sábado, 23 de fevereiro de 2013

De certeza!


A missionária nua

Uma mulher que ensina o prazer é santa ou é puta?
IVAN MARTINS

Eu a conheci na faculdade. Baixinha, sorridente, era muito sensual sem ser bonita. Gostava de mim, mas também gostava de outro sujeito, mais velho, e provavelmente de mais alguns, de quem eu nunca soube. Era generosa. Aguerrida. Uma vez, conversando sobre sexo, me disse que, num mundo sem preconceitos, seria prostituta. Não apenas pelo prazer de transar, que era enorme nela, mas pela possibilidade de ajudar. “Tem tanto homem triste por aí”, ela me disse. “Gente feia, doente, mas que é bonita por dentro. Essas pessoas precisam de carinho.” Ela achava que seu corpo poderia ser usado para reduzir as dores do mundo. 
Ontem, vendo As sessões – o filme em que Helen Hunt interpreta a terapeuta que ajuda um homem paralisado a perder a virgindade – eu acho que entendi, 30 anos depois, o que a minha amiga queria dizer. E que tipo de pessoa era ela. 
A terapeuta do filme, inspirada numa mulher de verdade, ajuda as pessoas com dificuldade sexuais a descobrir o prazer. Conversa com elas, toca e se deixa tocar, transa. Trabalha em conjunto com uma psicóloga, discutindo as necessidades e dificuldades do paciente. Uma dessas profissionais, que ainda hoje atua na Califórnia, deu entrevistas recentes à imprensa brasileira e disse já ter atendido mais de 900 pessoas, homens em sua maioria. Não deve ser gente particularmente bonita. Muitas nem serão agradáveis. Mas a terapeuta se despe e se deita com elas do mesmo jeito. É um trabalho, mas também uma missão. 
Há um pouco da minha amiga nessa terapeuta do sexo, mas talvez haja um pouco dela em cada mulher.
Por essas razões, e por outras que não entendo inteiramente, o filme me deixou terrivelmente comovido. As mulheres fazem sexo porque gostam, mas fazem também porque nós, homens, precisamos disso desesperadamente. Fazem por carinho e às vezes por pena. Fazem para ver – eu já ouvi isso – os nossos olhos brilharem de satisfação. Elas nos dão de presente seus corpos macios e nós, muitas vezes, abrimos o pacote com pressa, famintos, sem sequer perceber que há um bilhete com dedicatória. Ao contrário do paralítico do filme, que entende o tamanho da graça que recebe, nós não choramos felizes e comovidos. Mas talvez devêssemos. Assim como na profissional descrita pelo filme, há um quê de santa (e de puta, naturalmente), em cada mulher que nos recebe entre as suas pernas - com as nossas dores e os nossos medos, com as nossas vaidades e injustificadas aspirações.  
Talvez porque eu ainda sinta, como um garotinho impúbere, que as mulheres que se deixam despir, tocar e penetrar realizam um ato de profunda e impagável generosidade para com os homens. Talvez porque eu me perceba, como o paralítico do filme, como todos os homens que eu conheço, assustadoramente dependente da atenção, do corpo e do afeto femininos. Talvez, ainda, porque, assim como personagem do filme, e como todos, homens e mulheres, eu seja capaz de antever, no momento mesmo em que o prazer explode, a iminência da perda e a profundidade da separação que se insinuam. O sexo que acabou nunca é o bastante, nunca é suficiente, nunca é exatamente o que buscávamos. Queremos amar e ser amados. Queremos tudo. 
Minha amiga, aos 20 e poucos anos, intuía isso tudo. Por isso sonhava em colocar o seu corpo a serviço das almas e dos corpos doentes. Se vivesse em outro país, talvez isso virasse uma carreira. Aqui, é provável que essa vocação tenha simplesmente adormecido, como tantas coisas que a gente sufoca na juventude para nos tornarmos adultos produtivos. Mas, onde quer que esteja, tenho certeza que se minha amiga vir o filme reconhecerá, naquela mulher que goza com o corpo sofrido de um bom homem, a possibilidade de sentimentos que estão muito além do hedonismo e do moralismo. Tomara que ela veja o filme – e que o papa Bento XVI veja também. Nunca é tarde para se perceber certas coisas. 
(Ivan Martins escreve às quartas-feiras) 

Quando...


