sábado, 31 de dezembro de 2011


Adeus Ano Velho. Feliz Ano Novo!!!!



Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Texto extraído do "Jornal do Brasil", Dezembro/1997.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O lar é a alma da família

Moradia, qualidade de vida e segurança são os pilares da performance familiar

Todo ser humano precisa de um território para viver, e nele, uma moradia onde possa dormir.

Os humanos fazem suas moradias num território onde encontra trabalho do qual tira o sustento. Os civilizados disputam a mesma caça - emprego e/ ou trabalho - e, como na natureza, sobrevive o mais forte, que no caso é quem for mais capacitado.

Em contrapartida, nossa moradia é o nosso território específco, onde ninguém que não seja da família tem o direito de "entrar". "Na minha casa, mando eu!". Eis uma das expressões que melhor demonstram o sentido de dono absoluto.

A cidade é um compartilhar de vários territórios, às vezes, até superpostos que estabelecem redes de relacionamentos com diferentes tipos e qualidades. Mas cada cidadão preserva sua moradia conforme as características de sua família e tem que pagar pelo seu conforto, saneamento básico, luz, etc.

Para citar um exemplo, há condomínios com muitos apartamentos de idêntica planta baixa. Mas não há um igual ao outro, pois cada morador o decora de acordo com suas preferências e prioridades. Até mesmo numa família, apesar de todos dormirem na mesma moradia, cada um tem seu canto para dormir e um cantinho "secreto" onde guarda suas preciosidades. Resultado: cada um dos 6,5 bilhões de habitantes da terra tem seu cantinho indevassável - pelo menos nos seus desejos.

Ninguém suportaria viver se a cada noite que se aproximasse tivesse que procurar onde dormir. Mesmo os sem-teto sabem onde irão dormir, onde guardar suas preciosidades. Cada morador de rua tem seu território e o defende com unhas e dentes.

Quem não tem moradia própria, paga aluguel ou invade e toma posse de locais onde possa dormir. E há pessoas que pagam aluguel não porque falte dinheiro para comprar a moradia, mas por um projeto fnanceiro.

Moradia e liberdade

O território dos jovens é onde possam ver e ser vistos por outros jovens, principalmente do sexo oposto. Eles precisam encontrar seus pares, pessoas com quem querem estar juntos e compartilhar aventuras, competições, festas, esportes, disputas, falas, contestações e brigas, além de jogar, falar alto, gargalhar e uma infnidade de outras ações que podem criar na hora. Muitos deles acham enfadonho morar com seus pais, sobretudo em cidades pequenas. Não que a moradia seja detestável, mas é que o seu território fca muito restrito e assim sua performance social fca muito baixa.

Mas é fato que, independente da faixa etária de uma pessoa, ter moradia própria signifca liberdade. Melhor ainda se ela for confortável, espaçosa, bem construída, bonita e saudável. Isso signifca ter alta performance e não se viver assustado, apreensivo e temeroso.

No entanto, vale lembrar que para se ter alta performance em uma moradia seria necessário:

- Ter o sufciente conforto material, com espaço adequado para tudo e todos, numa convivência em que se respeite o "ser-no-mundo" de cada um;
- Estar bem situada para receber boa ventilação e exposição ao sol;
- Ter boa localização, sufcientemente longe do barulho e adequadamente perto dos locais mais necessários para a família;
- Oferecer boa segurança para dormir tranqüilo sem sobressaltos de medo ou sustos;
- Ser, enfm, o local onde todos os familiares tenham prazer em voltar para ela e nela viver.

Içami Tiba. 
Dica do mês

Como Sobreviver à Própria Família 
Autor: Mony Elkaïm.
Editora: Integrare

Em certos momentos, o ambiente familiar pode se assemelhar a uma prisão. Quem nunca teve sensações como essa? Em sua experiência como terapeuta, Elkaïm ajudou a solucionar diversos casos de pessoas que julgavam não haver mais saída para a vida em família, desvendando o papel específco do indivíduo no lar, as armadilhas implícitas nele, e como desenvolver esses papéis produtivamente.


Ácido Retinóico não combina com o Verão


(Foto: Polka Dot Images/Thinkstock)
Faço tratamento anti-rugas com ácido retinóico. Devo suspendê-lo durante o verão?
(Nara)
O ácido retinóico é um dos melhores ativos para retardar ou reverter os sinais de envelhecimento da pele. Ele melhora a qualidade do colágeno, a fibra que dá firmeza e sustentação à pele. Com isso, combate rugas e flacidez. Também promove renovação das células da pele, deixando-a mais bonita. E ainda clareia manchas e controla a oleosidade excessiva da pele.
O verão
O problema do ácido retinóico é que ele deixa a pele hipersensível ao sol. Isso significa que se você se expuser indevidamente, terá mais propensão a sofrer queimaduras e ficar com manchas. Enquanto estiver usando ácido retinóico, portanto, redobre o cuidado com proteção solar, usando filtro no dia-a-dia e evitando exposição excessiva ao sol. Suspender temporariamente o uso de ácido retinóico é boa ideia, dependendo do seu estilo de vida. Veja em que situações você deve adotar essa medida, e com proceder em cada uma delas:
– Se você pretende ir à praia ou frequentar uma piscina num fim de semana qualquer, não use o ácido naquele fim de semana;
– Se for passar o verão na praia ou se pretende frequentar uma piscina durante toda a estação, interrompa o tratamento durante esse período;
– Finalmente, se você mora numa região quente onde não dá para evitar exposição ao sol, mesmo sem frequentar praia ou piscina,  também deve interromper o tratamento durante o verão.
Por outro lado, se você não se expõe ao sol forte, então use filtro solar e mantenha seu tratamento com ácido retinóico.
Os substitutos
Mesmo suspendendo temporariamente o uso do ácido retinóico, não suspenda seu tratamento de pele. Existem bons ativos que podem ser usados com segurança no verão, como o ácido glicólico, a furfuril-adenina ou o retinaldeído. Converse com seu dermatologista e veja o que é mais indicado para você. E, terminado o verão, retome o uso do ácido retinóico.
Por Lucia Mandel

A dois!


"Não prenda, não aperte, não sufoque. 
Quando vira nó, deixa de ser laço!"

 - Mário Quintana -

Hoje, enquanto vc dormia...

Em 2012...

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Cuidado com as suas palavras: 8 formas de otimizar o seu diálogo interno

Falar em voz alta para si mesmo em público não é sinal de uma boa saúde mental, mas manter um diálogo interno é bastante normal e muito útil. Na verdade, as conversas internas têm um forte impacto sobre o bem-estar emocional e a motivação. Tornar-se consciente do que você está dizendo exatamente para si mesmo, sobre si mesmo, pode ajudá-lo a entender porque por vezes reage de determinada maneira com as pessoas e nas situações da sua vida. Pode também ajudá-lo a controlar o seu humor, repetir sucessos e reorientar as suas ações, falhas e erros.

