Existem cinco emoções básicas, autênticas, inerentes ao ser humano: medo, raiva, tristeza, alegria e afeto.
No entanto, por conta do processo educacional, tais emoções são castradas, reprimidas. Desta forma, todo processo educacional é baseado no binômio: permissão e proibição.
Aprendemos a classificar essas emoções como boas e más. Por exemplo, numa família é permitido (é importante ressaltar aqui, que é comum os membros dessa família não terem consciência dessas permissões e proibições) sentir e expressar raiva com brigas constantes, discussões e agressões verbais e/ou físicas. No entanto, é proibido sentir e demonstrar quaisquer manifestações de afeto.
É muito rara (ou inexistente) a troca de carinho, de apreço e, muito menos, intimidade, confiança.
Por conta dessa proibição, há uma secura de afeto, desconfiança nessa família de exercitar a capacidade de amar. Portanto, não há espaço para ternura, sentimentos de calor e proximidade ou mesmo discutirem seus conflitos, anseios e preocupações pessoais. Todos vivem num torpor mental e emocional e não percebem que estão anestesiados emocionalmente. Levam uma vida limitada, sem paixão e nem compaixão, despida de encanto, espontaneidade e alegria.
Intimidade é essa liberdade de ser o que se é, sem máscara, sem disfarce. É a expressão livre e prazenteira do que se pensa e sente, sem reservas ou ressalvas. Quando há permissão para se ter intimidade numa família, há confiança, uma amizade profunda entre os pais e filhos, irmãos.
Ao passar pela Terapia Regressiva Evolutiva (T.R.E.) – abordagem psicológica e espiritual breve, canalizada por mim pelos espíritos do Astral, o paciente descobre que não foi por acaso que veio reencarnar numa família tóxica, agressiva, mas por afinidade cármica (resgate cármico) de todos os envolvidos.
Não foi também por acaso que o grande médium Chico Xavier certa ocasião declarou: É nas famílias onde costumam se reunir os desafetos do passado. O paciente se conscientiza nessa terapia, através de seu mentor espiritual (ser desencarnado diretamente responsável pela nossa evolução espiritual), que vem a essa família para se reconciliar, aprender a amar seus inimigos de uma vida passada.
Em contrapartida, há famílias que tem permissão para sentir afeto, alegria, mas proibição para sentir e/ou expressar raiva, tristeza e medo.
Homem que é homem não chora e nem tem medo.
Você parece uma manteiga derretida!
Pare de chorar!
São as frases mais freqüentes que muitos escutaram em sua família.
Em certa ocasião atendi um paciente cujo apelido em seu trabalho era garoto propaganda, pois vivia constantemente sorrindo (na verdade, o sorriso era uma máscara, um disfarce- falsa alegria - que ele estampava em seu rosto para esconder a raiva e tristeza que não podia sentir e nem tampouco expressar em sua infância).
Toda vez que brigava com o seu irmão mais novo, sua mãe obrigava-o a reconciliar-se com o irmão, mandando abraçá-lo e pôr um sorriso em seu rosto. Desta forma, proibia-o de sentir e expressar raiva, substituindo por um falso afeto (abraçando-o) e uma falsa alegria (sorriso no rosto). Ao invés de dizer para o filho: Olha, é natural você sentir raiva de seu irmão, pois ele não quis devolver o seu brinquedo (permissão para sentir), mas não precisava agredi-lo fisicamente; ela reprimia a sua raiva, fazendo-o sentir emoções não sinceras - falso afeto e alegria.
Desta forma, ele aprendeu a não entrar em contato com a raiva e a tristeza. Por conta disso, não percebia as mensagens do seu próprio corpo. Não percebia quando estava tenso, relaxado, com raiva, triste ou alegre.
Estava, portanto, anestesiado emocionalmente. Corpo e alma estavam dissociados e fragmentados, ou seja, seu corpo agia de uma forma enquanto suas palavras diziam o contrário. Dizia, por exemplo, palavras cheias de raiva com um sorriso no rosto e não tinha consciência disso. Com isso, acabou somatizando em seu corpo uma doença psicossomática - gastrite crônica.
Na T.R.E. através de seu mentor espiritual, foi orientado a perceber no seu cotidiano seus verdadeiros sentimentos e expressá-los adequadamente. Nunca mais teve gastrite.
Portanto, entender e expressar adequadamente as emoções é a melhor forma de se evitar uma doença psicossomática, que se caracteriza por queixas físicas recorrentes, mas sem causa detectáveis por exames clínicos.
O paciente acima referido reclamava de intensas dores de estômago, mas, ao se submeter a uma endoscopia, não apresentava nenhuma lesão nesse órgão.
