quarta-feira, 30 de junho de 2010

A Culpa

Por detrás de nossas tristezas e frustrações, de nossas insatisfações na vida, de nossos tédios e angústia, está um sentimento, o mais arraigado em nosso comportamento e responsável por grandes sofrimentos psicológicos, que é o Sentimento de Culpa.

O sentimento de culpa é o apego ao passado, é uma tristeza por alguém não ter sido como deveria ter sido, é uma tristeza por ter cometido algum erro que não deveria ter cometido. O núcleo do sentimento de culpa são estas palavras: "Não deveria...".

A Culpa é a frustração pela distância entre o que nós fomos e a imagem de como nós deveríamos ter sido. Nela consiste a base para a auto-tortura. Na culpa, dividimo-nos em duas pessoas: uma real, má, errada, ruim e uma ideal, boa, certa e que tortura a outra. Dentro de nós processa-se um julgamento em que o Eu ideal, imaginário, é o Juiz e o Eu real, concreto, humano, é o Réu. O Eu ideal sempre faz exigências impossíveis e perfeccionistas. Assim, quando estamos atorment ados pelo perfeccionismo, estamos absolutamente sem saída. Como o pensamento nos exige algo impossível, nunca o nosso Eu real poderá atendê-lo. Este é um ponto fundamental.


Muitas pessoas dedicam a sua vida a tentar realizar a concepção do que elas devem ser, em vez de se realizarem a si mesmas.


A diferença entre auto-realização e realização da imagem de como deveríamos ser é muito mais importante. A maioria das pessoas vive apenas em função da sua Imagem Real e este é um instrumento fenomenal para se fazer o jogo preferido do neurótico: a auto-tortura, o auto aborrecimento, o auto-castigo, a autopunição, a culpa.


Quanto maior for a expectativa a nosso respeito, quanto maior for o modelo perfeccionista de como deve ser a nossa vida, maior será o nosso sentimento de Culpa. A culpa é a tristeza por não sermos perfeitos, é a tristeza por não sermos Deus, por não sermos infalíveis; é um profundo sentimento de orgulho e onipotência; é uma incapacidade de lidar com o erro, com a imperfeição; é um desejo frustrado; é o contato direto com a realidade humana, em contraste com as suas intenções perfeccionistas, com os seus pensamentos megalomaníacos a respeito de si mesmo. E o mais grave é que aprendemos o sentimento de culpa como virtude!

A culpa sempre se esconde atrás da máscara do auto-aperfeiçoamento como garantia de mudança e nunca dá certo. Os erros dos quais nos culpamos são aqueles que menos corrigimos. A lista de nossos "pecados" no confessionário é sempre a mesma.


A Culpa, longe de nos proporcionar incentivo ao crescimento, faz-nos gastar as energias numa lamentação interior por aquilo que já ocorreu, ao invés de as gastarmos em novas coisas, novas ações e novos comportamentos. Por isto mesmo, em todas as linhas terapêuticas, este é um sentimento considerado doentio. Não existe nenhuma linha de tratamento psicológico que não esteja interessado em tirar dos seus pacientes o sentimento de culpa. A culpa é um auto-desprezo, um auto-desrespeito pela natureza humana, nos seus limites e na sua fragilidade. A culpa é uma vingança de nós mesmos por não termos atendido a expectativa de alguém a nosso respeito, seja esta expectativa clara e explícita, ou seja uma expectativa interiorizada no decorrer da nossa vida. Por isto é que se diz que, ao nos sentirmos culpados, estamos alienados de nós mesmos e a nossa recriminação interna não é, nem mais nem menos, do que vozes recriminatórias dos nossos pais, nossas mães, nossos mestres ou outras pessoas ainda dentro de nós.


Mas aquilo que nos leva a esse sentimento de culpa, aquilo que alimenta esta nossa doença autodestrutiva são algumas crenças falsas. Trabalhar o sentimento de culpa é, primordialmente, descobrir as convicções falsas que existem em nós, aquelas verdades em que cremos que são errôneas e nos levam a este sentimento. A primeira delas é a crença na possibilidade da perfeição. Quem acredita que é possível ser perfeito, quem acha que está no mundo para ser perfeito, quem acha que deve procurar na sua vida a perfeição, viverá necessariamente atormentado pelo sentimento de culpa. A expectativa perfeccionista da vida é um produto da nossa fantasia, é um conceito alienado de que é possível não errar, que é possível viver sem cometer erros.

Quanto maior for a discrepância entre a realidade objetiva e as nossas fantasias, entre aquilo que podemos nos tornar através do nosso verdadeiro potencial e os conceitos idealistas impostos, tanto maior será o nosso esforço na vida e maior a nossa frustração. Respondendo a esta crença opressora da perfeição, atuamos num papel que não tem fundamento real nas nossas necessidades. Nós nos tornamos falsos, evitamos encarar de frente as nossas limitações e desempenhamos papéis sem base em nossa capacidade. Construímos um inimigo dentro de nós, que é o ideal imaginário de como deveríamos ser e não de como realmente somos. Respondendo a um ideal de perfeição, nós desenvolvemos uma fachada falsa para manipular e impressionar os outros.

É muito comum, no relacionamento conjugal, marido e mulher não estarem amando um ao outro e, sim, amando a imagem de perfeição que cada um espera do outro. É claro que nenhum dos parceiros consegue corresponder a esta expectativa irreal e a frustração mútua de não encontrar a perfeição gera tensões e hostilidades, e um jogo mútuo de culpa. Esta situação se aplica a todas as relações onde as pessoas acreditam que amar o outro é ser perfeito. Quando voltamos para nós exigências perfeccionistas, dividimo-nos neuroticamente para atender ao irreal. Embora as pessoas acreditem que errar é humano, elas simplesmente não acreditam que são humanas! Embora digam que a perfeição não existe, continuam a se torturar e a se punir e continuam a torturar e a punir os outros por não corresponderem a um ideal perfeccionista do qual não querem abrir mão.

Outra crença que nos leva à Culpa, esta talvez mais sutil, mais encoberta e profunda em nossa vida é acreditarmos que há uma relação necessária entre o Erro e a Culpa. É a vinculação automática entre erro e culpa. Quase todas as pessoas a quem temos perguntado de onde vêm os seus sentimentos de culpa nos respondem taxativamente que vêm de seus erros.


Acreditamos que a culpa é uma decorrência natural do erro, que não pode, de maneira alguma, haver erro sem haver culpa. Se acreditamos nisto, estamos num problema insolúvel. Ou vamos passar a vida inteira tentando não errar para não sentirmos culpa e isto é impossível porque sempre haverá erros em nossa vida ou então passaremos a vida inteira nos sentindo culpados porque sempre erramos. Essa vinculação causal entre erro e culpa é profundamente falsa. A culpa não decorre do erro, mas da maneira como nos colocamos diante do erro; vem do nosso conceito relativo ao erro, vem da nossa raiva por termos errado. Uma coisa é o erro, outra coisa é a culpa; erros são erros, culpa é culpa. São duas coisas distintas, separadas, e que nós unimos de má fé, a fim de não deixarmos saída para o nosso sentimento de culpa. O erro é o modo de se fazer algo diferente, fora de algum padrão.