Casamento e vida saudável


Em que medida uma união harmoniosa protege contra doenças


Não faz muito tempo um leitor atento pediu que eu escrevesse sobre a relação entre a solidão e a saúde. Eis que surgiu a oportunidade. Não é de hoje que os estudos sugerem que a saúde física e mental dos casados (dos bem casados, melhor dizendo) leva vantagem sobre a dos que vivem sozinhos.
Com essa afirmação, não pretendo despertar a ira dos solteiros convictos, aqueles que dizem ser felizes assim. Sem precisar dividir coisa alguma, sem precisar cultivar relações duradouras, sem ter um parceiro para todas as horas – para as boas e, principalmente, para as ruins.
A solidão só é problema quando estressa, entristece, estraga os dias, rouba o sono. É essa solidão que faz mal à saúde. É a essa que me refiro.  
Compreender de que forma o casamento contribui para a saúde ou a saúde contribui para o casamento é uma tarefa que mobiliza pesquisadores de várias áreas. Parece a brincadeira do ovo e da galinha. Definir “o que vem primeiro” é um exercício necessário.
Quem tem especial interesse por essa questão é a professora Christine M. Proulx, do departamento do desenvolvimento humano e estudos de família da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos. O mais novo trabalho dela será publicado na próxima edição do Journal of Family Psychology.  
Christine analisou dados sobre 707 casais que, ao longo de duas décadas, continuaram vivendo com os mesmos parceiros. No início do estudo, todos tinham menos de 55 anos. A cada cinco anos, eles participavam de uma longa entrevista por telefone e classificavam seu estado de saúde (de excelente a péssima).
Também comentavam problemas conjugais, a partir de questões como “Seu parceiro é raivoso, ciumento, dominador?”, “Tem hábitos irritantes?”, “Gasta demais?”, “Pouco conversa com você?” e avaliavam o grau de felicidade na relação (“Você está satisfeito com o amor e o afeto que recebe?”).   
A conclusão de Christine: em qualquer estágio do casamento, relacionamentos positivos ou negativos afetam a saúde dos indivíduos. Os parceiros deveriam estar atentos ao fato de que a forma como se tratam afeta a saúde dos dois.  
“Pensamos na velhice como algo que podemos tratar com pílulas ou atividade física, mas cuidar do casamento também beneficia a saúde”, diz Christine. “Uma boa relação com o parceiro não cura o câncer, mas laços fortes melhoram o bem-estar dos dois e reduzem o stress”.   À medida que envelhecem, as pessoas felizes no casamento declaram ter melhores condições de saúde. Essa é uma boa razão, entre tantas outras, para investir na relação, cuidar bem dela. Uma medida sábia em qualquer idade, mas que pode ser fundamental na velhice.
Uma das limitações do trabalho é ter sido baseado na percepção dos casais a respeito da própria saúde – e não em medições objetivas. Outras evidências, porém, apontam resultados semelhantes. Um estudo realizado na Finlândia com 15 mil pessoas entre 35 e 99 anos concluiu que pessoas casadas correm menor risco de infarto que as solteiras. Além disso, a probabilidade de recuperação após um infarto é mais elevada entre os que vivem com um parceiro.
Nesse trabalho, a propensão de sofrer um infarto foi até 66% mais elevada em homens solteiros de todos os grupos etários. Para as mulheres, os benefícios do casamento mostraram-se ainda mais expressivos. O risco de doenças coronarianas foi até 65% mais elevado entre as solteiras. O trabalho foi publicado no final de janeiro no European Journal of Preventive Cardiology. 
A pergunta que não quer calar: como manter a felicidade conjugal (e, por extensão, a saúde) em casamentos de longa duração?
Bodas de ouro ou diamante não são garantia de satisfação. Podem representar, simplesmente, um acerto mais ou menos confortável para ambas as partes.
Por outro lado, o mundo está cheio de velhinhos que vivem juntos e intensamente há décadas. São a prova viva de que a satisfação conjugal resiste ao tempo. Ao comparar casais satisfeitos e insatisfeitos, a equipe da professora Maria de Betânia Paes Norgren, do Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo, identificou o que faz a diferença nas relações.
A satisfação aumenta quando há proximidade, estratégias adequadas de resolução de problemas, coesão, boa habilidade de comunicação e satisfação em relação ao status econômico e à prática da crença religiosa.
Trinta e oito casais paulistas responderam a um conjunto de questionários utilizados num estudo multicultural prévio, realizado nos Estados Unidos, Suécia, Alemanha, Holanda, Canadá, África do Sul, Israel e Chile. O trabalho realizado em São Paulo foi publicado há alguns anos na revista Estudos de Psicologia.
Como manter um relacionamento satisfatório ao longo dos anos, segundo a pesquisa:
• Investir na relação
• Empenhar-se para que ela seja proveitosa para os dois
• Encontrar equilíbrio entre conjugalidade e individualidade
• Partilhar interesses e relacionamento afetivo-sexual
• Evitar o tédio e a repetição
“Casamento satisfatório é menos uma questão de escolha certa e mais de trabalho em equipe. Enquanto o trabalho pode ser aprimorado, a escolha só pode dar origem a outras, talvez tão pouco satisfatórias quanto a anterior”, escreveu Maria de Betânia.
Consenso, resolução de conflito, comunicação, flexibilidade são variáveis importantes para a manutenção de relações duradouras. Todas essas condições podem ser adquiridas ou aperfeiçoadas. Enquanto houver vida há chance de fazer diferente. Saúde é isso.
Cristiane Segatto / Revista Época.

