sábado, 16 de fevereiro de 2013

O que fazer quando a dor é grande demais?

O que fazer quando a dor é grande demais? 

:: Graziella Marraccini ::



Diante de tragédias como aquela do incêndio na boate de Santa Maria que aconteceu no último domingo, o assunto não pára de ocupar nossas mentes enquanto a dor esmaga nossos corações. Não há como conter a emoção diante de tanta dor, mas dentro de mim e de muitos de vocês (tenho certeza) surgiu também uma grande indignação diante de tanta irresponsabilidade. Com minha inclinação astrológica natural, fui analisar o céu do momento da tragédia, ou seja, as configurações astrológicas, e também troquei opiniões com colegas numa lista da CNA. Não que isso me servisse de consolo, pois diante de tamanha desgraça, meu coração se partiu e lágrimas escorreram abundantes de meus olhos enquanto orava. Como poderia não compartilhar aquela dor? O Brasil inteiro estava e está prostrado em luto, não ha como negar.

Mesmo acreditando que 'Tudo Está em Divina Ordem', confesso que nem sempre os desígnios Dele me parecem muito claros. No entanto, procuro compreender a mensagem que existe diante dos eventos coletivos, sejam eles ruins ou bons. Sempre acreditei que os desencarnes coletivos devem servir para transformar a coletividade. Quando caíram as Torres Gêmeas, no início de minha colaboração com o STUM, senti que aquelas mortes iriam modificar os Estados Unidos e o mundo para sempre. A Cabala nos ensina que todos nós nascemos com uma missão individual e uma missão coletiva sendo essa uma espécie de carma, também chamada Tikkun coletivo. Quando cumprimos a nossa missão coletiva, muitas vezes nos sacrificamos de maneira espetacular, para que a sociedade possa modificar, transformar-se e, finalmente, tomar consciência e se responsabilizar! Porém, isso nem sempre acontece, infelizmente, à parte a solidariedade costumeira testemunhada nestes casos, essas tragédias se repetem ceifando mais e mais vidas sem que as 'autoridades' tomem as suas responsabilidades.

Mas acredito que desta vez algo irá mudar. Saturno, que transita em Escorpião, não vai deixar passar em branco mais essa irresponsabilidade do poder público que deveria estar onde está para cuidar da 'coisa pública', o que não quer dizer somente das coisas materiais, mas e principalmente, do bem-estar do povo! Ganância, corrupção, desleixo, falta de responsabilidade são palavras leves para descrever a causa de tanta desgraça. Não se pode roubar o futuro de tantos jovens sem que isso tenha um efeito bumerangue. No momento atual de evolução do planeta Terra e com a Era de Aquário mostrando sua luz, veremos rapidamente a Lei do Codex sendo executada. A Lei de Causa e Efeito será imediata. O Codex nos explica que 'a energia que segue sem resistência, retorna sem resistência e a energia que segue com resistência, retorna com resistência, sendo que, Causa e Efeito, para o Universo, não têm qualquer relação com mérito e punição'. Este é um conceito difícil de compreender quando a dor nos dilacera o peito pela necessidade de enterrar um ente querido! Se não existe punição, deve existir uma lição, um ensinamento.

Vamos, então, à analise astrológica: no mapa do dia da desgraça, Marte (incêndio) se encontra em Aquário, em conjunção com Netuno (fumaça toxica) na primeira Casa do Brasil, mas também em oposição ao Sol em Leão, do mapa de nascimento da Boate Kiss (lugares noturnos onde há música e bebida também são regidos por Netuno) que ocorreu em 21 de agosto de 2009 provavelmente às 23:00h. No domingo, dia 27 de janeiro, a Lua (povo, aglomeração de pessoas) estava cheia, em Aquário (conjunção com Marte e Netuno) em oposição ao Sol de Leão (jovens, lugar de diversão). Além disso, a Lua se encontrava em conjunção com o Nodo Sul do mapa do Brasil, indicando carma coletivo. Esses são somente alguns fatores celestes e, então, caros leitores, vou parar por aqui esta análise pois a finalidade dessa coluna, hoje, não é aquela de falar 'astrologês', mas a de buscar uma resposta para esses acontecimentos, compartilhando reflexões. Essa desgraça precisa nos ensinar algo! Devemos parar de olhar esses fatos como simples fatalidades, exonerando-nos de nossas responsabilidades individuais. Todos nós somos responsáveis e precisamos aprender algumas lições.

Eu acredito que, se existe um meio para superar a dor de um trauma tão grande, devemos buscá-lo dentro de nós, e não somente nas orações e na fé. Devemos fazê-lo analisando nossas ações quando nos isentamos de nossas responsabilidades. Se jogamos um pedaço de papel ou uma bituca de cigarro na rua, somos responsáveis pela enchente que arrasta casas e mata! Se vendemos uma espuma tóxica para um irresponsável que quer pagar pouco para o revestimento acústico de seu local noturno, somos responsáveis pelo incêndio que mata! Se não cobramos dos nossos políticos e das autoridades competentes que cumpram com seus deveres, somos responsáveis. Por isso, caros leitores, todos nós devemos portar o luto por essas mortes e começar a mudar nosso comportamento.

Cara Presidente Dilma, que além de mãe é também avó, não adianta chorar lágrimas de crocodilo! Pergunte-se como irá enxugar as lágrimas dos pais que perderam seus filhos por causa da irresponsabilidade, da ganância e da corrupção que impera em nossa sociedade em todos os níveis. Pergunte-se se os políticos e dirigentes desse país têm o direito de roubar o futuro daqueles jovens. Pergunte-se que Brasil quer deixar para sua netinha! E nós, caros leitores, façamos o mesmo.

Desculpem, caros leitores, mas não tenho ânimo para ir adiante. 

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