como muitas pessoas fazem.
Fala que quando a gente sente raiva não precisa ser rebatida no mesmo instante, mas também não precisa engoli-la. Ela precisa ser observada e elaborada para ser transformada em energia útil. E quando se elabora, digere-se e as pessoas crescem. Ele pede para quando sentir raiva me isolar, fechar os olhos, ficar em silêncio e prestar atenção, focar minha atenção nela e deixar que ela se expresse em meu corpo. Não abortar ou querer interromper as reações de meu corpo.
Se tiver vontade de chorar, é para chorar, deixar extravasar as minhas emoções. Se quiser gritar, é para gritar também. Enfim, não controlar nada, deixar que o meu corpo me conduza. Assim, a raiva irá se dissipar, transmutar.
O meu mentor espiritual ressalta para desenvolver a habilidade da observação das emoções, sem julgamento.
Esclarece que a observação sem julgamento é não julgar, classificar as emoções em categorias “boas” ou “ruins”.
Fala que cultivo também uma crença de que as pessoas boas não “sentem raiva”.
Diz que emoção é energia, e energia é energia, não existe boa ou má. Mas quando a gente não administra bem essa energia, não a aceitamos, não a transmutamos, metabolizamos, essa energia fica “estagnada”, “apodrece” e somatiza, vira um tumor. Pede, portanto, para aprender através da observação interna sem julgamento, a entrar em contato com as minhas emoções.
Esclarece que a tireóide é o órgão da energia primordial, que vem diretamente da alma. Alerta que as pessoas que se submetem à retirada desse órgão se desconectam de seu elo de ligação interior. Ele me exemplifica o caso de uma amiga que extirpou a tireóide. Após a cirurgia, ela ficou uma pessoa seca, dura, perdeu a conexão espiritual com a sua alma. Esclarece ainda que o tumor é um sintoma de um processo psicoeducacional, uma doença alerta para me lembrar das minhas emoções e não negligenciá-las”.

- Pergunte se além da raiva você vêm negligenciando outras emoções - peço à paciente.
“Fala que venho também negligenciando o afeto, a solidão (não me permito ficar só) e a tristeza. É por isso que a minha alma se sente angustiada. Eu ‘desfoco’ o contato com essas emoções, focando nos problemas dos outros, no trabalho, na responsabilidade, e esqueço de mim. Acabo somatizando no corpo físico essas emoções represadas.
Fala também que sou muito controlada e controladora - quero centralizar tudo. Explica que a doença de Alzheimer surge em pessoas que querem controlar tudo.
Diz que como visto o papel de salvadora, atraio pessoas que desempenham os papéis de vítima (sentem-se incapazes) e perseguidora (críticas condenadoras).
Então, preciso parar de entrar nesses papéis e assumir a minha verdadeira essência. Diz ainda que só vou deixar de desempenhar papéis quando sentir as emoções e ser mais autêntica.
Esclarece que o papel de salvadora é típico de pessoas arrogantes, prepotentes, e que largar esses papéis, não é trocá-los (pausa).
Agora estou me sentindo flutuar, fora de meu corpo. Sinto o meu corpo grande, parece que estou crescendo (paciente está experimentando a projeção astral, seu espírito está saindo de seu corpo físico).
Sinto uma vertigem, estou muito longe. Ele está me levando fora da Terra. Coisa estranha! (pausa).
Acho que estou acima da Terra, é um lugar muito alto. Vejo o meu mentor espiritual junto comigo, nesse lugar bem distante.
Ele diz que me provou essa vertigem para me lembrar do distanciamento - treinar a observação à distância. Fez de propósito para quebrar um pouco o meu controle, o meu lado muito racional (pausa).
Vejo agora um bastão de cristal, ele está cauterizando a minha tireóide. Ele esclarece que essa é a ultima sessão (era a 4ª sessão) do nosso tratamento, mas que posteriormente (diz que serei intuída por ele) vou voltar para o consultório do senhor (referindo-se a mim como terapeuta) para um novo trabalho, mas não mais pela dor de uma doença.
Ele está agradecendo ao senhor pelo seu lado humanístico, por não valorizar tanto o aspecto técnico, científico, mas os valores espirituais. Diz que essa é toda a diferença de seu trabalho que foi feito comigo, conjuntamente com os seres espirituais”.