Bem assim.


A Igreja dos Homens


Acordei na praia com a voz do vizinho:

– O papa renunciou!

Meu primeiro pensamento foi de solidariedade aos colegas jornalistas. Trabalhei muito tempo em redação de jornais e revistas antes de me tornar autor de novelas. Imaginei a correria de meus antigos companheiros de profissão, até mesmo de amigos que continuam no batente. Alguns de ressaca correndo para as redações, tentando apurar notícias, com confetes caindo dos cabelos. Conto agora uma intimidade do mundo jornalístico: não há nada pior que uma notícia desse peso em pleno feriado. É quase impossível encontrar alguém para dar uma declaração que preste. Furo, então, como conseguir?

Passada a surpresa, fui tomar sol. Sim, tive dias ótimos na Praia do Engenho, no Litoral Norte de São Paulo. Diante do mar, pensei: “Que será da Igreja agora?”. A mudança de um papa, ainda mais um conservador como Bento XVI, é uma chance de renovação. Sou católico. Sempre me emociono com a mensagem de amor e acolhimento de Jesus Cristo. Mas faz falta um novo São Francisco de Assis, capaz de abandonar as estruturas rígidas do clero para se aproximar profundamente das dores do homem comum.

Os conservadores rejeitam a ideia de mudança. Nenhum religioso deseja que alguém seja infectado pelo vírus HIV. Mas a Igreja Católica insiste contra o uso de preservativos nas relações sexuais. Dentro dela mesma, a questão do celibato sacerdotal é cada vez mais urgente. Já conheci pelo menos dois religiosos que tinham vida sexual ativa, com casos amorosos quase públicos, um heterossexual e outro homo. Os amigos e mesmo alguns fiéis, em torno, fechavam os olhos. Suspeito que a maioria de vocês já tenha ouvido falar de algum padre que pulava a cerca. Para não entrar em exemplos da vida real, basta lembrar O crime do padre Amaro, de Eça de Queiroz, do século XIX, obra-prima da literatura portuguesa que narra o romance entre um religioso e uma jovem. O celibato sacerdotal só foi aprovado no Concílio de Niceia, em 325. O cristianismo já existia havia três séculos quando passou a ser exigido.
Sou católico. Falta um novo São Francisco que abandone a rigidez do clero e torne a Igreja mais acolhedora 
Particularmente, acho um horror haver religiosos que não cumprem o celibato. Ninguém é obrigado a fazer votos e abdicar da vida sexual. Mas, se assumiu o compromisso, deve cumpri-lo. A transgressão faz do religioso um hipócrita, alguém que prega alguma coisa e faz outra. Essa hipocrisia enraizada corrói a relação com os fiéis e com a própria essencia da fé. Se o celibato fosse flexibilizado, em algumas ordens pelo menos, haveria menos padres mentirosos e mais padres com verdadeira vocação para pregar a fé. Ser celibatário seria questão de escolha. As igrejas protestantes, onde os pastores casam e têm filhos, têm algum problema por causa disso? De jeito nenhum. Estão aí, vigorosas, com um número crescente de crentes. Já é hora de permitir que os padres se casem.