O que é chamado erro é a saída fora de um modelo determinado, que pode ser errado hoje e não amanhã, pode ser errado num país e não ser errado em outro. A culpa é um sentimento, vem de nós, vem da crença de que é errado errar, que não podemos errar, que devemos ser castigados pelas faltas cometidas; crença de que a cada erro deve corresponder necessariamente um castigo, de que a cada falta deve corresponder uma punição. Aliás, o sentimento de culpa é a punição que damos a nós mesmos pelo erro cometido. Não é possível não errar, o erro é inerente à natureza humana, ele é necessário a nossa vida. Na perfeição humana está incluída a imperfeição. Só crescemos através do erro.

As pessoas confundem assumir o erro com sentir culpa. Assumir o erro é aceitar que erramos, é nos responsabilizarmos pelo que fizemos ou deixamos de fazer. Mas quando acreditamos que a culpa decorre do nosso erro, tentamos imputar a outros a responsabilidade dos nossos erros, numa tentativa infrutífera de acabar com a nossa culpa.

A propósito do erro, há um texto interessantíssimo no livro "Buscando Ser o que Eu Sou", de Ilke Praha, que diz: "O perfeccionismo é uma morte lenta. Se tudo se cumprisse à risca, como eu gostaria, exatamente como planejara, jamais experimentaria algo novo, minha vida seria um repetição infinda de sucessos já vividos. Quando cometo um erro vivo algo inesperado. Algumas vezes reajo ao cometer erros como se tivesse traído a mim mesmo. O medo de cometer erros parece fundamentar-se na recôndita presunção de que sou potencialmente perfeito e de que, se for muito cuidadoso, não perderei o céu. Contudo, o erro é uma demonstração de como eu sou, é um solavanco no caminho que tracei, um lembrete de que não estou lidando com os fatos. Quando der ouvidos aos meus erros, ao invés de me lamentar por dentro, terei crescido". Este é o texto.

Algumas pessoas nos perguntam: "Mas como avançar em relação a este sentimento, como arrancar de mim este hábito de me deprimir com os erros cometidos?". Só existe uma saída para o sentimento de culpa. Façamos uma fantasia: Imaginemos por um instante que estamos à morte e nossos sentimentos deste momento são de angústia, tristeza e frustração por todos os erros cometidos, por tudo o que deveríamos ter feito e não fizemos; remorsos pelos nossos fracassos como pai, como mãe, como profissional, como esposo, como esposa, como religioso, como cidadão, mas, ao mesmo tempo, estamos com um profundo desejo de morrer em paz, de sair desse processo íntimo de angústia e morrer tranquilos. Qual a única palavra que, se pronunciada neste momento, sentida com todo coração, teria o poder de transformar a nossa dor em alegria, o nosso conflito em harmonia, a nossa tristeza em felicidade? Somente uma palavra tem essa magia. A palavra é: Perdão.


O Perdão é uma palavra perdida em nossa vida. O primeiro sentimento que se perde no caminho da loucura é o sentimento de perdão, o sentimento de Auto-Perdão. Se a culpa é a vergonha da queda, o auto-perdão é o elo entre a queda e o levantar de novo. O auto-perdão é o recomeço da brincadeira depois do tombo: "Eu me perdôo pelos erros cometidos, eu me perdôo por não ser perfeito, eu me perdôo pela minha natureza humana, eu me perdôo pelas minhas limitações, eu me perdôo por não ser onipotente, por não ser onipresente, por não ser onisciente, eu me perdôo por...". O perdão é sempre assim mesmo, é pessoal e intransferível.

O perdão aos outros é apenas um modo de dizermos aos outros que já nos perdoamos. Perdoarmo-nos é restabelecer a nossa própria unidade, a nossa inteireza diante da vida, é unir outra vez o que a culpa dividiu, é uma aceitação integral daquilo que já aconteceu, daquilo que já passou, daquilo que já não tem jeito; é o encontro corajoso e amoroso com a realidade.


Somente aqueles que desenvolveram a capacidade de auto-perdão conseguem energia para uma vida psicológica sadia. A criança faz isto muito bem. O perdão é a própria aceitação da vida do jeito que ela é, nos altos e nos baixos. O auto-perdão é a capacidade de dizer adeus ao passado, é a aceitação de que o passado é uma fantasia, é apenas saber perder o que já está perdido. O auto-perdão é um sim à vida que nos rodeia agora, é uma adesão ao presente, à única coisa viva que possuímos, que são nossas possibilidades neste momento. Não podemos abraçar o presente, a vida, o passado e a morte ao mesmo tempo. O perdão é uma opção para a vida, o auto-perdão é a paciência diante da escuridão, é o vislumbre da aurora no final da noite. O auto-perdão é o sacudir da poeira, é a renovação da autoestima e da alegria de viver, é o agradecimento por sabermos que mais importante do que termos cometido um erro é estarmos vivos, é estarmos presentes.

Para encerrar este tema, quero sugerir-lhes uma reflexão sobre este texto escrito por Frederick Pearls: "Que isto fique para o homem! Tentar ser algo que não é, ter idéias que não são atingíveis , ter a praga do perfeccionismo de forma a estar livre de críticas, é abrir a senda infinita da tortura mental. Amigo, não seja um perfeccionista. Perfeccionismo é uma maldição e uma prisão. Quanto mais você treme, mais erra o alvo. Amigo, não tenha medo de erros, erros não são pecados, erros são formas de fazer algo de maneira diferente, talvez criativamente nova. Amigo, não fique aborrecido por seus erros. Alegre-se por eles, você teve a coragem de dar algo de si".
(Antônio Roberto Soares - Psicólogo)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Você se considera uma pessoa de coragem?

Você se considera uma pessoa de coragem?
E, se tem coragem, também tem força o bastante para suportar os desafios da caminhada?
Em muitas ocasiões da vida, não sabemos avaliar o que realmente necessitamos: se de força ou de coragem.
E há momentos em que precisamos das duas virtudes conjugadas.
Há situações que nos exigem muita força, mas há horas em que a coragem se faz mais necessária.
Eis aqui alguns exemplos:
É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil.
É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para não revidar.
É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para admitir a dúvida ou o erro.
É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé.
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.
É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.
É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para faze-lo parar.
É preciso ter força para fazer tudo sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.
É preciso força para enfrentar os desafios que a vida oferece, mas é preciso coragem para admitir as próprias fraquezas.
É preciso força para buscar o conhecimento, mas é preciso coragem para reconhecer a própria ignorância.
É preciso força para lutar contra a desonestidade, mas é preciso coragem para resistir às suas investidas.
É preciso força para enfrentar as tentações, e é preciso coragem para não cair nas suas armadilhas.
É preciso ter força para gritar contra a injustiça, mas é preciso muita coragem para ser justo.
É preciso força para pregar a verdade, mas é preciso coragem para ser verdadeiro.
É preciso força para levantar a bandeira da paz, mas é preciso coragem para construí-la na própria intimidade.
É preciso ter força para falar, mas é preciso coragem para se calar.
É preciso força para lutar contra a insensatez, mas é preciso coragem para ser sensato.
É preciso ter força para defender os bens materiais, mas é preciso coragem para preservar o patrimônio moral.
É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado.
É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para aprender a viver.
Enfim, é preciso ter muita força para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, mas é preciso muita coragem moral, para vencer-se a si mesmo.
Força e coragem: duas virtudes com as quais podemos conquistar grandes vitórias. E a maior delas é a vitória sobre as próprias imperfeições.
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A coragem de vencer-se antes que pretender vencer o próximo, de desculpar antes que esperar ser desculpado e de amar apesar das decepções e desencantos, revela o verdadeiro cristão, o legítimo homem de valor. Por essa razão a coragem é calma, segura, fonte geradora de equilíbrio que alimenta a vida e eleva o ser aos altos cumes da glória e da felicidade total.