AUTO-REALIZAÇÃO DE PROFECIAS

O diálogo interno positivo pode contribuir muito para a construção da sua confiança libertando-o para usar os seus talentos ao máximo. Por exemplo, se tem medo de falar em público, use a sua voz interior para se tranquilizar: “Eu consigo fazer isto. Já fiz isto bem antes, consigo voltar a fazer”. Por trás do nervosismo, seja medo de falar em público, medo de fracassar, medo de chumbar num exame, fobia social, ou outro qualquer tipo de medo, podem muito bem estar suportados por pensamentos negativos, que alimentam esse próprio medo, tais como: “Há 300 pessoas lá fora! Eu nunca vou ser capaz de prender a sua atenção.”
Para o bom ou para o mau, o nosso diálogo interno tem em si o potencial para tornar-se numa auto-realização de profecias. Ou seja, o seu discurso orienta as suas ações, influencia as suas crenças, aumentando a probabilidade de acontecer aquilo que teme, ou pelo contrário, aquilo que deseja que aconteça. É por isso que é tão importante monitorizar a sua voz interior.
falar menos

COERÊNCIA NO DIÁLOGO INTERNO

Mas não podemos confundir auto-verbalizações positivas, com afirmações meramente “positivas” desprovidas de conteúdo, sentido, ou pior ainda, ilusórias. Tal como já referi no artigo: Pense positivo, insista no pensamento positivo. Por exemplo, se eu fosse dizer a mim mesmo que eu não sou bom em desenho artístico, o meu diálogo interno seria negativo, mas não falso. A verdade é que tenho dificuldades em desenhar. Por outro lado, se eu disser que não consigo desenhar nada, estaria pensando negativamente, e a fazer uma generalização abusiva, e isto sim é pejorativo. O que é preciso levar em consideração na construção do seu diálogo interno é a precisão, lógica, especificidade, que dependa de si, discurso voltado para a ação e que esteja de acordo com as suas crenças.
Há no entanto momentos, em que você começa a ouvir mensagens negativas vindas da sua voz interior. Então é hora de corrigi-las usando algumas das técnicas da terapia cognitiva-comportamental que irei descrever mais adiante.
Dica: “Cuidado com as suas palavras” ou “o uso das suas palavras” elas são poderosas e comunicam aquilo que desejamos e como nos percepcionamos.

ORIENTE O SEU DIÁLOGO INTERNO DE ACORDO COM O QUE PRETENDE REALIZAR

O seu diálogo interno, ou seja, as palavras que usa para descrever o que está acontecendo com você, e para informar como se sente acerca dos eventos externos, determina a qualidade da sua vida emocional. Quando você vê as coisas de forma positiva e construtiva e procura o melhor em cada situação e em cada pessoa, você ganha uma tendência a permanecer naturalmente positivo e otimista. Dado que a nossa qualidade de vida é determinada pela forma como nos sentimos, pensamos e agimos, momento a momento, uma das metas mais importantes que eu recomendo é a utilização de técnicas psicológicas para a promoção do hábito de pensar sobre o que queremos e afastarmos o pensamento daquilo que não queremos ou que tememos.
A psicologia em geral, e particularmente a psicologia positiva oferece-nos estratégias, técnicas e abordagens que facilitam a construção de uma estrutura mental positiva, tal como descrevi em alguns artigos que expressam a importância de conscientemente reestruturarmos o pensamento, mudar crenças e saber lidar com os pensamentos e sentimentos negativos.
Artigos recomendados:
  • Estrutura mental positiva, o elixir da felicidade
  • Reestruturação do pensamento, faça perguntas capacitadoras
  • Como lidar com pensamentos e sentimentos negativos
  • Mude as suas crenças: evolua a sua mente
  • Deixe de dizer: desculpe, eu não sei, eu não consigo
Como pode verificar, em todos os artigos a linha de raciocínio tem por base um factor fundamental, que é a nossa plasticidade cerebral e a possibilidade que cada um de nós tem em podermos pela força de vontade, motivação, pensamento positivo e algum conhecimento técnico, mudarmo-nos a nós mesmos, no sentido da construção de soluções para os problemas que enfrentamos, quer em nós, quer no mundo exterior.
Dica: Reflita acerca do tipo de palavras que utiliza para guiar as suas ações, para gerir as suas emoções, para reorientar os seus pensamentos.
Que tipo de palavras usa para aumentar a sua motivação? Está consciente das mensagens que envia para si mesmo e o quanto influenciam os resultados que obtém?
As palavras são tão poderosas e refletem os nossos pensamentos. Apresento oito palavras comummente usadas nas nossas conversas diárias connosco mesmo e o que precisamos monitorizar e alterar, a fim de promovermos os resultados que desejamos alcançar.

TENTAR

“Eu vou tentar terminar isso …” “Eu vou tentar passar aí no sábado”
Sempre que ouço alguém dizer isso, ou até mesmo eu, então eu sei que a pessoa não está convicta do que pretende e a probabilidade de realizar o que prometeu tentar é tremendamente reduzida. Tentar é uma palavra insípida que é desprovida de compromisso, deixando aberto um espaço para desculpas e entraves no caminho daquilo que supostamente se pretende. Ninguém criou a vida de seus sonhos e resultados positivos, apenas tentando. Intenção não é ação. Obtém-se resultados fazendo as coisas acontecerem.
Faça um compromisso mais claro dizendo “Eu vou ter isso pronto por volta das …” “Eu estou livre neste momento e eu posso passar por aí …” ou em caso de necessidade: “Eu não posso prometer nada, mas eu farei o meu melhor para … “.

DESEJO

Se apenas desejar, é como se permanecesse sentado no seu sofá a sonhar acordado, esperando por ganhar a lotaria ou que a fada madrinha apareça. Desejar de forma passiva, sem ação ou comportamentos voltados para os resultados, remove-o da equação de eficácia e transmite-lhe a mensagem que você tem que confiar em algo externo a si.
Mude a palavra desejo, para “Eu vou … Eu estou convicto que … Eu estou determinado …. Eu mereço … Eu estou a reunir recursos para … Eu faço…”.

EU SOU

Tenha muito cuidado como você usa o termo “Eu sou” para definir quem você é. Você não é hostil, você não é deprimido, você não é feliz. Todas estas coisas são emoções temporárias que vêm e vão. Se você se define como sendo desta ou daquela forma relativamente à sua identidade, pode ter uma tendência para prender-se a isso e passar a agir de acordo com isso, construindo desculpas como “Eu não posso fazer isso porque estou deprimido” “Não há nada que eu possa fazer sobre isso, este é quem eu sou. “ Este tipo de colagem ao sentimentos provocam uma desadequação em determinadas situações e ambientes.
A melhor maneira de dizer é “Eu estou a sentir raiva. Eu sinto-me deprimido”. Isso permite que se saiba que é um sentimento temporário, que não é permanente e que pode facilmente mudar para outro estado.

SE

Quantas vezes você murmura: “Se eu conseguisse uma promoção então … Se o dinheiro chegasse, então …”
“Se” apresenta sempre o elemento de dúvida. Dúvida e insegurança não trazem o que você quer, certeza e confiança fazem as coisas acontecerem. Então, ao invés de “se”, simplesmente transforme essa palavra para ”quando”
Um discurso mais virado para a ação e vontade própria seria: “Quando eu conseguir o emprego novo …. ”
A palavra “quando” emite e faz ressoar sinais de que você é coerente e comprometido, que acredita que está no caminho certo para alcançar o que pretende.