Também chegou o momento de a Igreja ser mais rigorosa com os crimes sexuais. Casos de pedofilia envolvendo membros do clero foram denunciados em vários países do mundo e comprovados nos Estados Unidos, na Irlanda, na Alemanha e na Bélgica. Segundo Barbara Dorris, da Survivors Network of those Abused by Priests (Snap), associação que congrega vítimas de abusos sexuais por religiosos, o papa Bento XVI, diante da questão, apenas pediu desculpas, sem atitudes práticas. É óbvio que a pedofilia não é um problema exclusivo da Igreja Católica. Mas, se ocorre nela, cabe ao papa punir gravemente os abusos comprovados. A esperança é que, com um próximo papa menos conservador, a pedofilia seja erradicada.

A eleição de um papa mais liberal também seria importante para um dos grandes impasses da Igreja hoje em dia: a questão homossexual. A Igreja é fortemente pressionada para assumir atitudes mais liberais. O papa Bento XVI se recusou. Recentemente, o ministro do Vaticano para a Família, Vicenzo Paglia, pronunciou-se a favor dos direitos civis para gays e lésbicas. Ou seja, discorda-se a respeito do assunto dentro do próprio Vaticano. A sociedade caminha mais rapidamente que a Igreja. Não acho que haja uma queda na fé. Os homens querem simplesmente uma igreja que os acolha. E não é assim Cristo, que abriu os braços para acolher a humanidade? Espero que, na próxima vez que estiver na praia, acorde com a notícia de um gesto lindo e emocionante do próximo papa que contribua para a existência de uma verdadeira Igreja dos Homens.
Walcyr Carrasco / Revista Época.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Quem não luta pelo que quer, não merece o que deseja

Quem não luta pelo que quer, não merece o que deseja

por Nelson Sganzerla

Pare um pouco para pensar na sua vida, deixe por um instante de lado a sua correria, aqueles afazeres automáticos, do tipo acordar, tomar banho, café e sair como se tivesse que tirar alguém da forca.

Tenha calma... O dia irá transcorrer com você com sua pressa ou não. Relaxou? Pois bem, agora me diga: o que você quer para a sua vida? O que você acha que pode ou não fazer para melhorar e mudar a sua vida?

Você está legal assim como está? Ou deseja fazer algo mais? Talvez concluir aquele curso de línguas que deixou lá atrás e prometeu retomar assim que tivesse tempo ou dinheiro... em qual das duas situações se encontra hoje? Com tempo ou com dinheiro? Caso esteja sem os dois, sinto, mas as coisas não andam muito bem.

E aquela ginástica que você decidiu começar no início desse ano, logo após o carnaval. Lembra-se? Imagino que já começou e está com um condicionamento físico fora de série, a ponto de correr uma meia maratona... Caso isso não tenha ocorrido, sinto, mas as coisas ainda não andam bem.

Ah, aquela dieta, que você programou depois do dia em que foi à praia e negou-se a tirar a canga, sentada o tempo todo, prometendo a você, que no próximo verão estaria linda e maravilhosa em um biquíni novinho em folha e aquela canga nunca mais! Parabéns, se você cumpriu o que programou... Caso não tenha feito, de novo algo não anda bem.

E, você, meu velho! Que prometeu para a sua namorada, esposa, mãe, filha que iria parar de fumar logo após as férias merecidas –afinal, férias são férias- e como ficar sem dar aquelas baforadas acompanhadas da cerveja gelada, na praia, na churrasqueira com os amigos, no futebol, na pescaria ou na mesa de sinuca.
Imagino que a lei de proibição do fumo em lugares fechados não o tenha afetado, afinal, é um ex-fumante; caso ainda o esteja afetando, algo também anda mal.

A vida é feita de conquistas, sejam pessoais, daquelas em que resolvemos mudar atitudes, hábitos, vícios, comportamentos que achamos que não estão bem, seja de grandes conquistas, um novo amor, um filho, um novo trabalho, um diploma que tanto lutamos para tê-lo, uma nova casa, um novo carro, um sitio na montanha, uma casa na praia.

Conquistas interiores, mudanças na nossa visão da vida, troca de valores que estavam profundamente enraizados em nossa mente, uma melhor qualidade de vida, menos trabalho, mais tempo com a família, participar de ações sociais.

Isso move a vida. É por isso que devemos lutar, com todas as nossas forças. Não estamos aqui para sermos apáticos em relação à nossa vida, temos que vivenciá-la, caminhar com passos de Bandeirante desbravando matas, descobrindo mundos, conhecendo pessoas, outras culturas, outros lugares, permitir-se mudar.
A vida é lutar por aquilo que podemos realizar!