Como ele, segundo a O.M.S. (Organização Mundial da Saúde), 20% da população do planeta manifesta vários tipos de doenças psicossomáticas por encontrar dificuldade de lidar com suas emoções. Além da gastrite, existem outras doenças de origem emocional: distúrbios cardiovasculares (infarto, derrame, hipertensão); dores crônicas (dor nas costas, cefaléias, fibromialgia); síndrome da fadiga crônica (cansaço constante); afecções dermatológicas (queda de cabelo, psoriase, herpes, vitiligo); doenças endócrinas (diabetes tipo dois, hiper ou hipotireodismo); problemas gastrointestinais (diverticulite, diarréia, prisão de ventre, gastrite, síndrome do intestino irritável); problemas respiratórios (asma, rinite alérgica); distúrbios imunológicos – doenças auto-imunes (lúpus, artrite, reumatóide, depressão imune inespecífica).
Partindo do pressuposto de que o ser humano é mente, corpo e espírito, além das doenças psicoemocionais (psicossomáticas) existem também as doenças espirituais, as enfermidades da alma, provocadas pelos espíritos obsessores (seres desencarnados).
Esses seres desencarnados, aproveitando-se de sua condição de espírito, portanto, de seu estado de invisibilidade, manipulam o campo energético do enfermo, criando vários sintomas físicos, tais como febres, inflamações, dores e outros sintomas orgânicos sem uma causa específica, confundindo o raciocínio clínico do médico e dificultando o tratamento adequado.
A obsessão espiritual, popularmente conhecida por encosto, na qualidade de doença de origem espiritual, ainda não é reconhecida pela medicina oficial; portanto, não consta ainda nos compêndios médicos. No entanto, é um dos mais antigos flagelos da humanidade.
Na Bíblia (Mateus, 4:23-24), assim está escrito: “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando toda a sorte de doenças e enfermidades entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou”.
Na minha prática clínica, trabalhando desde 1985 com a Terapia Regressiva Evolutiva (T.R.E.), 95% de meus pacientes apresentam como causa principal de seus problemas um fator externo (por influencia espiritual dos obsessores), e em 5% a causa é puramente interna, psicológica.
Caso Clínico: Tumor na tireóide
Mulher de 43 anos, casada, dois filhos.
Veio ao meu consultório querendo entender por que desenvolveu um tumor (nódulo) na tireóide. Apesar de ser benigno, estava crescendo e pressionava sua garganta provocando-lhe sufocamento, falta de ar. À noite costumava tossir muito, e, com isso, se sentia angustiada.
Seu médico lhe informou que se o nódulo crescesse muito, teria que extirpar a tireóide.
Queria entender também por que tinha necessidade de resolver os problemas alheios (não conseguia ficar indiferente diante dos problemas dos outros e, em especial, de seus familiares e parentes).
Costumava desempenhar o papel de salvadora (sentia-se responsável pelos problemas alheios; por isso a necessidade de resolvê-los) não respeitando seus limites, preferindo se prejudicar (ficava sobrecarregada, pois era ela que resolvia todos os problemas de seus filhos, marido, irmãos, etc.).
Apesar de fazer tudo por eles, seus esforços não eram reconhecidos. Pelo contrário, todos a tratavam mal - não havia companheirismo por parte do marido (era ríspido e mal humorado), e os filhos não demonstravam gratidão, tratando-a de forma grosseira, fria, com cobranças.
Desta forma, sentia-se angustiada, insatisfeita, mas não expressava suas emoções, preferindo guardar tudo para si, sofrendo calada.
Ao regredir me relatou:
“Sinto um peso na garganta, sufocamento (paciente tosse muito e respira ofegante).
Vejo o meu marido e a minha mãe (ela é falecida).
Sinto que a minha mãe e o meu marido são seres que me angustiam e vieram na minha vida para eu aprender a lidar com as minhas emoções.
Vejo agora o meu mentor espiritual. Ele é indiano, usa uma roupa branca e um turbante vermelho na cabeça. Diz que a minha mãe foi muito dura comigo quando criança, mas que a vida nos abençoa e que agora a troca de energia entre nós é de luz, de amparo.
Diz ainda que a minha mãe me pede perdão (pausa).
O meu mentor espiritual me fala que preciso entrar em contato e aceitar a raiva que sinto, pois não consigo aceitar, nego, finjo para mim mesma que não sinto raiva.
Ele fala que tenho receio de expressá-la por conta do medo de ser rejeitada, agredir e ser agredida.
Ele está mostrando a minha infância. Antes era capaz de expressar a raiva com naturalidade, mas a minha mãe me reprimia dizendo: “Essa menina é ruim!” e fui acreditando que expressar raiva é um sentimento ruim.
Ele diz que preciso aprender a administrar a raiva, pois bem administrada é útil à nossa vida.