DEVERIA

Novamente uma palavra virada para a promessa, mas igualmente insípida. “Eu deveria ligar mais vezes para a minha mãe .” “Eu deveria ir ao ginásio esta noite.” A palavra deveria está repleta de sentimentos de culpa e complacência. Você sabe que nunca vai fazer isso e se de alguma forma disser a si mesmo que reconhece que deveria fazer uma determinada coisa, que só por isso se irá sentir melhor. Realmente não, isso é uma ilusão, a única coisa que poderá contribuir para sentir-se melhor, é fazer exatamente aquilo que verbalizou que deveria fazer. Nem mais, nem menos, simplesmente fazer.
Substitua a palavra “deveria”, por: “Eu vou fazer…” ou ” Agora tenho de…”

EU NÃO CONSIGO

Esta é uma daquelas palavras que podem ser polémicas. Todos nós já ouvimos alguém dizer que não há tal coisa como não consigo. Eu não pretendo ser tão radical, porque efetivamente por vezes existem coisas que não somos capazes de fazer. Eu não consigo cantar bem, mas posso cantar. Poder posso, mas sou terrível. No entanto, com muito esforço e dedicação, eventualmente, posso conseguir aprender.
Assim que o seu cérebro ouve a palavra não consigo, ele tira folga. Desliga-se e fica em standby, porque já não tem que encontrar uma maneira de realizar essa tarefa. Se disser, “Eu posso tentar” significa que você abriu um espaço criativo para aprender e explorar novas formas de fazer as coisas.
Quando um atleta me diz: “Treinador, eu não consigo”, a minha resposta é: “Talvez, mas você pode sempre tentar fazer e depois logo se vê se consegue ou não. Faça algo, depois corrigimos e melhoramos o que há para melhorar”.
falar

DESESPERADO

Quando realmente queremos algo, há uma tendência para anexar a palavra desesperado ao que queremos determinantemente, como se essa palavra incrementasse algum poder no sentido de mais rapidamente alcançarmos o que queremos.
“Estou desesperado para que ele me chame.” “Estou desesperado para sair daqui.”
O desespero faz com que se desespere ainda mais acerca das coisas. Não é uma palavra atraente, não é uma palavra capacitadora. É uma palavra de urguência sem controlo, acabando por promover a ansiedade.
Em vez disso diga: “Estou tão animado que acredito que me chamem esta noite.” “Eu realmente desejo uma transferência para outro lugar e estou pronto para ir!”

SORTE

Esta é uma palavra que raramente utilizo. Eu realmente abomino quando oiço coisas do género: como ouço muitas vezes dizerem-me: “Você teve sorte em ter um atleta nato para o desporto.”
Eu só quero gritar. Sorte não tem nada a ver com isso. Eu trabalhei e aproveitei o facto de ter a oportunidade de treinar um atleta com características favoráveis para a prática do desporto. No entanto, proposemo-nos a trabalhar para algo que nunca alguém tinha alcançado. Com esforço, dedicação e muita vontade de obter bons resultados. A sorte não teve qualquer influência no sucesso.
Se você atribuir o sucesso de outras pessoas ao fator sorte, estará a fazer duas coisas prejudiciais:
1) Não reconhecer e valorizar todo o trabalho duro que essas pessoas colocaram na sua vida em prol de alcançar o que queriam.
Mas o mais importante:
2) Você está dizendo que não é possível para você. Então você desiste antes mesmo de começar a criar a vida que quer para si. Você acha que só vai acontecer o que quer se lhe aparecer o génio da lâmpada mágica. Isso é uma ilusão. Você pode ter o que quiser, desde que esteja disposto a fazer o que é preciso para obtê-lo.
Dica: Escolha as suas palavras cuidadosamente e em breve você vai perceber o quanto potenciam o que você quer ser, fazer e ter.
Miguel Lucas 

3 armadilhas na comunicação com o seu filho

Acredito que a comunicação que os pais ou educadores têm com as crianças é suportada pela boa intenção. Mas por vezes, ironicamente o resultado não é aquele que se pretende, ou pode levar a situações mais empolgadas perdendo-se o motivo pelo qual se iniciou a conversa. Isto pode acontecer pelo medo que os pais têm das crianças poderem vir a magoar-se, errar ou a comportar-se indevidamente levando-os a comunicar com as crianças de uma forma prejudicial.

Apresento três formas de comunicação que podem evitar equívocos e consequências negativas:
filhos

EVITE TRANSMITIR O SENTIMENTO DE CULPA

Muitas vezes, pais e educadores utilizam a estratégia errada ao fazer com que a criança se sinta culpada pelos seus pensamentos, sentimentos e ações. Até pode ser assertivo e benéfico perguntar à criança o que ela sentiria se estivesse no seu lugar ou no de outra pessoa numa determinada situação. No entanto, muitas vezes, porém, os pais empurram esta questão até ao limite e tentam fazer com que os seus filhos se sintam culpados por causa de seus pensamentos, sentimentos e/ou ações. Os pais que usam o sentimento de culpa para controlar a criança correm o risco de lhes provocar alienação.
Leve em consideração que a estrutura mental de uma criança ainda não comporta em si recursos de compensação suficientes para lidar com o sentimento de culpa exagerado. Ainda que lhe possa fazer sentir o peso dos seus comportamentos desajustados, deve sempre enquadrar o grau do problema e explicar-lhe uma alternativa comportamental mais viável e assertiva. Indique-lhe o caminho, dirija-a para onde pretende que ela chegue, emendando os pontos onde ela errou, vincado mais o que quer que ela faça, e não o que quer que ela não faça.

EVITE O SARCASMO

Cada vez que você diz coisas que não queria verbalizar e dá a entender o oposto do que quer transmitir através do seu tom de voz ou expressão corporal, está a utilizar o sarcasmo. Um exemplo seria dizer algo como, “Oh, não é brilhante”, quando o seu filho faz uma má escolha. Ou, quando a sua filha adolescente lhe pede aprovação, você diz algo do género, ”Yeah, a tua roupa fica ótima se for para entrares num festival de vagabundos.” O uso de sarcasmo, sem dúvida, fere as crianças. O sarcasmo é um obstáculo problemático para os pais que estão tentando comunicar-se efetivamente com os seus filhos.
O sarcasmo é uma forma de comunicação muito emocional, muito incisiva nos aspectos negativos da criança, que lhe transmite sentimentos de desprezo, intolerância e desdém por parte do adulto. São afirmações dirigidas à auto-estima e auto-conceito da criança. São mensagens destrutivas sem qualquer intenção de orientação e assertividade.

EVITE INFORMAÇÕES PRONTAS E DEMASIADO PATERNALISTAS

Quando os pais dão impulsivamente aos seus filhos uma dissertação sobre como devem fazer as coisas, ao invés de deixá-los ter alguma contribuição nas soluções para os seus problemas, isso são soluções prontas. Dirigir e controlar excessivamente a criança será quase garantido que ela não vai ouvir nada do que você lhe diz. Seja o que for que diga, a criança vai fazer o oposto do que você está tentando fazer com que ele faça. Os pais que dizem aos seus filhos como resolver os seus problemas podem levar as crianças a acreditar que elas não têm controle sobre as suas próprias vidas. Estas crianças podem acabar acreditando que os seus pais não confiam nelas. Ou, elas podem ressentir-se de ser dito o que têm de fazer e como resultado resistir às indicações dos seus pais.
Interaja com a criança, tente perguntar-lhe como é que ela pensa resolver a situação. Se você não estiver de acordo, vá fazendo questões orientadoras, conduzindo a conversa, transmitindo informação que lhe permita, eventualmente, chegar a uma solução aproximada daquela que pretende. Não lhe entregue a solução de bandeja. Ajude a criança a construir e a chegar a uma solução viável, percebendo o porquê e percebendo porque razão a solução a que chegou é a mais indicada para as circunstâncias.