Quando você acredita que não pode, ou quando acredita que pode, tenha certeza que as duas alternativas estão certas. Portanto, acredite sempre naquilo que você quer e lute para realizar. É assim que funciona a mente, caso você não a domine, ela domina você. Delete todas as possibilidades de que as coisas não irão dar certo, afaste sua mente da negatividade, tome a postura de um(a) vencedor (a) e o mundo abrirá as portas para você passar. Faça por merecer tudo o que você deseja e lute por isso.

O que fazer quando a dor é grande demais?

O que fazer quando a dor é grande demais? 

:: Graziella Marraccini ::



Diante de tragédias como aquela do incêndio na boate de Santa Maria que aconteceu no último domingo, o assunto não pára de ocupar nossas mentes enquanto a dor esmaga nossos corações. Não há como conter a emoção diante de tanta dor, mas dentro de mim e de muitos de vocês (tenho certeza) surgiu também uma grande indignação diante de tanta irresponsabilidade. Com minha inclinação astrológica natural, fui analisar o céu do momento da tragédia, ou seja, as configurações astrológicas, e também troquei opiniões com colegas numa lista da CNA. Não que isso me servisse de consolo, pois diante de tamanha desgraça, meu coração se partiu e lágrimas escorreram abundantes de meus olhos enquanto orava. Como poderia não compartilhar aquela dor? O Brasil inteiro estava e está prostrado em luto, não ha como negar.

Mesmo acreditando que 'Tudo Está em Divina Ordem', confesso que nem sempre os desígnios Dele me parecem muito claros. No entanto, procuro compreender a mensagem que existe diante dos eventos coletivos, sejam eles ruins ou bons. Sempre acreditei que os desencarnes coletivos devem servir para transformar a coletividade. Quando caíram as Torres Gêmeas, no início de minha colaboração com o STUM, senti que aquelas mortes iriam modificar os Estados Unidos e o mundo para sempre. A Cabala nos ensina que todos nós nascemos com uma missão individual e uma missão coletiva sendo essa uma espécie de carma, também chamada Tikkun coletivo. Quando cumprimos a nossa missão coletiva, muitas vezes nos sacrificamos de maneira espetacular, para que a sociedade possa modificar, transformar-se e, finalmente, tomar consciência e se responsabilizar! Porém, isso nem sempre acontece, infelizmente, à parte a solidariedade costumeira testemunhada nestes casos, essas tragédias se repetem ceifando mais e mais vidas sem que as 'autoridades' tomem as suas responsabilidades.

Mas acredito que desta vez algo irá mudar. Saturno, que transita em Escorpião, não vai deixar passar em branco mais essa irresponsabilidade do poder público que deveria estar onde está para cuidar da 'coisa pública', o que não quer dizer somente das coisas materiais, mas e principalmente, do bem-estar do povo! Ganância, corrupção, desleixo, falta de responsabilidade são palavras leves para descrever a causa de tanta desgraça. Não se pode roubar o futuro de tantos jovens sem que isso tenha um efeito bumerangue. No momento atual de evolução do planeta Terra e com a Era de Aquário mostrando sua luz, veremos rapidamente a Lei do Codex sendo executada. A Lei de Causa e Efeito será imediata. O Codex nos explica que 'a energia que segue sem resistência, retorna sem resistência e a energia que segue com resistência, retorna com resistência, sendo que, Causa e Efeito, para o Universo, não têm qualquer relação com mérito e punição'. Este é um conceito difícil de compreender quando a dor nos dilacera o peito pela necessidade de enterrar um ente querido! Se não existe punição, deve existir uma lição, um ensinamento.

Vamos, então, à analise astrológica: no mapa do dia da desgraça, Marte (incêndio) se encontra em Aquário, em conjunção com Netuno (fumaça toxica) na primeira Casa do Brasil, mas também em oposição ao Sol em Leão, do mapa de nascimento da Boate Kiss (lugares noturnos onde há música e bebida também são regidos por Netuno) que ocorreu em 21 de agosto de 2009 provavelmente às 23:00h. No domingo, dia 27 de janeiro, a Lua (povo, aglomeração de pessoas) estava cheia, em Aquário (conjunção com Marte e Netuno) em oposição ao Sol de Leão (jovens, lugar de diversão). Além disso, a Lua se encontrava em conjunção com o Nodo Sul do mapa do Brasil, indicando carma coletivo. Esses são somente alguns fatores celestes e, então, caros leitores, vou parar por aqui esta análise pois a finalidade dessa coluna, hoje, não é aquela de falar 'astrologês', mas a de buscar uma resposta para esses acontecimentos, compartilhando reflexões. Essa desgraça precisa nos ensinar algo! Devemos parar de olhar esses fatos como simples fatalidades, exonerando-nos de nossas responsabilidades individuais. Todos nós somos responsáveis e precisamos aprender algumas lições.