Osvaldo Shimoda - terapeuta, criador da Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), a Terapia do Mentor Espiritual. Quero esclarecer ao leitor, que a Terapia Regressiva Evolutiva (T.R.E.) – A Terapia do Mentor Espiritual busca juntar a ciência psicológica com a espiritualidade.

Bullyng

A palavra inglesa Bullying ainda não tem uma tradução para o português, mas significa valentão, brigão, ameaça ou intimidação e, embora seja ainda pouco conhecida, refere-se a uma prática freqüente nas escolas.

O primeiro a relacionar a palavra ao fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade de Noruega. Ao pesquisar as tendências suicidas entre adolescentes, Olweus descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, bullying era um mal a combater.

Bullying são todas as formas de atitudes agressivas intencionais e repetitivas que ridicularizam o outro. Atitudes como comentários maldosos, apelidos ou gracinhas que caracterizam alguém, e outras formas que causam dor e angustia, e executados dentro de uma relação desigual de poder que são características essenciais que tornam possível a intimidação da vitima.

O Bullying é um problema mundial, é encontrado em qualquer escola, não restringindo um tipo especifico de instituição. O bullying começou a ser pesquisado a cerca de dez anos atrás na
Europa, quando se descobriu o que estava por trás de muitas tentativas de suicídio entre adolescentes.
Geralmente os pais e a escola não davam muita atenção para o fato, que geralmente achavam as ofensas bobas demais para terem maiores conseqüências, o jovem recorria a uma medida desesperada.

Atualmente, todas as escolas do Reino Unido já implantaram políticas anti-bullying. 
Os estudos da Abrapia demonstram que não há diferenças significativas entre as escolas avaliadas e os dados internacionais. A grande surpresa foi o fato de que aqui os estudantes identificaram a sala de aula como o local de maior incidência desse tipo de violência, enquanto, em outros países, ele ocorre principalmente fora da sala de aula, no horário de recreio.

Como os alunos se envolvem?
Segundo pesquisas da ABRAPIA os autores são, indivíduos que geralmente não tem empatia, freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento
afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos, comportamento agressivo ou explosivo.
Admite-se que os que praticam o BULLYING têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas.
Os alvos são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as conseqüências dos comportamentos de outros e que não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento. Alguns crêem ser merecedores do que lhes é imposto.

Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a
escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência, ou abandonam os
estudos. Há jovens, que por extrema depressão acabam tentando ou cometendo o suicídio.


As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as "próximas vítimas". Apesar de não sofrerem as agressões diretamente, muitas delas podem sentir-se incomodadas com o que vêem e inseguras sobre o que fazer. Algumas reagem negativamente diante da violação de seu direito a aprender em um ambiente seguro, solidário e sem temores. Tudo isso pode influenciar negativamente sobre sua capacidade de progredir acadêmica e socialmente.

Significado da Páscoa

A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. 
Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.
Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques. 

Vamos ver agora como surgiu o chocolate...
Quem sabe o que é "Theobroma"? Pois este é o nome dado pelos gregos ao "alimento dos deuses", o chocolate. "Theobroma cacao" é o nome científico dessa gostosura chamada chocolate. Quem o batizou assim foi o botânico sueco Linneu, em 1753.
Mas foi com os Maias e os Astecas que essa história toda começou.
O chocolate era considerado sagrado por essas duas civilizações, tal qual o ouro.
Na Europa chegou por volta do século XVI, tornando rapidamente popular aquela mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, depois juntada com água, mel e farinha. Vale lembrar que o chocolate foi consumido, em grande parte de sua história, apenas como uma bebida.
Em meados do século XVI, acreditava-se que, além de possuir poderes afrodisíacos, o chocolate dava poder e vigor aos que o bebiam. Por isso, era reservado apenas aos governantes e soldados. Aliás, além de afrodisíaco, o chocolate já foi considerado um pecado, remédio, ora sagrado, ora alimento profano. Os astecas chegaram a usá-lo como moeda, tal o valor que o alimento possuía.
Chega o século XX, e os bombons e os ovos de Páscoa são criados, como mais uma forma de estabelecer de vez o consumo do chocolate no mundo inteiro. É tradicionalmente um presente recheado de significados. E não é só gostoso, como altamente nutritivo, um rico complemento e repositor de energia. Não é aconselhável, porém, consumí-lo isoladamente. 