MANTENHA EM MENTE:

Tente evitar falar à criança através de sarcasmo, culpa, ou informações prontas. Dirija a conversa com compreensão para que você possa falar com ela. Desative o seu ego e evite tornar-se adversário do seu filho. O benefício desta atitude positiva e postura será elevado, o relacionamento com o seu filho irá fortificar-se e consequentemente as tensões irão diminuir.
Para aprofundar o assunto, pondere ler: A arte de comunicar com o seu filho, regras a não esquecer
- Miguel Lucas 

O que é a Depressão: Sintomas, Causas e Tratamento

Sentir-se abatido de tempos em tempos é algo normal que faz parte da vida. Mas quando o vazio e o desespero tomam conta do seu dia-a-dia, tornando-se permanente, afetando-lhe a motivação e o sentido da vida, pode ser depressão. Mais do que apenas o humor diminuído, os pontos baixos da depressão podem afectar-lhe a sua funcionalidade e deixar de ter prazer na vida, como anteriormente tinha. Deixa de se interessar pelos amigos, família, lazer, hoobies, trabalho, saúde, você sente-se esgotado o tempo todo, e só aguentar o passar do dia pode ser avassalador. Quando você está deprimido, as coisas podem parecer-lhe inúteis, sem sentido, mas com ajuda e apoio você pode ficar melhor e pouco a pouco sair dessa tormenta. Mas primeiro é importante que você perceba algumas coisa acerca da depressão. Aprender sobre a depressão, e como lidar com a depessão, incluindo a identificação dos seus sinais, sintomas, causas e tratamento é o primeiro passo para superar o problema.
A questão da depressão é uma área complexa, mas é uma área que tem vindo a crescer no esclarecimento do seu tratamento. Quase todos os dias novas informações são transmitidas, ajudando na orientação do nosso conhecimento e o que fazer. Independentemente das várias formas de intervenção e das diferentes respostas ao tratamento por parte das pessoas que sofrem com o problema da depressão, ainda assim a grande maioria pode e consegue aprender como reduzir de forma significativa os seus níveis de depressão ou até mesmo um alívio total da angustia provocada por este terrível problema. As pessoas que podem obter grande alívio da depressão inclui todas aquelas que pensam que nunca irão conseguir ultrapassar os seus problemas pessoais e que consequentemente a sua depressão irá durar para sempre.
depressão mulher

O QUE É A DEPRESSÃO?

Todos nós sentimos e passamos por altos e baixos no nosso humor. A tristeza é uma reacção normal às situações de vida, tais como lutas, zangas, perdas, derrotas e decepções. Muitas pessoas usam a palavra “depressão” para explicar estes tipos de sentimentos, mas a depressão é muito mais do que tristeza. Algumas pessoas descrevem a depressão como “viver num buraco negro” ou ter um sentimento de desgraça constante. No entanto, algumas pessoas deprimidas não se sentem tristes por tudo, em vez disso, sentem-se sem significado na vida, como se a vida fosse vazia e apática.
Seja qual for o sintoma, a depressão é diferente da tristeza normal ou da simples desmotivação, na medida em que anula o seu dia-a-dia, interferindo com a sua capacidade de trabalhar, estudar, comer, dormir e divertir-se. Os sentimentos de desamparo, desesperança, inutilidade são intensos e implacáveis, com pouco ou nenhuma alívio.

EM QUE É QUE A DEPRESSÃO DIFERE DA TRISTEZA OCASIONAL?

Enquanto todos nós, ocasionalmente, podemos ficar tristes ou “em baixo”, normalmente estes sentimentos tendem a passar muito rapidamente. Por outro lado, alguém com depressão tem experiências de extrema tristeza ou desespero, que dura pelo menos duas ou mais semanas. Os indivíduos deprimidos tendem a sentir-se impotentes e sem esperança culpando-se por terem esses sentimentos. O sentimento de culpa é muito vincado. A depressão interfere com as atividades da vida diária, tais como trabalhar ou concentrar-se em tarefas, ou mesmo comer e dormir. Outros possíveis sintomas da depressão incluem dores crónicas, dores de cabeça ou dores de estômago. Algumas pessoas podem sentir-se irritadas ou agitadas por longos períodos.
As pessoas que estão deprimidas podem sentir-se oprimidas e exaustas deixando completamente de participar em certas actividades quotidianas. Elas podem deixar de se interessar por assuntos relacionados com a família e amigos. Deixam de se importar com as suas vidas. Perdem o sentido de futuro, deixam de ter prazer nas coisas que anteriormente lhe eram significativas. A pessoa deixa de acreditar que consegue dar a volta à situação e por consequência deixa de fazer planos para o futuro. Alguns indivíduos deprimidos podem chegar a ter pensamentos de morte ou suicídio como já referi anteriormente. Esta parece-lhe ser uma solução para os seus problemas, mas na verdade não passa de um erro de raciocínio. Um conjunto de caminhos deturpados pela condição em que a pessoa se encontra.

VOCÊ ESTARÁ A SOFRER DE DEPRESSÃO?

Se você se identifica com vários dos seguintes sinais e sintomas, não sentido nenhuma diminuição de dia para dia, você pode estar a sofrer de depressão clínica:
  • Você não consegue dormir ou dorme em excesso.
  • Você tem dificuldades de concentração, ou sente que algumas das tarefas que fazia facilmente são agora um tormento.
  • Você sente-se desesperançado e desamparado.
  • Você não consegue controlar os seus pensamentos negativos por mais que se esforce.
  • Você perdeu o apetite ou não consegue parar de comer.
  • Você está muito mais irritadiço e com humor diminuído do que é habitual.
  • Você tem pensamentos de que não vale a pena viver (se for o caso procure ajuda imediata).

SINAIS E SINTOMAS DA DEPRESSÃO

A depressão varia de pessoa para pessoa, mas há alguns sinais e sintomas que são comuns. É importante lembrar que esses sintomas podem ser parte de algumas dificuldades normais da vida. Mas quanto mais sintomas você tem, mais fortes eles ficam, mais tempo eles duram, o mais provável é que você esteja a sofrer com incapacidades ligadas à depressão. Quando estes sintomas são esmagadores e incapacitantes, é quando é hora de procurar ajuda.
Sinais e sintomas comuns da depressão:
  • Sentimentos de desamparo e desesperança. Um panorama desolador, pensa que nunca mais nada irá ficar melhor e que independentemente dos seus esforços, não há nada que você possa fazer para melhorar sua situação.
  • Perda de interesse nas atividades diárias. Falta de interesse nos passatempos anteriores, lazer, atividades sociais, ou sexo. Você perdeu a sua capacidade de sentir alegria e prazer na vida.
  • Alterações no apetite ou no peso. Significativa perda de peso ou ganho de peso com uma alteração em mais de 5% do peso corporal num mês.
  • Alterações do sono. Ou insónia, especialmente acordar nas primeiras horas da manhã, ou dormir demais (também conhecido como hipersonia).
  • Irritabilidade ou inquietação. Sente-se agitado, e inquieto. O seu nível de tolerância à frustração é baixo, tudo e todos lhe provoca nervos.
  • Perda de energia. Sente-se cansado, lento, e fisicamente esgotado. Todo o seu corpo pode sentir-se pesado e até mesmo pequenas tarefas são difíceis de realizar ou a demorar mais tempo para serem concluídas.
  • Auto-aversão. Fortes sentimentos de inutilidade ou culpa. Você critica-se duramente a si mesmo por falhas percebidas e erros.
  • Problemas de concentração. Dificuldade para se concentrar, tomar decisões, ou lembrar as coisas.
  • Dores inexplicáveis. Um aumento do número de queixas físicas, como dores de cabeça, dores nas costas, dores musculares e dor de estômago.