Torcida baby!!!

VAMOS BRASIL !!!!!

Por que é tão difícil ser transparente?

" Às vezes, fico me perguntando: Por que é tão difícil ser transparente?
Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros.
Mas ser transparente é muito mais do que isso.
É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente…
Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que nos empenhamos tanto para levantar…
Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde! Mas infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana. Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser…
Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas à simplesmente nos entregar e admitir que não sabemos, que temos medo! Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção…
E assim, vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos.
Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não-contaminado.
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar: doçura, compaixão… a compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos… daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos!
Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar, agredir, acusar, criticar e julgar do que simplesmente dizer: “você está me machucando… pode parar, por favor?”.
Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro.
Quando, na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor, tanta dor…
Sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura! Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencível.
Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto, que consigamos docemente viver, sentir, amar…
E que você seja não só razão, mas também coração, não só um escudo, mas também sentimento.
Seja transparente, apesar de todo o risco que isso possa significar..."

(Rosana Braga)

Carta de uma Mãe

Mães são criaturas especiais. Elas têm uma visão de mundo toda peculiar.
Guardam experiência porque já viveram mais tempo que seu filho. Experimentaram incontáveis alegrias. Também tristezas, mágoa e dor.
E sabem que, por mais amem seu filho, não poderão impedir que tudo isso ele também experimente: coisas positivas e coisas negativas.
Sabem igualmente que isso faz parte do grande aprendizado que redundará em progresso para ele próprio.
Possivelmente por essa razão é que uma mãe elaborou uma carta, mais ou menos nos seguintes termos:
Caro mundo: Meu filho começou hoje na escola. Durante algum tempo, tudo vai ser estranho e diferente para ele.
Eu gostaria que você o tratasse com carinho.
Até aqui, sempre estive ao lado dele. Aquieto seu coração. Curo suas feridas.
Estou por perto quando ele cai e rala o cotovelo ou o joelho.
Quando ele cai da bicicleta, do skate e tropeça nos cadarços soltos do tênis.
Mas agora tudo vai ser diferente. Esta manhã ele vai sair pela porta da rua, acenar para mim e começar sua grande aventura.
Ele irá aprender provavelmente sobre disputas, tragédia e sofrimento.
Para viver neste mundo é preciso fé, amor e coragem.
Por isso, mundo, eu gostaria que você o pegasse pela mão e ensinasse o que ele precisa saber.
Ensine-o, mas com carinho. Ensine-o que, para cada malandro que existe por aí, existe também um herói.
E que, em verdade, há muito mais heróis do que malandros. Heróis anônimos que realizam grandes proezas todos os dias.
Fale-lhe muito mais dos heróis. Incentive-o a se tornar um deles.
Ensine-o que para cada político corrupto existe um líder dedicado.
E narre-lhe detalhes das vidas desses líderes para que os possa imitar.
Ensine-o que para todo inimigo existe também um amigo. Diga-lhe como conquistar e conservar amigos.
Ensine-o sobre as maravilhas dos livros. Livros de ciência, de arte, de grandeza.
Dê a ele um momento de silêncio para que possa ponderar sobre o mistério dos pássaros no céu, das abelhas ao sol e das flores nas campinas.
Ensine-o que é muito mais digno fracassar do que trapacear.
Ensine-o a ter fé nas próprias ideias, mesmo quando todo mundo lhe disser que ele está errado.
Ensine-o a vender seu cérebro e seus músculos pelo mais alto preço. Mas faça-o ciente de que seu coração e sua alma nunca devem ser colocados à venda.
Ensine-o a fechar os ouvidos para o clamor da multidão... E manter-se firme e disposto a lutar quando achar que está certo.
Ensine-o com carinho, mundo, mas não o mime, pois é o teste do fogo que produz o aço mais resistente.
Mundo, veja o que você pode fazer por meu filho. Ele é alguém muito especial.
* * *
A educação de uma criança não é somente um trabalho de amor e um dever.
É uma missão importante, desafiadora e honrosa. Em verdade, ela exige do educador o melhor que ele tenha para dar. Por isso, maternidade e paternidade são missões das mais nobres, confiadas pela Divindade à mulher e ao homem.
Pense nisso!
(Carta de uma mãe ao mundo- de autoria desconhecida, do livro "Histórias para aquecer o coração das mulheres", de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne e Marci Shimoff.)

(eu, grávida do Davi em Dez/2009)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sobre o amor, rosa e espinhos...

Amor que é amor dura a vida inteira.
Se não durou é porque nunca foi amor.
O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições.
Sem perdão não há amor.
Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.
O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão.
Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você.
Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto."
O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos
jamais poderíamos enxergar.
O poeta soube traduzir bem quando disse: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!" Bonito isso.
Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho.
Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos , socorreu-me em minha cegueira.
Eu possuia e não sabia.
O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha.
Coisas que Jesus fazia o tempo todo.
Apontava jardins secretos em aparentes desertos.
Na aridez do coração de Madalena, Jesus encontrou orquídeas preciosas.
Fez vê-las e chamou a atenção para a necessidade de cultivá-las.
Fico pensando que evangelizar talvez seja isso:
descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios.
Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe,
porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado.
A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras.
Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta,
mas o repouso do preparo.
Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois...
Precisamos aprender isso.
Olhar para aquele que nos magoou, e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo, nem tampouco fora do cultivo. Se não há flores,
talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir.
Cada roseira tem seu estatuto, suas regras... Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.
A vida requer cuidado.
Os amores também.
Flores e espinhos são belezas que se dão juntas.
Não queira uma só.
Elas não sabem viver sozinhas...
Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá que saber que com ela vão inúmeros espinhos.
Mas não se preocupe.
A beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos... ou não!

: O Valor de uma dona de casa (MUITO BOAAA!!!)



Um homem chegou a casa, após o trabalho, e encontrou os seus três filhos brincando do lado de fora, ainda vestindo os pijamas. Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida entregue em casa.
A porta do carro da sua esposa estava aberta.
A porta da frente da casa também.
O cachorro estava sumido, não veio recebê-lo.
Enquanto ele entrava em casa, achava mais e mais bagunça.
A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e encostado na parede.
Na sala de estar, a televisão ligada aos berros num desenho animado qualquer, e o chão estava atulhado de brinquedos e roupas espalhadas.
Na cozinha, a pia estava transbordando de pratos; ainda havia café da manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no chão e até um copo quebrado em cima do balcão.
Sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta.
Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando dos brinquedos espalhados e de peças de roupas sujas.
Será que a minha mulher passou mal?' Pensou.
Será que alguma coisa grave aconteceu?'
Daí viu um fio de água correndo pelo chão, vindo do banheiro.
Lá encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas, sabonete líquido espalhado por toda parte e muito papel higiênico na pia.
A pasta dos dentes tinha sido usada e deixada aberta e a banheira transbordando água e espuma.
Finalmente, ao entrar no quarto de casal, ele encontrou a mulher ainda de pijama, na cama, deitada e lendo uma revista.
Ele olhou para ela completamente confuso, e perguntou:
Que diabos aconteceu aqui em casa? Por quê toda esta bagunça?
Ela sorriu e disse: - Todos os dias, quando você chega do trabalho, me pergunta:
- Afinal de contas, o que você fez o dia inteiro dentro de casa?'
-'Bem... Hoje eu não fiz nada, FOFO!!!!
Sentiu a diferença???