E o coelho?
A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa.
Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida?
No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antigüidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa.
Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertililidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas! 

 Mas por que a Páscoa nunca cai no mesmo dia todo ano?
O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois de 21 março (a data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja, para obter consistência na data da Páscoa decidiu, no Conselho de Nicea em 325 d.C, definir a Páscoa relacionada a uma Lua imaginária - conhecida como a "lua eclesiástica").
A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas.
Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas a seqüência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no máximo em 24 de abril, transformando a Páscoa numa festa "móvel".
De fato, a seqüência exata de datas da Páscoa repete-se aproximadamente em 5.700.000 anos no nosso calendário Gregoriano. 

terça-feira, 19 de abril de 2011

Desculpe, não me lembro de vc!

by Luciano Martins
Todos nós somos inesquecíveis, claro. Mas algumas pessoas, estranhamente, se esquecem de nós. E nós também nos esquecemos de pessoas. Se a vida fosse simples, não haveria problema. “Desculpe, eu não me lembro de você”. Diante dessa frase, perfeitamente compreensível, a pessoa explicaria, rapidamente, onde e quando vocês se conheceram – e que tipo circunstância compartilharam. Foi trabalho, lazer ou prazer?

Mas a vida está longe de ser simples. Diante de um sorriso de intimidade num rosto estranho, a maior parte de nós mergulha em pânico social. Em vez de admitir ignorância, somos levados a agir como tontos. Sorrimos de forma mecânica, entabulamos uma conversa sem sentido, esperamos que o cérebro – o mesmo que acaba de nos deixar na mão – encontre uma saída para a enrascada. A quem pertence esse rosto, meu deus? De quem é essa voz que se dirige a mim com tanta naturalidade? Todos já passamos por esse pesadelo.

Faz muito tempo eu vi um filme francês no qual havia uma cena desse tipo, deliciosa.

O sujeito entra no bar, senta-se em frente da garçonete e faz cara de criança feliz. A moça olha, estranha a atitude dele e, afinal, pergunta: você e eu nos conhecemos? O rapaz balança a cabeça afirmativamente. Ela faz cara de brava, afasta-se, mas volta, minutos depois, curiosa. “Nós transamos?”, pergunta. O rapaz assente, com entusiasmo. Na cena seguinte, estão os dois na cama, com cara de que deu tudo errado. Ela diz uma única frase: “Agora me lembrei de você”.

Afinal, o que nos torna esquecíveis ou inesquecíveis?


Minha impressão é que isso nada tem a ver com qualidades inerentes, como beleza, charme e habilidades. É uma questão de circunstância
. Às vezes estamos tão agitados ou tão distraídos que a mais bela mulher do mundo pode passar sem deixar marcas. Diante do cenário em movimento, torna-se um rosto ou um corpo sem identidade. Outro. Há fases da vida dos homens e das mulheres em que isso tende a acontecer. Pela quantidade, pela repetição, pela ausência de relevo emocional. A tristeza provoca esse tipo de sensação. Ou a euforia. Tudo fica mais ou menos igual. As coisas e pessoas vão se sucedendo e todas elas ficam parecidas. É provável que alguém que passe pela vida do sujeito – ou da moça – num período desses, seja posto de lado na memória, logo em seguida. Sem desonra. A gente nunca sabe o que se passa no interior do outro.

Uma vez, anos atrás, estava com meus filhos na Fnac e avistei uma namorada de adolescência que foi, para mim, da maior importância. Ela estava na faculdade, eu no colégio. Ela era culta e bem informada, eu, louco para aprender. Longas conversas, sexo desengonçado, política, filmes e passeios no Bom Retiro. Jamais me esqueci dela. Como poderia? Pois nesse dia, na Fnac, minha ex-namorada demorou uma eternidade para lembrar-se de mim. Eu lá, sorrindo, emocionado, exibindo as minhas crias, e ela me fitando como se eu fosse de Marte. Longos minutos depois, quando eu, de tanto explicar, consegui que ela recordasse alguma coisa, a reação foi ainda pior. Ah, sim, Ivan... com uma expressão de quase indiferença no rosto. Fiquei desconcertado. Ela fora importante na minha vida, mas a recíproca, obviamente, não era verdadeira. Recolhi minha alegria sem contexto e fui embora, explicando aos meus filhos sobre a arte do desencontro. Sem desonra. A gente nunca sabe o que se passa no interior do outro.