DEPRESSÃO E SUICÍDIO

A depressão apresenta-se como um elevado factor de risco para o suicídio. O desespero e a desesperança que se manifesta junto com a depressão pode levar a pensamentos sobre o suicídio, a pessoa sente que colocar término à vida é a única maneira de escapar à dor. Pensamentos de morte ou suicídio são um sintoma grave de depressão, por isso qualquer conversa ou comportamento que dê indícios dessa possibilidade deverá ser levado a sério. Normalmente não é apenas um sinal de alerta que a pessoa está a transmitir: é um grito de socorro.
Os sinais de alerta para o suicídio incluem:
  • Falar em morrer ou prejudicar-se a si mesmo
  • Expressar sentimentos fortes de desespero ou de se sentir encurralado
  • Uma preocupação incomum com a morte ou em morrer
  • Comportar-se de forma imprudente, como se tivesse um desejo de morte (por exemplo, excesso de velocidade , passar no sinal vermelho)
  • Querer telefonar ou visitar algumas pessoas para dizer adeus
  • Verbalizar frases como “As pessoas ficariam melhor sem mim”ou “qualquer dia acabo com isto tudo.”
  • Mudança repentinas mudando de um comportamento extremamente deprimido para agir de forma calma e alegre
Atenção: Se você acha que um amigo ou algum membro da sua família está pensando em suicídio, manifeste a sua preocupação e procure ajuda profissional imediatamente. Falar abertamente sobre pensamentos suicidas e sentimentos podem salvar uma vida.
Muito importante: Se você está a sentir pensamentos suicidas, pode muito provavelmente ser um sintoma da depressão. Quando você está se sentindo extremamente deprimido ou suicida, os problemas parecem ser esmagadores e permanentes. Mas com o tempo, você pode conseguir sentir-se melhor, especialmente se você procurar ajuda. Se estiver a ter pensamentos sobre a morte, pondere. Certamente existem muitas pessoas que querem apoiá-lo durante este momento difícil, por isso, não hesite e peça ajuda! Ou em último caso telefone para a linha de emergência do seu país: 112 (Portugal), 911 (Brasil).
deprimida

AS VÁRIAS FORMAS DE DEPRESSÃO

Existem muitas razões para a depressão, existindo igualmente várias formas e expressões da depressão. Para algumas pessoas a depressão é algo comum na sua família, tendo uma tendência para se sentirem infelizes. Outras ficam deprimidos porque sentem-se mal com eles próprios, têm um pensamento tremendamente pessimista, sente-se corroídos pela preocupação e problemas, ou ficam stressados pela discrepância entre as suas expetativas e a realidade da sua vida. A depressão pode manifestar-se depois de um acontecimento traumático ou após uma situação de elevado stress, ou na perda de alguém ou alguma coisa significativa. Os tentáculos da depressão podem ser óbvios, quando a pessoa diz para ela própria que a sua vida só pode piorar. No entanto algumas pessoas afetadas pela depressão projetam um senso de cordialidade e bem-estar aparente para disfarçar a sua dor. Disfarçar a depressão pode ser compreensivo. Torna-se funcional quando serve o propósito de manter uma relação positiva, quer com a vida quer com as pessoas. Mas, é inadequado quando a pessoa pretende evitar resolver o seu problema.
A depressão raramente pode reduzir-se a uma simples questão ou situação, apontando apenas para uma causa. Se for o seu caso, se isto lhe for transmitido por alguém, esteja alerta, pode estar a ser conduzido de forma irresponsável e inapropriada, o que lhe poderá vir a causar ainda mais problemas no futuro. Pondere uma segunda opinião.
Quando se liga a um auto-conceito pobre e a uma tendência para catastrofizar sobre o desapontamento, injustiça, perda, a depressão pode ser recorrente. Talvez pense que quando está deprimido, o tipo de depressão que sente é imaterial. Em parte, isto está correto. Todas as formas de depressão envolvem uma profunda tristeza ou humor diminuído e uma elevada probabilidade de ter pensamentos distorcidos, depressivos e depreciativos.
Dica: Sabendo o tipo de depressão que você tem, pode ajudar a compreender melhor os seus sintomas e procurar o tratamento mais eficaz.
Apresento em seguida cinco tipos comuns de depressão:

Depressão Maior (Depressão Unipolar)

A depressão maior é caracterizada pela incapacidade de aproveitar os prazeres da vida e experiência. Os sintomas são constantes, variando de moderada a grave. Sem tratamento adequado, a depressão maior geralmente dura cerca de seis meses. Algumas pessoas experimentam apenas um episódio depressivo único durante toda a sua vida, mas geralmente, a depressão maior é um transtorno recorrente. No entanto, existem muitas coisas que você pode fazer para melhorar o seu humor e reduzir o risco de recorrência. Não sofra desnecessariamente, procure ajuda.
A depressão maior pode seguir-se a uma perda normal, uma perda catastrófica de algo extremamente importante (a casa de habitação) ou qualquer condição que seja percebida como traumática. Pode emergir de um padrão de ansiedade generalizada ou auto-verbalizações negativas.

Depressão Atípica

Depressão atípica é um subtipo comum de depressão maior. Ele apresenta um padrão de sintomas específicos, incluindo um elevador humor temporário em resposta a acontecimentos positivos. Você pode sentir-se temporariamente melhor depois de receber uma boa notícia, ou quando saí para uma festa com os amigos. No entanto, este impulso de humor é passageiro. Outros sintomas da depressão atípica incluem ganho de peso, aumento do apetite, sono excessivo, sensação de peso nos braços e pernas, e sensibilidade à rejeição. Tal como outras formas de depressão, você pode obter alívio e tratamento através de Terapia Cognitivo-comportamental

Depressão Distímica (Depressão leve recorrente)

A distímia é um tipo de depressão crónica leve. São mais os dias em que se sente moderadamente deprimido, que os que não se sente, embora você possa ter breves períodos de humor normal. Os sintomas da distímia não são tão fortes como os sintomas de depressão maior, mas duram muito tempo (pelo menos dois ou mais anos). Estes sintomas crónicos tornam a vida muito difícil de viver viver. Algumas pessoas também têm episódios depressivos maior conjuntamente com a distímia, uma condição conhecida como “depressão dupla”. Se você sofre de distímia, você pode sentir que quase sempre se sentiu deprimido. Ou você pode pensar que o seu humor diminuído faz parte de você (é do jeito que você é).A distímia pode ser tratada com êxito, mesmo que os sintomas tenham sido ignorados ou tenha estado sem tratamento durante anos.

Transtorno afectivo sazonal

Quando o inverno se faz sentir com os seus dias frios, sombrios, curtos, enfadonhos, nublados, por vezes o humor é afetado. Algumas pessoas ficam deprimidas no outono ou inverno, principalmente pela limitação de sol. Este tipo de depressão é chamada de transtorno afetivo sazonal. Transtorno afetivo sazonal é mais comum em climas do norte e em pessoas mais jovens. Tal como outros tipos de depressão, este também é tratável. A terapia através da luz, um tratamento que envolve a exposição à luz artificial intensa, muitas vezes ajuda a aliviar os sintomas.

Depressão Bipolar: Quando a depressão é apenas um dos lados da moeda

Depressão bipolar, também conhecida como psicose maníaco-depressiva, é caracterizada por alterações de humor cíclico. Os episódios de depressão alternam-se com episódios maníacos, podendo incluir comportamentos impulsivos, hiperatividade, fala rápida, e pouco ou nenhum sono. Normalmente, a mudança de um modo extremo para o outro é gradual, com cada episódio maníaco ou depressivo tendo a duração de pelo menos várias semanas. Quando deprimido, uma pessoa com transtorno bipolar apresenta os sintomas usuais de depressão maior. No entanto, os tratamentos para a depressão bipolar são muito diferentes dos outros tipos de depressão.

Depressão, Algumas causas e fatores de risco

Algumas doenças têm uma causa médica específica, tornando o tratamento mais simples. Se você tem diabetes, toma insulina. Se você tiver apendicite, você faz uma cirurgia. Mas a depressão é mais complexa. A depressão não é o resultado de um desequilíbrio químico no cérebro, e o seu tratamento não pode ser reduzido apenas à medicação. Como expliquei no artigo: Será a depressão uma doença? talvez não…saiba porquê. Eu defendo que a depressão é causada por uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, sociais e ambientais. Por outras palavras, as escolhas que você faz relativamente ao seu estilo de vida, relacionamentos e habilidades de lidar com as situações de vida, são muito significativos para o surgimento da depressão, mais do que o fator genético. No entanto, alguns fatores de risco podem torná-lo mais vulnerável à depressão.