"A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia...."

Palestra ministrada por Içami Tiba, em Curitiba.

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório.. Filho é para sempre.

2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, tv, etc...

3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.

4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.

5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.

6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.

7. Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.

8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender..

9. É preciso transmitir aos filhos a idéia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.

10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente.

11. A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual..

12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga . A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.

13. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.

14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.

15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.

16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.

17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.

18. Muitas são desequilibradas ou mesmo loucas. Devem ser tratadas. (palavras dele).

19. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.

20. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

21. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.

22. Pais e mães não pode se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham. 'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'. Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe.

23. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa.. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.

24. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

25. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.

26. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.
Frase:
"A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia...."

terça-feira, 22 de junho de 2010

BATIZADO DO DAVI


DAVI, foi batizado no domingo, dia 20 de junho as 9 hs na Igreja Nossa Senhora de Fátima aqui em Floripa. Os padrinhos: Elaine (minha irmã) e João Antônio (irmão do Júnior). Ele estava muito fofo, amadinho como sempre. Que Deus abençoe sempre o caminho dele com tudo o que for essencial para que cresça feliz e saudável. Te amo meu filho, que Deus continue sempre em nossos corações !!!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A natureza do sono do bebê


Me sinto aliviada após ler este artigo... o Davi e ensina a cada dia!!!!


Após a leitura do artigo "O mau sono do filho pode ser culpa dos pais", publicado no site Guia do bebê em 03/03/2010, gostaria de fazer alguns comentários.O artigo ressaltou que a raiz de muitos problemas de sono estaria no fato de os pais auxiliarem seus bebês a adormecerem e concluiu que eles deveriam ser treinados a fazê-lo sozinhos.

Tenho algumas críticas a esse raciocínio:
PRIMEIRO, é importante entender que essa inabilidade do bebê de adormecer sozinho, sem ajuda, é de sua natureza. Antes de 2 ou 3 anos não há maturidade neurológica para tal. Então, ao 'treinar' um bebê a adormecer sozinho estamos passando por cima de sua natureza do desenvolvimento, que acontece em fases, em um aprendizado longo e complexo. A matéria parte do princípio de que é preciso condicionar os bebês a não solicitarem aconchego à noite mesmo quando tivessem necessidade, como se uma exigência para um bom sono bom seria apressar a independência do bebê.

SEGUNDO, as funções do choro, do embalo e do apego devem ser levadas em consideração.
O choro - No início da vida, o choro tem um amplo espectro de funções: bebês choram por fome, necessidade de contato físico, frustração, outras necessidades físicas e emocionais. O choro de frustração não pode ser considerado falso por não apresentar uma razão física visível. Experimentos clássicos mostraram que simplesmente pegar o bebê no colo funciona perfeitamente como uma forma de parar o choro, ainda que eles estivessem famintos (1,2). O choro atendido pelos pais tem importância fundamental para a formação de vínculos e estabelecimento do laço afetivo familiar (3).
O embalo - O bebê precisa ter confiança máxima, conforto, segurança e outros sentimentos mais complexos em quem lhe está adormecendo, que levam ao relaxamento relaxamento físico e mental. A mãe acalenta o bebê com um embalo ritmado, lento, afagos leves e ao som de uma melodia delicada e sussurrante de sua voz, e com isso o bebê se entrega e adormece. Deve-se lembrar também que embalar o bebê lhe confere estímulos sensoriais necessários ao estabelecimento do tônus muscular.
O apego - O colo e o apego, em conjunto com o embalo e a amamentação, são fatores críticos para a continuação do desenvolvimento do bebê fora do útero materno. O bebê humano nasce em desamparo e dependência quase absoluta e necessita ser visto e ouvido por sua mãe ou por outra figura de apego primário, de quem procura e espera uma relação recíproca, na qual seus próprios sentimentos iniciais são retribuídos (4). O bebê 'come amor' como se fosse comida e também a sensação de estar rodeado, contido, visto e seguro (5).

Uma criança que se agarra a um adulto não está sendo mimada nem querendo chamar atenção, mas sim está tentando reduzir o seu alto grau de excitação física e seus elevados níveis de substâncias químicas estressantes, como o cortisol e, ao mesmo tempo, tenta ativar as compostos químicos cerebrais que produzem sentimentos de bem-estar, como a ocitocina. Sua mãe é sua 'base neuroquímica' infalível.

Obrigar a criança a ser independente antes de ela estar geneticamente madura para tal é uma provável causa do surgimento de um apego prolongado, enquanto que a criança que recebeu o cuidado amoroso protetor com sua dependência natural reconhecida estará apta a aperfeiçoar suas potencialidades primitivas de crescer, integrar-se, adaptar-se às exigências do ambiente, desenvolver outras relações interpessoais, habilidades sociais, de convivência e aceitação do outro e de preservar a vida.

TERCEIRO, técnicas conhecidas como 'choro controlado' e variações em que o choro do bebê é ignorado não oferecem garantias de noites de sono ininterruptas. Tal fato foi, inclusive, revelado em uma pesquisa recente na qual, apesar de 69% dos pais acreditarem que essa técnica funcionaria, somente 1/6 dos pais disseram que ela eliminou completamente os despertares noturnos. (6)
Ainda, pesquisas revelam que quando a criança cumpre um ano, as mães que haviam atendido rapidamente o seu choro, tinham filhos que choravam muito menos que aquelas que haviam optado por deixá-los chorar (7).

QUARTO, é mito que bebês que são treinados a dormir a noite toda nunca mais acordariam. O bebê muda constantemente conforme seu desenvolvimento e isso interfere em seu sono. Então, é falaciosa a prescrição de soluções eternas para que a criança dormir a noite toda, porque sempre que há mudanças em sua vida (como entrada em escolinha ou mudança de professora, um atrito com amigo na escola, mudança para nova casa, férias, doença, saltos de desenvolvimento e outros) há provavelmente uma causa emocional para a mudança no padrão de sono. Nesses casos, é hora de direcionar todas as atenções a seu filho para que se sinta emocionalmente seguro de as boas noites de sono voltarão.

QUINTO, a pesquisa citada (publicada originalmente em 2009 na revista "Child Development") tem falhas metodológicas e erros de abordagem que não foram citados. Somente 85 famílias foram entrevistadas e isso torna a amostragem não significativa. Além disso, o texto não deixa claro qual foi a porcentagem real de casais que se adequaram às conclusões do grupo (se a margem de diferença for muito baixa, o estudo deve ser refeito com grupo de amostragem mais amplo).
Os próprios autores concluem no final do artigo que, pelo fato de os dados serem baseados em amostras não-clínicas, todas as implicações clínicas devem ser melhor examinadas adiante, em condições clinicas. Os autores ainda discutem que os dados devem ser melhor explorados em outras culturas e em amostras com mais variados status socioeconômicos para testar sua valia em ambientes que tenham diferentes expectativas, filosofias e valores em se tratando de práticas de educação dos filhos em geral e do sono dos bebês em particular.