Agora que inventaram o Facebook, essas coisas estão acontecendo em escala muito maior, planetária. Na vida de todo mundo. Eu não sou o cara mais popular da cidade, nunca fui, e, mesmo assim, vira e mexe aparece alguém no meu perfil, se reapresentado: então, lembra de mim? Às vezes eu não me lembro de nada e deixo por isso mesmo. A memória deve ter suas razões. Em outras ocasiões eu quase lembro, quase sei quem é a pessoa, e isso me deixa curioso. O que terá havido que eu borrei na memória?

Outro dia aconteceu algo assim. Apareceu um nome, um rosto e uma alegria gostosa em me reencontrar, depois de uns 10 anos. Como não era uma conversa frente a frente, o embaraço foi menor. Eu pude, delicadamente, fazer perguntas. De onde a gente se conhece mesmo, quem nos apresentou, você era a moça que alugava aquela casa na praia? Eu estava com medo de repetir a cena do filme francês - esquecer de alguém com quem eu tinha transado - mas não foi o caso. Melhor assim. Já me aconteceu de apagar esse tipo de evento íntimo e a sensação é muito ruim. A gente se sente ao mesmo tempo promíscuo e desmemoriado.

Como eu disse no início, todos nós somos intrinsecamente inesquecíveis. Únicos mesmo
. E eu acredito nisso. Se alguém pudesse, como nos filmes, entrar na nossa mente, por um segundo que fosse, perceberia a corrente de sentimentos, memórias e sensações totalmente originais que forma cada um de nós. Mas não vivemos assim, não é? Passamos rapidamente pela vida dos outros, que passam pela nossa, sem verdadeiramente nos tocar. Somos muitos, não deixamos marcas e tampouco nos deixamos marcar. Nessas circunstâncias, a memória fraqueja. Cria embaraços, mas abre, também, novas oportunidades. “Desculpe, eu não me lembro de você”, não é necessariamente um insulto. Pode ser apenas um recomeço.
(Ivan Martins - Diretor Executivo da Revista Época )

Meu preferido...

Para meus amigos que estão...SOLTEIROS
O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá.
Mas quando menos esperar, ela está ali do seu lado.
O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir.
Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher .

Para meus amigos...NÃO SOLTEIROS
Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.

Para meus amigos que gostam de...PAQUERAR
Nunca diga "te amo" se não te interessa.
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem.
Nunca toque numa vida, se não pretende romper um coração.
Nunca olhe nos olhos de alguém, se não quiser vê-lo derramar em lágrimas por causa de ti.

A COISA MAIS CRUEL QUE ALGUÉM PODE FAZER É PERMITIR QUE ALGUÉM SE APAIXONE POR VOCÊ, QUANDO VOCÊ NÃO PRETENDE FAZER O MESMO.

Para meus amigos...CASADOS.
O amor não te faz dizer "a culpa é", mas te faz dizer "me perdoe".
Compreender o outro, tentar sentir a diferença, se colocar no seu lugar.
Diz o ditado que um casal feliz é aquele feito de dois bons perdoadores.
A verdadeira medida de compatibilidade não são os anos que passaram juntos; mas sim o quanto nesses anos vocês foram bons um para o outro.

Para meus amigos que têm um CORAÇÃO PARTIDO
Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir.
Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre.
Permita-se rir e conhecer outros corações.
Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar os outros, aprenda a viver sua própria vida.

A DOR DE UM CORAÇÃO PARTIDO É INEVITÁVEL, MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL! E LEMBRE-SE: É MELHOR VER ALGUÉM QUE VOCÊ AMA FELIZ COM OUTRA PESSOA, DO QUE VÊ-LA INFELIZ AO SEU LADO.