CAUSAS E FATORES DE RISCO PARA A DEPRESSÃO

  • Solidão
  • Falta de apoio social
  • Recentes experiências de vida stressantes
  • História familiar de depressão
  • Problemas de relacionamento ou conjugal
  • Tensão financeira
  • Trauma ou abuso de infância
  • Uso de álcool ou drogas
  • Situação de desemprego ou o subemprego
  • Problemas de saúde ou de dor crónica

Saber a causa (contexto) da sua depressão pode ajudar a determinar o tratamento

Compreender a causa subjacente à depressão pode ajudá-lo a superar o problema. Qualquer um pode experimentar algum tipo de depressão, por algum motivo. É uma condição e situação que afeta pessoas de todos os tipos, de todas as raças, sexos e situação socioeconómica.
A depressão é uma condição extremamente pessoal que é causada por uma variedade de razões. Você pode estar em risco de depressão porque existe um histórico familiar da desordem. Você pode sentir-se deprimido por causa de certos medicamentos, tais como relaxantes musculares prescritos. Pode sentir-se deprimido por causa de uma determinada situação. A morte de um amigo ou membro da família, dificuldades financeiras, a perda de emprego ou indefinição profissional, são todas explicações legítimas para a depressão.
Para algumas pessoas, os sintomas da depressão podem desaparecer sem tratamento. Por exemplo, Se você vive sozinho ou se mudou de localidade à pouco tempo e tem sentimentos de solidão e tristeza, encontrar novos amigos no trabalho ou através de um passatempo, provavelmente irá promover o seu estado de humor, mais do que uma terapia. Mas para a maioria das pessoas, usualmente alguma forma de tratamento acaba por ser necessário. Pessoas que não consultam um profissional de saúde correm o risco de se sentirem pior desnecessariamente.

FORMAS DE RECUPERAR DA DEPRESSÃO

Os sintomas e as causas da depressão são diferentes de pessoa para pessoa, assim também são várias as formas, caminhos e ajudas para a melhoria da depressão . O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra, e não há necessariamente um tratamento adequado em todos os casos. Se você reconhecer os sinais de depressão em si mesmo ou num ente querido, levará algum tempo para explorar as muitas opções de tratamento. Na maioria dos casos, a melhor abordagem envolve uma combinação de suporte social, mudanças de estilo de vida, desenvolvimento de habilidades emocionais e sociais complementado com ajuda profissional. Na actualidade a Terapia Cognitivo-comportamental conjuntamente com a Terapia da Aceitação e Compromisso, são duas abordagens que aplicadas em conjunto surtem em resultados muito satisfatórios. Agregando as duas, podemos apelidar de Terapia Cognitivo-comportamental Baseada na Mindfulness e Aceitação. Esta é a Terapia que eu pratico e aconselho.
ajuda

PROCURE AJUDA E APOIO

Se julga que a possibilidade de conseguir vir a resolver este problema tão incapacitante como a depressão lhe parece praticamente impossível, não desespere. Sentir-se impotente e sem esperança são sintomas da depressão, não é a realidade da sua situação. Esse tipo de pensamento é o seu problema (distorções do seu pensamento) a manifestar-se. Isso não significa que você é fraco ou que você não pode mudar! A chave para a recuperação da depressão é começar por procurar ajuda. Ter um forte sistema de apoio no local irá acelerar a sua recuperação. O isolamento aumenta a manifestação da depressão, funciona como um combustível, por isso procure o contacto com as outras pessoas, não as evite, mesmo quando você se sente como se estivesse sozinho no mundo. Deixe a sua família e amigos saber que você está passando por um momento difícil da sua vida, eles podem funcionar como a sua primeira linha de apoio.

FAÇA MUDANÇAS DE ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL

Mudanças de estilo de vida saudável nem sempre são fáceis de fazer, mas eles podem ter um grande impacto sobre a depressão. Algumas mudanças que podem ser muito eficazes incluem:
  • Cultivar relacionamentos de apoio
  • Fazer exercícios regulares: 29 benefícios da atividade física na sua saúde.
  • Regular o sono: 6 dicas para melhorar os seus problemas de insónia.
  • Alimentar-se saudavelmente para impulsionar naturalmente o humor: 11 formas de promover a sua saúde e capacidade física .
  • Gerir o stress: 6 estratégias para combater o stress.
  • Praticar técnicas de relaxamento: 10 técnicas poderosas de relaxamento.
  • Desafiar padrões de pensamentos negativos: Pense positivo, insista no pensamento positivo.

DESENVOLVA AS SUAS HABILIDADES EMOCIONAIS

Muitas pessoas não possuem as competências necessárias para gerir o stress e as emoções de forma equilibrada. Construir e desenvolver competências emocionais pode dar-lhe a capacidade de enfrentar e recuperar da adversidade, trauma e perda. Ou seja, aprender a reconhecer e expressar suas emoções pode torná-lo mais resistente. Pondere ler os artigos complementares:
  • Aumente o seu sucesso entendendo as suas emoções.
  • Aprenda a gerir as emoções e a ter controlo na sua vida.
  • Como desenvolver equilíbrio emocional.

OS ANTIDEPRESSIVOS SERÃO O TRATAMENTO MAIS EFICAZ?

A medicação pode ajudar a aliviar os sintomas da depressão em algumas pessoas, mas eles não são uma cura em si mesmo. Alerto para o facto dos medicamentos apresentarem desvantagens específicas, nomeadamente nos efeitos secundários. Aprender os factos sobre os antidepressivos e pesando os benefícios e os riscos pode ajudar você a tomar uma decisão consciente e individual sobre se a medicação é o mais certo para você. Apresento alguma informação complementar para um melhor esclarecimento acerca deste assunto:
  • Quebrando o mito dos antidepressivos.
  • Será a depressão uma doença? Talvez não…saiba porquê!
O tratamento mais eficaz para a depressão na grande maioria das vezes inclui alguma forma de terapia psicológica. A Terapia psicológica (como aquela que eu pratico: Terapia Cognitivo-comportamental Baseada na Mindfulness e Aceitação) oferece ferramentas para tratar a depressão através de uma variedade de abordagens e aprendizagens. Além disso, o que você aprende na terapia fornece-lhe habilidades e conhecimento para prevenir a recaída da depressão. Ensinam-se técnicas práticas sobre como reformular o pensamento negativo e empregar habilidades comportamentais no combate à depressão. A terapia também pode ajudá-lo a trabalhar na raiz da sua depressão, ajudando-o a compreender porque é que sente de uma certa maneira, o que são os seus gatilhos para a depressão, e o que você pode fazer para permanecer com o seu humor mais estável e emocionalmente mais equilíbrado.

PROCURE AJUDA PROFISSIONAL

Se o apoio de familiares e amigos, mudanças de estilo de vida saudável, e o desenvolvimento de competências emocionais não forem suficientes, procure ajuda de um profissional de saúde mental. Há muitos tratamentos eficazes para a depressão, incluindo a terapia psicológica, medicação (esta de preferência em parceria com abordagem psicológica) e tratamentos alternativos. Aprendendo sobre as suas opções irá ajudá-lo a decidir quais as medidas que têm mais probabilidade de funcionar melhor para sua situação e necessidades específicas.
Dica: Leve sempre em consideração que a depressão tem mais a ver com a forma como se relaciona com a vida, consigo mesmo e com os outros, do que provavelmente com outras “coisas”.

Miguel Lucas 

Meu defeito...

Reinicie a sua vida: Deixe de fazer auto sabotagem!