Portanto, a abordagem dos pesquisadores passou por uma linha de pensamento que não considera diferentes culturas, crenças e individualidades. Os pesquisadores concluem que todas essas são características limitam a generalização dos resultados. Ainda mais, as associações relatadas entre o sono e cognições maternas foram baseadas em percepções subjetivas e podem ter sido influenciadas pela variância do método compartilhado. Esses aspectos não foram incluídos no artigo que, portanto, não relatou com acuidade o que foi descrito na pesquisa.

FINALMENTE, o artigo publicado continua a oferecer problemas na parte 'Avisos' de hábitos possivelmente perniciosos ao sono.

Alimentá-lo fora do horário? Não é possível, posto que o bebê pequeno precisa mamar em livre demanda para garantir que tenha todas suas necessidades de nutrição e também de sucção não nutritiva saciados. Não há conselho mais prejudicial para o estabelecimento e continuidade da amamentação e, consequentemente, para a saúde dos bebês, do que amamentar com horários predeterminados.

O artigo condena que o bebê durma com seus pais. As conclusões do artigo não consideram bases antropológicas, culturais e tampouco fisiológicas.
O co-leito ou cama compartilhada é algo praticado desde os primórdios da raça humana. A necessidade do bebê humano de estar em contato físico com a mãe vem dos tempos em que o ambiente era perigoso e a sobrevivência dependia de contato direto com sua mãe. Somos parte dessa descendência. Além disso, a cama compartilhada é comprovadamente de auxílio para estabelecimento da amamentação e tem efeitos positivos no estabelecimento de ritmos respiratórios, na regulação de padrões de sono, da taxa metabólica, de níveis hormonais, da produção enzimática (ajudando na habilidade do bebê de lutar contra doenças), na taxa de batimentos cardíacos e no sistema imune (8, 9, 10). Pode também ajudar a atender necessidades emocionais do bebê e da criança mais facilmente, levando em consideração os picos de crescimento, a crise de ansiedade de separação que se inicia por volta dos 8 meses e outras fases que vão além do primeiro e segundo ano de vida, nas quais o contato íntimo com a mãe faz toda a diferença.

Portanto, ter um conceito previamente fechado, contrário a um arranjo de sono, pode dificultar a família a lidar com as necessidades que o bebê e a criança manifestem.

ALGUMAS RECOMENDAÇÕES QUE EU DARIA AOS PAIS SERIAM:- Investigue em que lugar o bebê dorme melhor: na mesma cama com os pais, no berço em outro quarto, no berço no mesmo quarto porém distante da cama do casal, no berço no mesmo quarto junto à cama? E onde você dorme melhor? Finalmente, onde você gostaria que seu bebê dormisse? A gama de variações possíveis é grande, pode-se tentar alguns dos arranjos até descobrir como toda a família dorme melhor.
- Alterne maneiras de auxiliar o bebê a adormecer, nem sempre mamando (a não ser nas primeiras semanas quando é impossível manter um bebê acordado após as mamadas), nem sempre embalando, às vezes peça para papai entrar na jogada! Ao aprender que pode adormecer de várias formas, é menos provável que o bebê faça associações fortes de sono que podem levá-lo a requerê-las no meio da noite.
- Reconheça os sinais de sono do bebê: esfregar olhos, bocejar, diminuir atividades, ficar irritado, olhar parado, chorar, em alguns casos, gritar. Crie rotinas de acordo com o cansaço e a necessidade de sono da criança (que vai mudando conforme a maturidade), ou seja, uma sequência simples de eventos que ajude a criança a identificar que a hora do sono está por vir.
- As sonecas são importantíssimas para o desenvolvimento do bebê e para o sono noturno. Ao contrário do que se pode pensar, um bebê exausto luta contra o sono e tem dificuldades de permanecer adormecido. Para serem restauradoras, as sonecas diurnas devem durar pelo menos 1 hora, em média, para bebês maiores de 4 meses. Se o bebê não dorme espontaneamente esse tempo e acorda aborrecido, precisa de ajuda para prolongar as sonecas. Você pode usar um sling e deixar o bebê dormir nele. Se ele dorme em berço ou cama, preste atenção: quando acordar, tente colocá-lo para dormir novamente o mais rápido possível. Às vezes, ficar por perto para intervir antes de o bebê acordar completamente é aconselhável. Esse processo pode ser demorado, mas vale a pena, pois o bebê vai aprendendo a emendar ciclos de sono e tirar sonecas mais longas, que são importantes para um bom sono noturno também.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A voz do silêncio


Pior do que a voz que cala, é um silêncio que fala.
Simples, rápido! E quanta força!
Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis,pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse,esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude, depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão.
Só ele permanece imutável,o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas, indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar:"Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!"
É o silêncio de um, mandando más notícias para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua, o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche, o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock, o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba, é aquele que fala.
E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta, não há emails na caixa de entrada não há recados na secretária eletrônica, e mesmo assim, você entende a mensagem!


(Martha Medeiros)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pais e Filhos


Suprir as necessidades emocionais do bebê é tão primordial quanto as de alimentação e de higiene. Essa é uma das tarefas mais árduas que os pais terão pela frente, pois deverão apreender o significado de cada choro, de cada expressão de seu rosto, para poder satisfazê-las.

Ao nascer, a criança não vem acompanhada de manual de instruções e não chega dominando a linguagem para se expressar. É através do choro que manifesta quando algo não está bem. Os pais se desesperam por não conseguir entender seu sofrimento e o que está querendo transmitir.
Muitas vezes, o único desejo do bebê é estar no colo da própria mãe, aconchegado, para que escutando e reconhecendo seus sons internos, mais precisamente, o batimento cardíaco, com que conviveu por longos meses, possa se acalmar, sentindo-se novamente segura e protegida deste mundo que lhe é totalmente desconhecido e, portanto, ameaçador. Outro som tão seu conhecido, é o da voz materna, que aprendeu a discernir entre tantos outros quando ainda se encontrava em seu útero. É a voz mais suave e melodiosa e que lhe dá imenso prazer, pois a reassegura contra seus próprios medos e angústias.
Aos poucos, os pais vão aprendendo a identificar o significado de cada manifestação infantil e assim, entre acertos e erros, vão construindo o próprio manual junto com seu filho.
Essa afinidade na identificação dos sentimentos infantis é de suma importância para a qualidade do vínculo materno-filial, que irá se estabelecer com o decorrer do tempo, e que vai sendo fortificado através da crescente confiança entre eles. As emoções vão sendo decodificadas para a criança, que se desenvolve sabendo nomeá-las de uma forma natural e honesta.
Para isso, faz-se necessário que os sentimentos considerados socialmente inaceitáveis como raiva, ódio, ciúme, inveja, sejam aceitos da mesma maneira que os chamados “positivos”, como amor, alegria, generosidade, carinho, prazer e outros.
Se uma criança for ridicularizada ou repreendida pelos seus sentimentos, passará a ocultá-los toda vez que os sentir, o que dificultará a compreensão dos pais em relação às atitudes de seu filho, distanciando-os um do outro cada vez mais.
Desenvolvendo-se num ambiente familiar onde as emoções, quaisquer que sejam, possam ser vivenciadas e aceitas, onde os pais deem espaço para que o filho possa falar livre e espontaneamente, quando chegar a adolescência este mesmo filho sentir-se-á à vontade para falar de outros problemas que o aflige, podendo ser melhor orientado.
Muitos pais iniciam o diálogo com seus filhos mais tarde, quando acham que já estão aptos para compreender o significado das palavras, esquecendo-se que uma relação se constrói precocemente, desde seu início, para que a confiança possa ser conquistada. Como desejar que tenham intimidade suficiente para dialogar, se se passou tanto tempo sem perceber o quanto ficaram à mercê de suas próprias emoções e dificuldades em fases anteriores.
Uma relação de amizade e amor só será possível se, desde muito cedo, a criança se sentir compreendida e respeitada em seus sentimentos para aceitá-los como parte de si mesma e, assim, se sentir autorizada a falar sobre o que lhe está causando angústia ou sofrimento, bem como, alegria e prazer.