Eu acredito que, se existe um meio para superar a dor de um trauma tão grande, devemos buscá-lo dentro de nós, e não somente nas orações e na fé. Devemos fazê-lo analisando nossas ações quando nos isentamos de nossas responsabilidades. Se jogamos um pedaço de papel ou uma bituca de cigarro na rua, somos responsáveis pela enchente que arrasta casas e mata! Se vendemos uma espuma tóxica para um irresponsável que quer pagar pouco para o revestimento acústico de seu local noturno, somos responsáveis pelo incêndio que mata! Se não cobramos dos nossos políticos e das autoridades competentes que cumpram com seus deveres, somos responsáveis. Por isso, caros leitores, todos nós devemos portar o luto por essas mortes e começar a mudar nosso comportamento.

Cara Presidente Dilma, que além de mãe é também avó, não adianta chorar lágrimas de crocodilo! Pergunte-se como irá enxugar as lágrimas dos pais que perderam seus filhos por causa da irresponsabilidade, da ganância e da corrupção que impera em nossa sociedade em todos os níveis. Pergunte-se se os políticos e dirigentes desse país têm o direito de roubar o futuro daqueles jovens. Pergunte-se que Brasil quer deixar para sua netinha! E nós, caros leitores, façamos o mesmo.

Desculpem, caros leitores, mas não tenho ânimo para ir adiante. 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

E...

... E quando tudo for pedra
atire a primeira flor!




Sem perder o foco!


Sucos Desintoxicantes

Você não precisa iniciar com mudanças radicais na sua alimentação para manter ou criar a saúde do seu corpo.

Um primeiro passo importante, para ativar um fluxo diário de limpeza e desintoxicação de todas as impurezas do nosso organismo, é fazer uso de sucos frescos no seu cardápio matinal. Eles têm baixas calorias, previnem doenças e facilitam o trânsito intestinal.

Sucos não são remédios. São alimentos puros e nutritivos que oferecem ao corpo energia, vitaminas, sais minerais e fibras, para que ele se mantenha saudável.


ALERTA
Nada de trocar almoço ou jantar por suco. Ele deve ser um complemento dos novos hábitos alimentares. O ideal é que seja ingerido pela manhã em jejum, momento mais adequado do dia, quando o corpo humano está mais preparado para a mobilização (eliminação) dos seus dejetos. Outro momento adequado seria num intervalo da manhã ou da tarde, quando aguardamos o melhor horário para a próxima refeição principal.

Os benefícios dos sucos são numerosos, porque a absorção dos nutrientes é mais rápida e intensa. Vejamos alguns deles:

- Melhora o sistema cardiovascular, inclusive no controle da hipertensão, quando ajuda na desintoxicação do sangue.
- Aumenta a disposição e a hidratação, suavizando a pele e dando mais brilho aos cabelos.
- Ajuda na melhoria da qualidade do sono, da memória e da lucidez.
- Ativa o sistema imunológico, portanto previne o câncer e aumenta a resistência a gripes e resfriados.
- Aumenta o volume e o trânsito intestinal, prevenindo problemas de constipação.

Evite tomar sucos industrializados e concentrados de caixinha, garrafa ou lata. Os ingredientes passam por uma espécie de aquecimento (pasteurização) para evitar a deterioração, além dos famosos aditivos e conservantes químicos.

O suco fresco, contendo frutas e hortaliças, é sem dúvidas, o mais saudável. Deve ser ingerido imediatamente após o seu preparo, para que não perca seus efeitos nutricionais.

ESTES SUCOS SÃO IMPORTANTES
- De frutas cítricas - Fonte de vitamina C, que retarda o envelhecimento e previne doenças infecciosas.
- De cenoura com aipo - Um bom revigorante.
- De folhas verdes - Ricos em clorofila trazem serenidade e ativam todo o sistema digestivo. Energisa, limpa o sangue e combate a prisão de ventre.Misture sempre com o limão para proporcionar a perfeita fixação do ferro.
- De alimentos com betacaroteno - Ajudam a prevenir certos tipos de câncer. São eles a cenoura, agrião, espinafre, beterraba, brócolis ... 