Muitos podem ser os motivos que nos obrigam a tentar de novo algo que na primeira tentativa não fomos bem sucedidos, ou até mesmo comprovarmos que o caminho que tomámos não nos conduziu ao lugar desejado. Enquanto humanos que somos, e na posse de uma motivação orientada, podemos tentar de novo. Você pode encontrar-se num momento da sua vida onde começar de novo é imperativo. Provavelmente os acontecimentos de vida empurraram-no para a situação em que se encontra, talvez você tenha feito algumas asneiras que contribuíram para o seu estado. Independentemente da causa, ou das adversidades de vida que enfrenta, existe a possibilidade de tentar novamente. Existe a possibilidade de perceber que pode reiniciar a sua vida.
O seu passado pode ser muito marcante, incisivo e perturbador, e propor-se a reorientar a sua vida pode parecer difícil de fazer. Acredito que sim. Acredito que pode encontrar-se num estado de dúvida, incerteza, com muita ansiedade, preocupação, sentido-se desesperado e até mesmo desesperançado no seu futuro. Todos esses sentimentos por certo são legítimos. No entanto, importa fazer algumas perguntas a si mesmo:
  • “Como é que me quero sentir no futuro?”
  • “O que é que eu quero para mim”
  • “Quais são os meus objetivos? (Os sentimentais, profissionais, de relacionamento, financeiros, e outros…)
Arrisco a responder algumas possibilidades:
  • “Quero sentir-me bem, realizado, boa auto estima e com confiança em mim e no futuro.”
  • “Quero uma vida tranquila, com conforto e bem estar, sentir-me vivo e de bem com a vida.”
  • “Quero ser feliz, alegre, motivado, bem disposto, ter sucesso no meu trabalho, amar e ser amado, ter dinheiro para pagar as minhas despesas.”
Ótimo. Fez questões às quais conseguiu dar resposta. E mais importante que tudo, essas perguntas e respostas, permitem orientar a sua vida de acordo com aquilo que deseja para si. Agora só tem de pegar nisso e dar um impulso na sua vida. Dar um novo e renovado impulso, reiniciando a sua vida. Mas, para que esse reinicio possa constituir uma nova forma de olhar a sua vida, importa desfazer alguns equívocos que podem ter estado a fazer sabotagem aos seus objetivos.
Apresento em seguida alguns equívocos ou ideias que provavelmente foram-se enraizando na sua estrutura mental. Essas ideias passaram a ser falsas verdades que lhe retiram ânimo, toldaram-lhe o pensamento e impossibilitaram a elaboração de decisões acertadas de acordo com os seus objetivos pretendidos.
De uma vez por todas, você deve derrotar essas falsas verdades (crenças limitadoras) para colocar-se com uma atitude positiva antes de reiniciar a sua vida.

EU NÃO CONSIGO FAZER ISSO

Esta é uma afirmação comum. É uma afirmação simples, banal e muito refutada por grandes líderes, em livros de auto-ajuda, por palestrantes motivacionais, e mesmo pelo comum dos mortais. Aparece muitas vezes referenciada em Slogan de campanhas publicitárias, como foi a campanha de Barack Obama, “Yes, we can“. Apesar de existir uma corrente que transmite esperança, e que contraria a afirmação negativa: “Eu não consigo fazer isso“. O que é certo, é que muitos de nós nos momentos de contrariedade e dificuldade da nossa vida, generalizamos essa afirmação para grande parte das coisas, e até mesmo para a própria vida.
Marterizamo-nos e vitmizamo-nos:
  • “Eu nunca mais vou encontrar a pessoa certa.”
  • “Eu nunca mais serei feliz”
  • “A minha vida nunca mais vai sair deste buraco”
  • “Nunca serei capaz de passar o exame de matemática”
  • “Nunca ganharei o suficiente para ter aquilo que gostaria”
  • “Eu não consigo enfrentar o meu patrão”
O que você pensa acerca de si mesmo é realmente poderoso. Se você acha que não pode, que não consegue ou que nada de bom lhe irá acontecer, então provavelmente nesse estado de incapacidade nunca irá encontrar motivação e uma solução para fazer algo que permite reverter esses pensamentos negativos.
Henry Ford disse: “Se você acha que pode, ou você acha que não pode, você está certo”

sabotagem interior

EU ACABO SEMPRE FAZENDO ASNEIRAS

Se no presente momento está insatisfeito com a sua vida, existe uma forte possibilidade de ter construindo ao longo do tempo esta afirmação negativa na sua mente. Claro que este pensamento é legítimo. Mas, por certo não é animador, pelo contrário, retira-lhe forças e credibilidade em si mesmo. Se não é útil, porque razão ele ecoa na sua cabeça? Isto acontece, porque o nosso cérebro é forçado a encontrar respostas. E em última instância dirigimos a atenção para nós mesmos, e culpabilizamo-nos. Sim, na verdade você até pode ser o responsável pelo estado em que se encontra. Mas, construir uma ideia negativa acerca de si mesmo, e “confortavelmente” conviver com isso, não é por certo uma estratégia benéfica.
Então que fazer?
  • Perceba onde, como e porquê fez a asneira?
  • O que fazer, para não voltar a acontecer?
  • O que aprendeu com a asneira?
  • O que essa asneira lhe diz acerca da forma como você pensa?
  • O que precisa mudar no seu pensamento e forma de olhar para si, para que a asneira não se repita?
  • Quer continuar a fazer a asneira?
Se conseguir responder a estas questões, por certo irá ficar mais esclarecido. Com esse esclarecimento em mente, abandone a ideia depreciativa que tem de si mesmo. Essa ideia que de certa forma trás conforto, também tem o reverso da medalha. Quando você percebe que pode mudar algumas coisas para ser bem sucedido, mas que é necessário trabalhar, investir em si e esforçar-se, fica mais fácil verbalizar algo que justifica muita coisa menos boa que lhe acontece. Não se iluda mais, aceite essas asneiras, mas não se confunda nem se funda a elas. Você não é as suas asneiras. Você é aquele que percebe as asneiras que faz, e que tem a possibilidade de arranjar uma forma de evitar que isso volte a suceder. Não use mais uma afirmação que se encaixa no seu momento menos bom, mas que paralisa-lhe a mente na procura de soluções. Se esta afirmação não lhe é útil, não lhe serve, deixe simplesmente de verbalizá-la.

NADA ACONTECE DO JEITO QUE EU QUERO

Esta é uma mentalidade de vítima que você deve abandonar imediatamente. Não há problema em sentir pena de si mesmo no começo do processo de procura de entendimento e justificação para o momento que atravessa. Você pode e deve chorar a sua perda, indignação ou frustração. Mas, de modo bastante breve. Depois você precisa ​​levantar-se, sacudir a mágoa do passado e seguir em frente. A vida não está contra si. Acreditar que sim, só irá fazer com que se afunde ainda mais no seu desespero (do qual você não irá escapar se ficar nesse estado por muito tempo).
As coisas podem ter sido difíceis e o resultado não foi o esperado. Por vezes temos de encarar o lado oculto da felicidade. Inevitavelmente, as adversidades surgem no nosso caminho, experimentamos o sabor do outro lado da conquista, do desafio, do êxtase, da alegria e satisfação. O lado mais sombrio da felicidade enraiza-se no sofrimento, no fracasso, na perda, na dificuldade, na injustiça, na tristeza e angústia de tudo o que nos impele ao sofrimento e consecutivamente a mudar crenças limitadoras.
Mas o que aconteceu até agora, não quer dizer que continue a acontecer. Se assim fosse nada mudava, nada melhorava, a vida seria estática. Nada pode estar mais longe da verdade. A vida é fluída, a vida não pára. Se assim é, e com este pensamento em mente, perspetive algo de melhor para si. Retire-se da sombra dos seus pensamentos negativos. Pense como gostaria que as coisas funcionassem para si. Agora acrescente-lhe uma pitada de esperança. Em seguida apoie essa esperança, seja o braço direito da sua esperança renovada. Motive a sua esperança, dei-lhe suporte, energia, alimente-a através da ação. Faça coisas orientadas pelo pensamento positivo. Desafie-se a ser bem sucedido!