(Ana Maria Moratelli da Silva Rico)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Um Grande Homem (Arnaldo Jabor)


"Nós homens nos caracterizamos por ser o sexo forte, embora muitas vezes caiamos por debilidade.
Um dia, minha irmã chorava em sua casa.
Com muita saudade, observei que meu pai chegou perto dela e perguntou o motivo de sua tristeza.
Escutei-os conversando por horas, mas houve uma frase tão especial que meu pai disse naquela tarde, que até o dia de hoje ainda me recordo a cada manhã e que me enche de força.
Meu pai acariciou o rosto dela e disse:
“Minha filha, apaixone-se por Um Grande Homem e nunca mais voltará a chorar".
Perguntei-me tantas vezes, qual era a fórmula exata para chegar a ser esse grande homem e não deixar-me vencer pelas coisas pequenas..
Com o passar dos anos, descobri que se tão somente todos nós homens lutássemos por ser grandes de espírito, grandes de alma e grandes de coração, o mundo seria completamente diferente!
Aprendi que um Grande Homem... não é aquele que compra tudo o que deseja, porque muitos de nós compramos com presentes a afeição e o respeito daqueles que nos cercam.
Meu pai lhe dizia:
"Não se apaixone por um homem que só fale de si mesmo, de seus problemas, sem preocupar-se com voce... Enamore-se de um homem que se interesse por voce, que conheça suas forças, suas ilusões, suas tristezas e que a ajude a superá-las.
Não creia nas palavras de um homem quando seus atos dizem o oposto.
Afaste de sua vida um homem que não constrói com voce um mundo melhor.. . Ele jamais sairá do seu lado, pois voce é a sua fonte de energia..
Foge de um homem enfermo espiritual e emocionalmente, é como um câncer, matará tudo o que há em você (emocional, mental, física, social e economicamente)
Não dê atenção a um homem que não seja capaz de expressar seus sentimentos, que não se ame saudavelmente.
Não se agarre a um homem que não seja capaz de reconhecer sua beleza interior e exterior e suas qualidades morais.
Não deixe entrar em sua vida um homem a quem tenha que adivinhar o que quer, porque não é capaz de se expressar abertamente.
Não se enamore de um homem que ao conhece-lo, sua vida tenha se transformado em um problema a resolver e não em algo para desfrutar.
Não creia em um homem que tenha carências afetivas de infância e que trata de preenche-las com a infidelidade, culpando-a, quando o problema não está em voce, e sim nele, porque não sabe o que quer da vida, nem quais são suas prioridades.
Por que querer um homem que a abandonará se voce não for como ele pretendia, ou se já não é mais “ útil ”? …
Por que querer um homem que a trocará por um cabelo ou uma cor de pele diferente, ou por uns olhos claros, ou por um corpo mais esbelto?
Por que querer um homem que não saiba admirar a beleza que há em voce, a verdadeira beleza… a do coração?
Quantas vezes me deixei levar pela superficialidade das coisas, deixando de lado aqueles que realmente me ofereciam sua sinceridade e integridade e dando mais importancia a quem não valorizava meu esforço?
Custou-me muito compreender que GRANDE HOMEM não é aquele que chega no topo, nem o que tem mais dinheiro, casa, automóvel, nem quem vive rodeado de mulheres, nem muito menos o mais bonito.
Um grande homem, é aquele ser humano transparente, que não se refugia atrás de cortinas de fumaça, é o que abre seu coração sem rejeitar a realidade, é quem admira uma mulher por seus alicerces morais e grandeza interior.
Um grande homem é o que cai e tem a suficiente força para levantar-se e seguir lutando…"
Hoje minha irmã está casada e feliz, e esse Grande Homem com quem se casou, não era nem o mais popular, nem o mais solicitado pelas mulheres, nem o mais rico ou o mais bonito.
Esse Grande Homem é simplesmente aquele que nunca a fez chorar… é quem no lugar de lágrimas lhe roubou sorrisos…
Sorrisos por tudo que conquistaram juntos, pelos triunfos alcançados, por suas lindas recordações e por aquelas tristes lembranças que souberam superar, por cada alegria que repartem e pelos 3 filhos que preenchem suas vidas.
Esse Grande Homem ama tanto a minha irmã que daria o que fosse por ela sem pedir nada em troca...
Esse Grande Homem a quer pelo que ela é, por seu coração e pelo que são quando estão juntos. Aprendamos a ser um desses Grandes Homens, para vivenciar os anos junto de uma Grande Mulher e nada nem ninguém nos poderá vencer!"

No mínimo interessante...

DOENÇAS E OS SENTIMENTOS QUE AS DESENCADEIAM
(Claudia - auroradeluz@terra.com.br)