Para meus amigos que são...INOCENTES.
Ela(e) se apaixonou por ti, e você não teve culpa, é verdade.
Mas pense que poderia ter acontecido com você. Seja sincero, mas não seja duro; não alimente esperanças, mas não seja crítico; você não precisa ser namorado(a), mas pode descobrir que ela(e) é uma ótima pessoa e pode vir a se tornar uma(um) grande amiga(o).

Para meus amigos que tem MEDO DE TERMINAR.
As vezes é duro terminar com alguém, e isso dói em você.
Mas dói muito mais quando alguém rompe contigo, não é verdade?
Mas o amor também dói muito quando ele não sabe o que você sente.
Não engane tal pessoa, não seja grosso(a) e rude esperando que ela(e) adivinhe o que você quer.
Não a (o) force terminar contigo, pois a melhor forma de ser respeitado é respeitando.

Pra terminar ...

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata....
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom . .
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutar para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.

(Martha Medeiros)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dia Internacional do Beijo


Beijo é maravilhoso porque você interage com o corpo do outro sem deixar vestígios, é um mergulho no escuro, uma viagem sem volta.
Beijo é uma maneira de compartilhar intimidades, de sentir o sabor de quem se gosta, de dizer mil coisas em silêncio.
Beijo é gostoso porque não cansa, não engravida, não transmite o HIV. Beijo é prático porque não precisa tirar a roupa, não precisa sair da festa, não precisa ligar no dia seguinte.
E sem essa de que beijo é insalubre porque troca-se até 9 miligramas de água, 0,7 grama de albumia, 0,18 de substâncias orgânicas, 0,711 miligrama de matérias gordurosas e 0,45 miligrama de sais, sem contar os vírus e as bactérias.
Quem está preocupado com isso?
Insalubre é não amar.
(Martha Medeiros)
Amo Amo Amo Amo !!!





Xii! Tuitei demais!!!

As pessoas que gostam de xingar no Twitter estão sofrendo na pele as consequências de suas queixas e de seus desabafos públicos. (Bruno Segadilha - Revista Época).

Na última quarta-feira, o fotógrafo Thiago Vieira teve uma experiência desastrosa no Twitter. Ele acompanhava as eleições para presidente do Palmeiras na sede do clube, em São Paulo, e digitou a mensagem: “Enquanto os porcos não se decidem, poderiam mandar lanchinhos e refrigerante para a imprensa que assiste ao jogo do Timão na sala de imprensa”. O comentário irritou conselheiros do time, que foram atrás dele no local. Lá fora, torcedores enfurecidos se aglomeravam. Ele teve de sair do clube escoltado por seguranças. Levou um baita susto. “Não queria ofender ninguém, eu me arrependi”, diz Vieira, de 27 anos. “Acho que o negócio tomou uma proporção muito grande.” Na internet circulou a informação de que ele havia sido agredido e demitido do jornal Agora. Ele desmente as duas informações. “Era o último dia de um trabalho temporário”, afirma. “Se estou queimado no mercado, não sei.”

Vieira faz parte de um grupo de pessoas que têm aprendido na marra a tomar cuidado com o que dizem no Twitter. A rede social tem 175 milhões de usuários espalhados pelo mundo. Cada um deles tem 140 caracteres para expor suas ideias – e o resto da vida para se arrepender das bobagens divulgadas. “Na internet, tudo fica eternizado”, diz Andréa Jotta, do núcleo de pesquisa da psicologia em informática da PUC de São Paulo. Andrea afirma que internautas na faixa entre 30 e 35 anos são os que mais colecionam problemas em redes sociais. “Os mais novos normalmente são mais cuidadosos, estão crescendo com essa ferramenta”, diz ela. “Os outros ainda precisam aprender a lidar com os efeitos da exposição.”