NÃO VALE A PENA SEGUIR OS MEUS SONHOS

Todos merecemos a oportunidade de buscar a satisfação na nossa vida. Mas, por vezes, pouco a pouco, devido à interpretação dos acontecimentos negativos do nosso passado, emerge uma desmotivação. A descrença instalada constrói a percepção que não vale a pena seguir os seus sonhos e desejos. Esta ideia é suportada por uma mecanismo de defesa. Não nos propomos a seguir os sonhos, para evitar a dor e o sofrimento que julgamos vir a sentir com mais uma futura desilusão. Com base na mágoa do passado e uma descrença no futuro, comprova a teoria que é preferível não correr atrás do que é bom para si. Este até parece ser um pensamento lógico. De certa forma é, tal como já referi, funciona como uma proteção à possível desilusão, derrota e fracasso. É, no entanto uma crença tóxica, desadequada e destruidora.
Perante uma crença tão incapacitante, a pessoa caminha num eterno vazio. A forma de restabelecer a sua motivação, força e energia para propor-se a acreditar que vale a pena seguir os seus sonhos, é orientando-se por aquilo que quer e não por aquilo que sente. Perante uma conclusão negativa, o sentimento é igualmente negativo, e nesse estado as suas perspetivas são olhadas mediante essa realidade sentida. Para reverter o processo é necessário imaginar o que sentiria ao alcançar o que deseja. Foque-se naquilo que quer alcançar e no que sentiria quando isso se tornar realidade. Depois, na posse desse sentimento, faça coisas que o aproximem dos seus sonhos.

EU TENHO DE CASTIGAR QUEM ME PREJUDICOU

Às vezes, quando uma pessoa tem que começar de novo, sente-se a necessidade de vingança em relação a parte (ou partes) que podem ter contribuído para a sua situação atual. Isto é completamente inútil. Não me estou a remeter para questões jurídicas. Isso tem de ter outro tipo de abordagem. Refiro-me à normal interação do dia a dia da vida de cada um de nós. Na verdade, é inteiramente contraproducente e um desperdício total de tempo focar a sua atenção e energia em algo que vai alimentar ainda mais o seu estado de negatividade, e eventualmente criar mais problemas
Supere isso. Deixe isso partir. Limpe a sua mente de todo esse absurdo. Alimentar o fúria só irá fazer aumentar a sua ansiedade, contribuindo para o seu mal estar. A fúria e a raiva, são sentimentos que por vezes lhe transmitem capacidade. Isto acontece devido à grande libertação de energia e ímpeto, impele-o para a ação. Mas esta é uma ação que em nada contribui para a solução e realinhamento de vida.
Importa reverter todo esse ímpeto para a construção de percursos de ação positivos e que estejam alinhados com os objetivos pretendidos para a sua vida, dentro de uma perspetiva de auto realização. Foque-se em si, gaste a sua energia consigo.
sabotagem pessoal

EU NÃO CONSIGO O QUE QUERO POR CAUSA DA ECONOMIA

Este é um pensamento que tem vindo a ser difundido na atualidade. A grande maioria da pessoas parece querer culpar qualquer circunstância ruim na sua vida apontado o dedo à crise económica. A realidade é que os fatores externos raramente são obstáculos intransponíveis, somos nós que fazemos isso acontecer. Obviamente que a economia tem um peso relativo no nosso sucesso, assim como muitas outras coisas têm. Temos que ter uma atenção redobrada, quando todo mundo está em estado de alerta relativamente à economia, podemos ter uma tendência para generalizar isso aos problemas que enfrentamos, e arranjamos uma boa desculpa para não fazermos nada.
Normalmente, inibimos a mudança e deixamos de adaptar-nos às novas realidades que nos rodeiam. Você pode ter de fazer as coisas um pouco diferentes. Você precisa colocar um olhar novo numa velha ideia. Você pode ter que fazer ajustes, tanto pessoais quanto profissionais, mas ainda assim pode sobreviver e até prosperar nesta economia ou noutra qualquer. Não deixe que essa avalanche dramática e estado de pânico geral impossibilite fazer aquilo que ainda é possível ser feito.
Para aprofundar o assunto, leia: 9 Dicas para ultrapassar o medo provocado pela crise económica

EU SÓ TENHO DE TER MUITA CALMA

Finalmente, quando confrontado com começar de novo, você pode ter tendência para procrastinar. A razão para que isso possa acontecer, é por arranjar desculpas para si mesmo. Por exemplo, você pode agarrar-se à falsa justificação que já passou por muita coisa ultimamente e merece ter calma por algum tempo. Embora seja geralmente uma boa ideia para “refrescar” depois de uma grande mudança de vida e antes de fazer qualquer grande decisão, não deixe que isso se torne num impedimento. As suas oportunidades de começar de novo, certamente surtirão maior efeito agora. Quanto mais você esperar, mais difícil será conseguir-se reverter a situação em que se encontra. Não deixe que o medo, mentiras e desculpas possam retê-lo.
As coisas até podem ir com alguma calma, mas passo a passo. Quer dizer, que mesmo lentamente você está a movimentar-se, está a fazer coisas para ir ao encontro do que pretende alcançar. Aguardar, é ficar parado. Fazer as coisas com calma, deve ser considerado, lentamente, pouco a pouco fazendo algo.

DEIXE DE FAZER AUTO SABOTAGEM E REINICIE A SUA VIDA

Reiniciar sua vida não é fácil. A primeira batalha que você tem que ganhar está na sua própria cabeça. A forma mais capacitadora que acredito surtir efeito é tendo uma atitude positiva, e implementar o pensamento positivo na sua vida, acabando com a auto sabotagem. Estas sabotagens como podemos verificar, estão mascaradas e enraizadas por um conjunto de desculpas sem sentido, que criam uma imagem negativa de si mesmo. O seu cérebro tende a acreditar em tudo o que ouve, ou que você verbaliza para si mesmo. Se você pode abolir o diálogo auto crítico da sua mente e substitui-lo por mensagens de incentivo, reconfortantes e que puxem por si, então você estará construindo um caminho para derrotar essas sabotagens e criar uma nova forma de olhar a vida.

RESUMINDO

Na grande maioria da vezes perante a constante auto sabotagem da nossa vida, percebemos o que está acontecendo, numa fase muito avançada do problema. Isto acontece devido à dificuldade de mudar hábitos e rotinas de pensamento instituídas que minam a mudança de perspetiva. Numa situação de caminhar na sua vida em piloto automático, tudo parece natural, até mesmo a forma como aceita as suas debilidades, incapacidades e asneiras. Neste estado de aceitação confuso, funde-se a uma imagem depreciativa de si mesmo, comprovada pelo seu diálogo auto-crítico negativo.
A sua própria forma de pensar, suga-lhe a vida. Essa negatividade instalada é como uma erva daninha a crescer no quintal da sua casa, propaga-se rapidamente e toma o espaço só para ela. Mata a esperança e a oportunidade para a mudança.
Você precisa de um novo caminho para sair dessa forma de pensamento negativo que instituiu na sua rotina diária. E esse caminho pode construir-se na forma de uma pergunta:
“Se você continuar a seguir os mesmos padrões, quais são as chances de vir a alcançar as coisas que você quer e tornar-se na pessoa que espera ser?”
Arrisco a dizer que as suas hipóteses são extremamente reduzidas. Nenhum de nós escreve uma história de vida mais enriquecida sem uma mudança no padrão de ação. Abandone o seu círculo de hábitos de auto sabotagem. Reinicie a sua vida, tendo noção que deve eliminar as falsas verdades que foi construindo e que durante muito tempo orientaram as suas decisões. Acredite em si. Faça coisas que suportem a crença que tem em si. Torne-se no seu maior aliado. Invista na sua vida, você é o seu maior accionista.

Miguel Lucas.
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