Esclarece que é a energia da raiva que nos impulsiona a fazermos as coisas, a lutar, superar os obstáculos naturais da vida.
No entanto, diz que preciso aprender a não duelar (“bater boca”), a agir impulsivamente, como muitas pessoas fazem.
Fala que quando a gente sente raiva não precisa ser rebatida no mesmo instante, mas também não precisa engoli-la. Ela precisa ser observada e elaborada para ser transformada em energia útil. E quando se elabora, digere-se e as pessoas crescem. Ele pede para quando sentir raiva me isolar, fechar os olhos, ficar em silêncio e prestar atenção, focar minha atenção nela e deixar que ela se expresse em meu corpo. Não abortar ou querer interromper as reações de meu corpo.
Se tiver vontade de chorar, é para chorar, deixar extravasar as minhas emoções. Se quiser gritar, é para gritar também. Enfim, não controlar nada, deixar que o meu corpo me conduza. Assim, a raiva irá se dissipar, transmutar.
O meu mentor espiritual ressalta para desenvolver a habilidade da observação das emoções, sem julgamento.
Esclarece que a observação sem julgamento é não julgar, classificar as emoções em categorias “boas” ou “ruins”.
Fala que cultivo também uma crença de que as pessoas boas não “sentem raiva”.
Diz que emoção é energia, e energia é energia, não existe boa ou má. Mas quando a gente não administra bem essa energia, não a aceitamos, não a transmutamos, metabolizamos, essa energia fica “estagnada”, “apodrece” e somatiza, vira um tumor. Pede, portanto, para aprender através da observação interna sem julgamento, a entrar em contato com as minhas emoções.
Esclarece que a tireóide é o órgão da energia primordial, que vem diretamente da alma. Alerta que as pessoas que se submetem à retirada desse órgão se desconectam de seu elo de ligação interior. Ele me exemplifica o caso de uma amiga que extirpou a tireóide. Após a cirurgia, ela ficou uma pessoa seca, dura, perdeu a conexão espiritual com a sua alma. Esclarece ainda que o tumor é um sintoma de um processo psicoeducacional, uma doença alerta para me lembrar das minhas emoções e não negligenciá-las”.
- Pergunte se além da raiva você vêm negligenciando outras emoções - peço à paciente.
“Fala que venho também negligenciando o afeto, a solidão (não me permito ficar só) e a tristeza. É por isso que a minha alma se sente angustiada. Eu ‘desfoco’ o contato com essas emoções, focando nos problemas dos outros, no trabalho, na responsabilidade, e esqueço de mim. Acabo somatizando no corpo físico essas emoções represadas.
Fala também que sou muito controlada e controladora - quero centralizar tudo. Explica que a doença de Alzheimer surge em pessoas que querem controlar tudo.
Diz que como visto o papel de salvadora, atraio pessoas que desempenham os papéis de vítima (sentem-se incapazes) e perseguidora (críticas condenadoras).
Então, preciso parar de entrar nesses papéis e assumir a minha verdadeira essência. Diz ainda que só vou deixar de desempenhar papéis quando sentir as emoções e ser mais autêntica.
Esclarece que o papel de salvadora é típico de pessoas arrogantes, prepotentes, e que largar esses papéis, não é trocá-los (pausa).
Agora estou me sentindo flutuar, fora de meu corpo. Sinto o meu corpo grande, parece que estou crescendo (paciente está experimentando a projeção astral, seu espírito está saindo de seu corpo físico).
Sinto uma vertigem, estou muito longe. Ele está me levando fora da Terra. Coisa estranha! (pausa).
Acho que estou acima da Terra, é um lugar muito alto. Vejo o meu mentor espiritual junto comigo, nesse lugar bem distante.
Ele diz que me provou essa vertigem para me lembrar do distanciamento - treinar a observação à distância. Fez de propósito para quebrar um pouco o meu controle, o meu lado muito racional (pausa).
Vejo agora um bastão de cristal, ele está cauterizando a minha tireóide. Ele esclarece que essa é a ultima sessão (era a 4ª sessão) do nosso tratamento, mas que posteriormente (diz que serei intuída por ele) vou voltar para o consultório do senhor (referindo-se a mim como terapeuta) para um novo trabalho, mas não mais pela dor de uma doença.
Ele está agradecendo ao senhor pelo seu lado humanístico, por não valorizar tanto o aspecto técnico, científico, mas os valores espirituais. Diz que essa é toda a diferença de seu trabalho que foi feito comigo, conjuntamente com os seres espirituais”.
Osvaldo Shimoda - terapeuta, criador da Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), a Terapia do Mentor Espiritual. Quero esclarecer ao leitor, que a Terapia Regressiva Evolutiva (T.R.E.) – A Terapia do Mentor Espiritual busca juntar a ciência psicológica com a espiritualidade.