A DJ e promoter Lalai Luna, de 37 anos, diz que se esforça para aprender, mas coleciona confusões. A mais séria fez seus pais e amigos pensar que ela estava entre as vítimas do voo AF447 da Air France em 2009. Pouco antes de embarcar de São Paulo para Paris no voo AF459, que decolou dez minutos depois do avião que saiu do Rio de Janeiro e caiu no Oceano Atlântico, Lalai tuitou: “Indo pro aeroporto numa baita ressaca. Vou morrer no avião hoje”. Quando chegou ao destino, percebeu o estrago. “Saí em tudo que é lugar como a mulher que previu a própria morte”, diz. Ela também quase perdeu a chance de tocar no Big Brother Brasil no ano passado. Anunciou o convite antes do tempo e a direção do programa a desmentiu. No final, ela acabou tocando, um mês depois do previsto. “Eu tento me controlar, mas, vira e mexe, escorrego.”

A linguagem falada castiga os desbocados dentro de um limite restrito, determinado pela audiência no momento do descontrole. Na esfera digital, que usa a linguagem escrita, não há limite para os danos causados pela incontinência verbal. A audiência pode ser de milhões de pessoas, e a mensagem pode reverberar na rede por horas, dias ou anos. O estudante de relações públicas Gilberto Rodrigues, de 22 anos, sabe o que isso significa. Ele tinha acabado de conseguir emprego em uma importante agência de marketing digital de São Paulo e jogou a oportunidade pela janela através do Twitter. Depois de uma semana exaustiva de trabalho, ele tuitou seu cansaço. Disse que, para dar conta das tarefas, queria um clone. Ele diz que o tom da mensagem não era exatamente de reclamação, mas foi entendida assim por um cliente, que comentou com seus chefes. No dia seguinte, foi demitido. “Errei, falei demais, deveria ter me preservado”, diz.

Parece que o Brasil da informalidade não aplica seu “jeitinho” nem sua famosa cordialidade na hora de lidar com os falastrões do Twitter. Na semana passada, a cantora baiana Gal Costa sentiu na pele a reação emocional ao que se diz nas redes sociais. Ela reclamou que o técnico não fora consertar o ar-condicionado de sua casa por estar com dor de cabeça. “Como na Bahia as pessoas são preguiçosas”, escreveu. As críticas vieram imediatamente e de forma tão áspera que Gal desistiu do Twitter: “Não se pode falar nada aqui que tudo vira polêmica”. Os brasileiros, parece, não perdoam deslizes na rede social, sobretudo se forem cometidos por artistas e celebridades – como bem descobriu a cantora Rita Lee. Em outubro passado, ela tuitou sobre o novo estádio do Corinthians, planejado para ser construído no bairro de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. “p/ quem ñ conhece itaquera é o c. d onde sai a bo... do cavalo do bandido”, escreveu. Foi uma confusão. Ameaçada por torcedores e moradores, ela se defendeu pelo Twitter, mas depois cancelou sua conta. Segundo sua assessoria, Rita quer deixar a história no passado.

Ronaldo Lemos, diretor do centro de tecnologia e sociedade da Fundação Getulio Vargas do Rio, diz que esse comportamento brasileiro em relação ao Twitter tem algo de arbitrário. “Vejo pessoas sendo punidas de forma simplista.” Nos Estados Unidos, afirma, onde há tradição de defesa da liberdade de expressão, poucos processos de difamação resultam em condenações. Cita o exemplo de Courtney Love, viúva de Kurt Cobain, que enfrenta um processo de difamação por ter atacado a estilista Dawn Simorangki pelo Twitter: “As chances de Courtney Love perder o processo são ínfimas”. Aqui, a punição é instantânea!

terça-feira, 12 de abril de 2011

João Pedro -show U2

Sempre dizem que não devemos nos realizar nos filhos, mas pelos filhos.
Fiquei megaaaaa emocionada ao receber esta foto na madrugada... meu "Docinho" cresceu
e estava realizando algo que eu sempre desejei: assisitir o show do U2.
Ele estava feliz. Muitoooooooo. Isso é o que importa pra mim...
Muito mais do que o meu desejo.
Perfect Son! Love U!!!!!

Shakespeare


Vida

Já perdoei erros quase imperdoáveis,

tentei substituir pessoas insubstituíveis

e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,

já me decepcionei com pessoas

que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,

mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,

já dei risada quando não podia,

fiz amigos eternos,

e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,

mas também já fui rejeitado,

fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,

já vivi de amor e fiz juras eternas,

e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,

já liguei só para escutar uma voz,

me apaixonei por um sorriso,

já pensei que fosse morrer de tanta saudade

e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi!