Acne: Não se aceitar; desamor de si.·
Adenóides - Atritos familiares, discussões.·
Alergias: Falso ego e sensibilidade.·
Alcoolismo - Sentimentos de futilidade, inadequação, culpa e auto-rejeição.·
Amigdalite : Emoções reprimidas, criatividade sufocada. ·
Anemia: Falta de prazer; desinteresse da vida.·
Anorexia: Ódio ao extremo de si mesmo. ·
Apendicite: Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom. ·
Arteriosclerose: Resistência. Recusa em ver o bem. ·
Artrite: Amargura, ressentimento, crítica, sentimentos de desamor.·
Asma: Super sensibilidade; amor sufocado; supressão do choro, sentimentos sufocados.·
Bexiga (problemas): Ansiedade; resistência contra novas idéias. ·
Boca (problemas ): Incapacidade de engolir idéias; fixação de opiniões e mente fechada. · Bronquite: Ambiente familiar “inflamado”, Gritos e discussões. ·
Bursite: Raiva reprimida, vontade de bater em alguém.·
Câimbras: Tensão; segurar-se; oprimir-se.·
Câncer: Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo. Profundos segredos ou aflições corroendo o Eu; retenção longa dos ressentimentos; ferimentos profundos.·
Catarata: Futuro pouco claro; inabilidade de ver a frente.·
Ciática: Medo do dinheiro e do futuro.·
Cisto: Crescimento falso; fomentação de choques e machucados emocionais. ·
Coceira: Desejos insatisfeitos, remorso; punição e culpa.·
Colesterol: Entupimento dos canais da alegria; medo de aceitar a alegria.·
Colite: Pais superexcitados; opressão, menosprezo; necessidade de afeto. ·
Coração: Problemas emocionais sérios longamente suportados; falta do prazer, rejeição da vida. Crença nas pressões e no esforço.·
Corcunda: Raiva atrás de você, ressentimento conservado.·
Deslocamento de disco: Indecisão.·
Derrame: Resistência. Rejeição a vida. ·
Diabetes: Profundo sentimento de mágoa; falta de (dar) afeto na vida.·
Diarréia: Medo, rejeição, fuga (eliminar de dentro o que está ruim). ·
Dor: Congestão, bloqueio; crença em barreiras; punição, culpa.·
Dor de cabeça: Tensão, revolta, contrariedades emocionais. Sentimentos feridos.·
Dor de ouvido: Raiva; não querer ouvir.·
Edema: Super sensibilidade, individualidade machucada. Personalidade ferida.·
Enjôo de carro: Medo-dependência, sentimento de ser pego em armadilhas.·
Enjôo de mar: Medo; medo da morte.·
Enxaqueca: Medos sexuais. Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista. ·
Epilepsia: Rejeição da vida; sensação de perseguição; violência contra si. ·
Esclerose múltipla: Dureza mental, coração endurecido, vontade de forra; inflexibilidade.· Espinhas: Crença na feiúra, culpa, ódio de si.·
Estômago (problemas): Incapacidade de assimilar idéias. Medo de novas idéias.·
Excesso de peso: Insegurança; auto-rejeição; procura de amor. Medo de perda, sufocar sentimentos.·
Fadiga: Resistência, aborrecimento; falta de amor pelo que faz. ·
Febre: Queimar-se com alguém ou algo; raiva.·
Febre do Feno: Congestão emocional; confusão nas crenças; medo do moralismo.·
Fibromas: Alimentar mágoas causadas pelo parceiro. ·
Frigidez: Medo. Negação do prazer. ·
Gagueira: Insegurança; falta de auto-expressão.·
Garganta: Repressão de raiva; ferimentos emocionais engolidos.·
Gastrite: Incerteza profunda. Sensação de condenação, idéias mal digeridas. ·
Gengiva (problemas): Inabilidade de levar avante as decisões uma vez que elas sejam tomadas.· Glândulas (problemas): Desequilíbrio; falta de ordem; distribuição insuficiente.·
Glaucoma: Pressão emocional por sustentar por longo tempo sentimentos feridos.·
Gota: Impaciência, raiva, dominação.·
Gripe: Respostas a negatividade e crença geral; medo, crença em estatísticas.·
Hemorróidas: Medo de prazos determinados. Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista. ·
Hepatite: Raiva, ódio. Resistência a mudanças. O fígado é o local da raiva e emoções primitivas.· Hérnia: Carga, resistência mental, autopunição; raiva; expressões criativas incorretas.·
Herpes: Prolongada suspensão nervosa.·
Impotência: Pressão sexual, tensão, culpa; crenças sociais; rancor contra um antigo parceiro.· Inchaços (verrugas): Auto-rejeição, medo, falta de amor.·
Indigestão: Medo, ansiedade, pavor.·
Infecções: Irritação, raiva, chateação.·
Insanidade: Escapismo, recolhimento; violenta separação da vida.·
Insônia: Tensão, culpa, medo.·
Laringite: Medo de verbalizar opiniões; raiva. Ressentimento da autoridade.·
Labirintite: Medo de não estar no controle. ·
Meningite: Tumulto interior. Falta de apoio. ·
Nervos, nervosismo: Comunicação, luta, pressa; medo, ansiedade. Pensamentos confusos.· Nódulo: Ressentimento, frustração. Ego ferido. ·
Olhos (problemas): Não gostar do que vê em sua vida. Medo do futuro; não ver a verdade.· Ossos (problemas): Rebelião contra a autoridade.·
Paralisia: Medo, escapismo, resistência, choque.·
Pele (problemas): Sentir-se ameaçado na individualidade; falta de segurança, impaciência; assadura; maneira de ganhar atenção.·
Pernas (problemas): Medo do futuro (as pernas carregam você para frente).·
Pés (problemas): Medo do futuro.·
Pescoço (problemas): Inflexibilidade, recusa em ver outros lados da questão; teimosia. · Pneumonia: Desespero. Cansaço da vida. ·
Pressão Alta: Problema emocionalmente duradouro e não resolvido. Manter por longo tempo problemas insolúveis.·
Pressão baixa: depressão, mágoa, derrotismo, raiva.·
Prisão de Ventre: Recusa de relaxar sobre velhas idéias; mesquinhez.·
Pulmões: Medo de receber e dar-se à vida.·
Quadris: Medo de ir avante em decisões importantes.·
Quistos: Alimentar mágoa. Falsa evolução. ·
Resfriados: Confusão, desordem, pequenos machucados; família e crenças estereotipadas.· Retenção de líquidos: O que é que você tem medo de perder?·
Reumatismo: Falta de amor; ressentimento; amargura crônica; vingança.·
Rinite Alérgica: Congestão emocional. Culpa. Crença em perseguissão. ·
Rins: Crítica, desapontamento, fracasso. ·
Roer unhas: Separação dos pais, pedaço de si que se recalca.·
Ronco: Teimosia, apego ao passado. ·
Sangue (problemas): Falta de alegria; faltas de circulação das idéias; pensamentos estagnados.· Sinusite: Irritação com pessoas próximas. Presença de pessoa que o irritam.·
Surdez: O que você não quer escutar? Rejeição, teimosia, isolamento.·
Tosse: Nervosismo, amolação, crítica. ·
Tuberculose: Egoísmo; possessão; crueldade. ·
Tumor: Crescimento falso; ferimentos e choques emocionais. ·
Tumor no cérebro: Crenças incorretas computadas; teimosia; recusa em mudar os velhos padrões. ·
Úlceras: Algo se corrói em você; ansiedade, medo, tensão. Crença em pressões.·
Urinar na cama: Medo dos pais (normalmente do pai).·
Urticária: Pequenos medos escondidos; exagero de pequenos problemas.·
Varizes: Negatividade, resistência; remoer emoções; sustentar um trabalho que você odeia; circulação entravada, atulhada de idéias; desencorajamento.·
Vesícula (pedras na): Amargura; pensamentos dolorosos que você não encontra meios de evitar.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Os limites de cada um de nós!