IMPORTANTE
Prepare os sucos em casa com frutas e hortaliças frescas, preferentemente orgânicas (principalmente pepino, berinjela, tomate e morango), e muito bem lavadas.

Tome o suco imediatamente após o seu preparo e não guarde sobras na geladeira ou congele. Após 5-10 minutos de preparo eles não terão mais as mesmas propriedades terapêuticas e nutricionais. 

Você poderá prepará-los no liquidificador ou na centrífuga. Para quem consegue, o ideal é usá-lo sem coar, porque a presença de fibras é máxima e não existem perdas. Em ambos os casos, coado ou não, o ideal é ingerir o suco mastigando-o, ou seja, saboreando-o em pequenos goles.

Tente colocar o mínimo de água possível nas receitas, para evitar a diluição dos nutrientes. 

O ideal é tomá-lo ao natural, ou seja, sem adoçar. Caso impossível, usar frutas secas (1/2 colher de sobremesa) como uva passa (ou ameixa preta picada) ou dose muito discreta de um adoçante natural (estevita). Aproveite para apreciar melhor o sabor dos alimentos "in natura" e começar a reduzir suas necessidades de ingerir açúcar em excesso.

ESTES SÃO INFALÍVEIS
Imunidade- 2 maçãs + 1 laranja descascada deixando a parte branca + ramos de manjericão + 1 limão inteiro (polpa e casca). 

Calmante - 1 cenoura + 1 maçã + 1/2 molho de alface (talo incluso) + 1 limão inteiro (polpa e casca). 

Desintoxicante - 1 cenoura + 1 pepino (com casca) + 1/2 beterraba crua + 1 xícara de hortelã + 1 limão inteiro (polpa e casca). 

Digestivo - 1 xícara de abacaxi em cubos + 1 cenoura + 1 xícara de hortelã + 1 limão inteiro (polpa e casca). 

Energético - 1 xícara de uva itália sem as sementes + 3 kiwis + 1 laranja pêra descascada deixando a parte branca. 

Mousse laxante - 1 fatia de mamão formosa (o papaia é mais calórico) + suco de 1 laranja + suco de 1 limão + 5 ameixas secas sem caroço (ou 2 colheres de sopa de uva passa sem caroço). Bater tudo no liquidificador e tomar sem coar. 

Engana fome - 1 tomate + 1/2 pepino com casca + 1 talo de salsão + suco de 1 limão. Bater tudo no liquidificador, temperar com molho shoyo ou uma pitada de sal e tomar no intervalo da manhã ou da tarde.

ESPECIAL Energético, dizem que é o suco do renascimento. Previne gripes e resfriados e potencializa a cura de problemas infecciosos. Ajuda a combater náuseas e deixa a pele suave - 4 cenouras + 1 maçã descascada + 1 limão inteiro (polpa e casca) + 2 laranjas + 1 pedaço de gengibre. Passar tudo pela centrífuga e tomar imediatamente.

Este texto faz parte do livro Alimentação Desintoxicante – Conceição Trucom – Editora Alaúde.


Nasceu o BENDITA FRUTA

Dia 2 de Janeiro de 2013, nasceu um sonho, o BENDITA FRUTA

Minha amiga Fernanda e eu dividimos este novo negócio com muita alegria. Sociedade é quase como um casamento, e a Fê, é muito especial.

O Bendita Fruta é o lugar onde todos os sabores e aromas se encontram! Um lugar descontraído, de amigos, de funcionários do shopping, de moradores da região, de anônimos... Nossos funcionários, a Dóris, Duan, Mary, André e Luiz foram muito importantes nesta trajetória e são mega queridos.

Tenho que agradecer demais meu amor e querido esposo Júnior que jamais se posicionou contra e me incentiva sempre, que cuida diariamente dos meus filhos para eu poder trabalhar. Ao meu Pai pela força e segurança nas palavras. Ao meu filho João Pedro pela paciência e que compreende minha ausência. A minha Mãe que me guia e protege.

Que o Senhor nos abençoe e me dê muita sabedoria, fôlego, sucesso e algumas folgas... rsrsrs. 


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