E ainda vivo!

Não passo pela vida.

E você também não deveria passar!

Viva!!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,

abraçar a vida com paixão,

perder com classe

e vencer com ousadia,

porque o mundo pertence a quem se atreve

e a vida é "muito" para ser insignificante.

(A.B)


sábado, 9 de abril de 2011

Já para o castigo!

A palavra impressiona, porém nem sempre é sinônimo de dor física. Repreender o filho por causa de uma desobediência dá limite.

Castigo resolve? Há uma polêmica, mas as mães garantem que sim, embora muitas evitem usar esse termo. De fato, a palavra assusta mais do que a medida. Muitos especialistas preferem falar em sanção, impedimento, conseqüência, responsabilização. Relutam em usar "castigo" porque, dizem, ele traz à mente a imagem de punições físicas - como a palmatória usada para disciplinar alunos e filhos no passado.


Aqui não se está falando de palmada, beliscão, tapa, sova, xingamento - isso tudo está realmente fora de cogitação. E, sim, daquele castigo definido pelo Dicionário Houaiss: pena ou punição que se inflige à pessoa..., observação sobre um erro ou uma falta; repreensão, admoestação. Ou seja, o clássico ficar sem TV quando a filha foi além do limite. "Mando o Davi para o quarto quando não obedece. Ele vai e se toca de que fez algo nada legal. Volta. Pede desculpas e diz que me ama", conta a atriz Érika, mãe de Davi, de 4 anos e 9 meses. Pode soar horrível, mas punir, nesse sentido, é educar. "Com a intervenção dos pais, a criança aprende a se socializar. Começa a ter noções de moral e ética", afirma a filósofa e mestre em educação Tania Zagury, autora de 12 livros sobre educação de criança, entre eles Limites sem Trauma. Tania evita a palavra castigo. Segundo ela, a criança não consegue perceber que esse foi o último recurso dos pais, que ela já teve a chance de obedecer, mas como não conseguiu, essa é a conseqüência para sua atitude.


Falar antes de agir


Castigar é deixar o filho sem algo que ele realmente aprecie, com a intenção de que, sentindo falta, não repita a travessura. O objetivo é mostrar que seu comportamento foi errado e não deve repeti-lo. "Nesse sentido, o castigo de fato dá certo, faz a criança parar, mas não impede que ela repita depois", avisa Neide Noffs, psicopedagoga e professora da Faculdade de Educação da PUC-SP. Ou seja, traz o efeito desejado pelos pais. Alguns educadores, porém, acreditam que ele não traz benefícios no futuro. Para eles, os pais precisam respeitar a criança e, para ensiná-la, não precisam punir. "A punição elimina o comportamento indesejado, mas a longo prazo não educa, não ensina", explica Maria Guimarães Drummond Grupi, psicóloga e pedagoga. Favorável em impor limite com diálogo firme, ela diz que a punição só refreia o comportamento. Não vai além disso.

Difícil mesmo é os pais não ficarem extenuados. Fala-se uma, duas, três, quinze vezes e o filho continua repetindo o comportamento. Só que nem sempre a criança volta à ação condenada para desafiar os adultos. "Principalmente as pequenas: elas fazem porque não tem logicidade, ou seja não, entendem causa e efeito de forma clara. E, como vivem num mundo egocêntrico, em que tudo funciona para elas e por causa delas, agem por instinto, sem pensar no outro", explica Neide. Às vezes, elas também repetem o comportamento porque são curiosas, estão pesquisando o mundo. Mostrar o erro não garante aprendizado na hora. "E essa incapacidade da criança pequena não é falha da educação", acalma Neide. Faz parte do processo de aprendizado dela sobre o mundo. Só não se pode achar que está tudo bem. Em qualquer faixa etária, a criança precisa aprender que há comportamentos que são aceitos e outros não. Que há coisas que ela pode fazer e outras não. O resultado leva tempo. Os pequenos não nascem sabendo como se controlar. Por isso, a autoridade tem de vir de fora, dos pais.

Quando começar?