As pessoas julgam as forças umas das outras baseando-se naquilo que elas mesmas são capazes de suportar. Poucos se dão conta que cada um de nós tem seu limite e que este não pode ser comparado com o de mais ninguém.
Uns suportam mais heroicamente o sofrimento, outros se entregam e morrem devagarinho como se o mundo tivesse acabado. E a um e a outro Deus criou.
Somos infinitamente mais capazes do que pensamos, mas enquanto ignoramos essa verdade, somos o que somos sem sermos mais ou menos que ninguém.
Classificar alguém de fraco porque este não suporta a dor física, moral ou emocional é cometer uma grande injustiça, pois cada um vai até onde seus limites permitem e é devagarinho que as pessoas vão descobrindo que as asperezas da vida nos tornam pouco a pouco mais fortes e resistentes.
Seguimos até onde devemos seguir e quando cremos que as forças nos abandonam é que o Senhor nos pega nos braços e nos ensina a voar. Vemos então horizontes que não podíamos alcançar com nossa visão plana e direcionada geralmente àquilo que nos fazia tanto mal.
Somos o que somos sim e que ninguém nos diga pequenos e falhos! Alcançamos tudo o que está ao alcance das nossas mãos e o mais o Senhor nos dá através da nossa fé que, mesmo limitada, nos torna seres ilimitados!
(Letícia Thompson)

Perdas e Ganhos

... Aquela amiga de longa data resolveu dar um basta nos trinta anos à beira do fogão, satisfazendo as vontades culinárias do marido e filhos, bem como dos convidados destes, independente de dia e hora em que a solicitassem. A reação foi imediata: “Você não é mais a mesma, não gosta mais de nós”. E ela ficou imaginando se tinha valido a pena estar disponível durante tanto tempo para alegrar as pessoas que amava e eles egoisticamente não perceberem sua doação. Talvez não tivesse valorizado o seu esforço como ela achava que deveria. Descompasso de importâncias, sentimentos sufocados, aflorando de repente.
As pessoas adoram que façamos sacrifícios por elas. Principalmente aquelas atitudes que tenham um algo mais, que estejam além do usual, que tenham um quê de transgressão, que demonstrem a elas que são distintas das demais. Não podíamos fazer, mas fizemos. Não queríamos nos violentar para realizar a vontade do outro, mas ficamos com medo de perder e com a ânsia de agradar. A última coisa que o benfeitor quer é propaganda de algo infringido. Mas mesmo assim, esforçamo-nos, quebramos regras para atender os desejos de alguém, até pela nossa dificuldade de dizer não.
Podemos passar a vida inteira fazendo concessões a alguém. Todavia, o algo mais que se faz, não raro, é arquivado em cantinho de perdas do nosso íntimo, na categoria dos favores concedidos. Se a cota que recebemos pesa igualmente na balança, respiramos aliviados porque sentimos que valeu a pena. Se o fiel desequilibra, sentimos que nos tiraram a essência do que nos era tão caro.
Neste contexto, vale ter sempre presente que a doação é uma via de mão única. Se optarmos por trilhar o caminho da disponibilidade, da presteza, de estarmos sempre prontos a resolver tudo, implica ter em mente que não podemos esperar retorno, sob pena de nos resumirmos a contabilizar perdas e ganhos. Desarmados, podemos enxergar com maior clareza o quanto recebemos das pessoas e não percebemos. O que obtemos é lucro e pode ser usufruído livremente, sem cobranças.

(Lya Luft)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Amor e perseguição!



“As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas”. Norman Mailer. Copiem. Decorem. Aprendam.Temos a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor em bares, buscamos o amor na interner, buscamos o amor na parada de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros. Ele certamente está por ali, você quase pode sentir o seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois só o amor constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade.

Amor não é medicamento. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproximará,e, caso o faça vai frustrar suas expectativas, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza,ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima. Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: “Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu”. Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas.“As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas”. Normal Mailer. Divulguem. Repitam. Convençam-se.

O amor, ao contrário do que se pensa, não tem que vir antes de tudo: antes de estabilizar a carreira profissional, antes de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir do seu surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros setores, quando na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só então surgir diante de você sem máscaras e sem fantasia. É esta a condição. É pegar ou largar.
Para quem acha que isso é chantagem, arrisco sair em defesa do amor: ser feliz é uma exigência razoável e não é tarefa tão complicada. Felizes aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se autoflagelam por causa dos erros que cometem. Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O amor é o prêmio para quem relaxa!

(Martha Medeiros)

MOMENTOS RAROS !!!

Sabedoria para alguns...


Ninguém é de ninguém. Mas você é de você mesmo?

Essa idéia de que a gente tem uma alma gêmea a ser encontrada, uma pessoa que vai nos completar e nos tornar inteiros faz sentido, é verdade! No entanto, sinto que existem alguns detalhes a serem esclarecidos sobre esse assunto...
Muitas pessoas passam a vida acreditando que enquanto não encontrarem essa tal metade, não podem ser inteiramente felizes, completamente realizadas ou que sua existência jamais fará pleno sentido.
Isso não é exatamente uma verdade.
O fato é que amar é um privilégio e uma oportunidade maravilhosa de nos tornarmos pessoas mais evoluídas e satisfeitas. Mas somos seres absolutamente completos. Nascemos dotados de todas as ferramentas que precisamos para sermos felizes, independentemente de com quem estamos, onde e quando estamos...
A felicidade é uma escolha pessoal, um dom que desabrocha de dentro de cada um, um exercício diário, uma busca que se faz só.
Viemos ao mundo para uma missão que só pode ser realizada por nós mesmos e por isso nascemos únicos, singulares e individuais.
As pessoas com quem nos relacionamos, as que escolhemos para amar são nossas companheiras de jornada, são presentes e facilitadores que Deus nos enviou para tornar nossa caminhada mais leve e prazerosa. Mas não são, nunca, de forma alguma, a nossa felicidade, a nossa realização, a essência de nossa vida.
Percebo que, muitas vezes, entorpecidos por um sentimento genuíno de amor, confundimos o que somos com o que o outro é. Atribuímos a nossa felicidade e a nossa razão de existir ao outro e perdemos a referência de nosso real valor.
Assim, passamos a acreditar que sem o outro não poderíamos nos sentir tão bem, que sem o outro toda a beleza e toda a alegria estariam perdidas, como se tudo de bom (e de ruim também) não existisse – antes de em qualquer outro lugar – dentro de nós mesmos!
É isso: tudo o que somos, sentimos e vemos, tudo o que entendemos como mundo é reflexo do que temos dentro da gente. Assim, se somos felizes ao lado de alguém que amamos é porque nos tornamos capazes de sentir felicidade e de amar. E se somos tristes e insatisfeitos, também é porque estamos exercendo nossa capacidade de sentir tristeza e de não nos satisfazermos com o que temos.
Dessa forma, creio que está mais do que na hora de compreendermos que podemos, sim, nos tornar melhores através do amor que trocamos com alguém, mas que não é o outro que nos faz melhores e sim nós mesmos que nos permitimos crescer e ser melhor.
Ninguém é de ninguém porque não somos coisas. Somos pessoas e pessoas são eternamente ímpares. É o que cultivamos e alimentamos em nós que nos faz ser como somos. A única pessoa que temos e por quem realmente somos responsáveis é a gente mesmo.
Portanto, sugiro que você comece a se apropriar de sua felicidade como mérito seu, assim como de suas tristezas e insatisfações. E a partir de então, poderá abrir mão das pessoas, desapegar-se, compreender que o amor que você sente por alguém não torna esse alguém seu, mas apenas um companheiro de aprendizagem e de importantes descobertas.
E na mesma medida, poderá exercer todos os seus dons e suas capacidades a fim de tornar a sua vida e a das pessoas que caminharem ao seu lado pela longa estrada da vida muito melhor, mais inteira e, sem dúvida, mais verdadeira!


(Rosana Braga)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

TUDO A VER...


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... isto é carência


Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar..... isto é saudade.


Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...isto é equilíbrio.


Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida... isto é um princípio da natureza.


Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado..... isto é circunstância.


Solidão é muito mais do que isto.


Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma...


(Francisco Buarque de Holanda)
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