As medidas, sanções e afins costumam surgir depois que os pais explicaram, conversaram, gastaram o léxico. Disseram 'não faça isso', 'pára', uma, duas, três vezes. Colocar para pensar, perder algo de que gosta muito, ser retirada do ambiente costumam ser as medidas preferidas pelos adultos. Só que para cada idade deve-se adotar uma estratégia. A partir dos 2 anos, quando a criança aprende a falar 'eu' e a notar o amigo, em geral, aparecem as mordidas, as agressões. "Nesses momentos, ela deve ser fisicamente contida e avisada de que o que fez não foi legal", explica a educadora e psicóloga Maria Cristina Meirelles Cruz. Isso também é uma sanção. O que não dá é colocar uma criança de 1 ou 2 anos para pensar. Ela ainda não consegue perceber que sua atitude não foi adequada. Mesmo as de 3 ou 4 anos se assustam mais do que "pensam" quando ficam sozinhas, mesmo que seja por três minutos, de porta aberta e junto aos brinquedos. Por isso, pode ser mais eficiente retirar algo de que elas gostem. Mas a partir dos 7 ou 8 anos, a criança começa a perceber com mais eficiência que pode perder coisas legais porque não agiu adequadamente. E o mais importante: para que o castigo seja educativo, a criança precisa entender a relação entre o que fez e a conseqüência desagradável que tem de enfrentar por causa disso. Cada família, porém, conhece o próprio filho e escolhe o momento e o método mais eficiente dependendo do perfil da criança. Não adianta cortar passeios daquela que não se importa em sair de casa, por exemplo.


Gelo de mãe


Na opinião de Maria Grupi, a mãe dar uma "gelada" no filho mesmo pequeno é uma punição eficiente. "Demonstrar, com voz firme, que não gostou da atitude dele dá muito certo", garante ela. Os pais não devem demonstrar que estão transtornados e muito menos se sentir ameaçados pelo filho. É preciso ter claro que quem está no comando são vocês. Perder a atenção da mãe já é um grande castigo, seja o filho pequeno ou grande. As sanções, ensinam os educadores, devem ser imediatas ao erro, de curta duração , e é preciso explicar a razão. "Só cuidado com a verborragia, muito comum em tempo da cultura de não bater", avisa Maria Cristina. A atenção da criança é curta. Se você alongar as explicações, ela "perde contato com a torre rápido". Além disso, é importante distinguir as situações que merecem punições mais contundentes. Nem toda desobediência é motivo para pensar no quarto. Mas toda insubordinação merece um chamado de atenção. "Vejo o castigo como uma forma eficiente de dar limite, desde que não seja sempre", diz a psicóloga Beatriz. Ela começou a impor sanções quando Luiza não atendia aos pedidos da mãe, desafiando-a. E esse desafio ainda a colocava em risco. Pondere a situação para não agir num dia em que você está sem paciência porque depois bate a culpa. A cardiologista Fernanda assume: "Dói o coração ouvir o choro da Giuliana no quarto". Se percebeu que errou na mão, vale pedir desculpas ao filho e até dizer que ele não merecia ficar de castigo, se for o caso.

Educar não é mesmo tarefa fácil. Filho desafiar as regras está dentro da normalidade. Anormal seria se a criança aceitasse passivamente o primeiro não dos pais ou nunca obedecesse. Se esse não é o seu caso, saiba que nada será para sempre. Essa é só mais uma fase dentro do complexo e apaixonante desenvolvimento infantil.


Punição na escola


Não é só em casa que as crianças sofrem punições. Na escola, também podem perder algo quando desrespeitam as regras do grupo. Podem ficar fora da roda de uma discussão, sair da classe, perderem o horário do lanche. Depende do perfil de cada escola. Até as chamadas democráticas fazem os combinados que todos têm de cumprir. "Na escola onde trabalho, quando as crianças estão fora de si, recorremos às sanções. Além disso, fazemos massagem, para tentar trazê-las de volta ao eixo", diz Maria Cristina Meirelles Cruz. A desobediência costuma aparecer cedo na vida das crianças. Até por volta dos 3 anos, elas não têm noção do que seja regra e infração. Por isso, vivem cometendo várias delas. Em casa e na escola. Conversando e sendo punidas, quando for o caso, vão entendendo as normas de convivência da sociedade.

Por Patrícia Cerqueira - Revista Crescer
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...