quinta-feira, 30 de junho de 2011

Cumplicidade

Flávio e eu
Quando tudo parece caminhar errado,
seja você o primeiro passo certo.
Se tudo parece escuro, se nada puder ser visto,
acenda a primeira luz.
Traga para a treva, você primeiro,
a pequena lâmpada.
Quando todos estiverem chorando,
tente você o primeiro sorriso,
Não na forma de lábios ardentes,
Mas na de um coração que compreenda,
de braços que confortem.
Se a vida inteira for um imenso não,
parta você na busca do primeiro sim,
Ao qual tudo de positivo deverá seguir-se.
Quando ninguém souber coisa alguma,
é você mesmo, Corrigindo-se a si mesmo.
Quando alguém estiver angustiado na procura,
observe bem o que se passa.
Talvez seja em busca de você mesmo
que este seu irmão esteja.
Quando a terra estiver seca,
que sua mão seja a primeira a regá-la.
Quando a flor estiver murcha,
seja a primeira a separar o joio,
a arrancar a praga, a afastar a pétala, a acariciar a flor.
Se sua porta estiver fechada,
de você venha a primeira chave.
Se o vento sopra frio,
que seu calor humano seja a primeira proteção
e o primeiro abrigo.
Se o pão for apenas massa, e não estiver assado,
seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.
Não atire a primeira pedra em quem erra,
de acusadores o mundo está cheio.
Nem, por outro lado, aplauda o erro.
Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu,
dê sua atenção primeiro para mostrar o caminho de volta,
compreendendo que o perdão regenera,
que é a compreensão edificada, que o possibilita,
e que o entendimento reconstrói.
Toda escada tem um degrau,
para baixo ou para o alto.
Toda estrada tem um primeiro passo,
para frente ou para trás.
Toda vida tem um primeiro gosto de existência ou de morte.
Atire pois, você, com ternura e vontade de entender,
quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor…
(Glácia Daibert)

O que é o ciúme e por que isso magoa tanto?


Ciúme é comparação. E fomos ensinados a comparar, fomos condicionados a comparar, comparar sempre. Alguém possui uma casa melhor, alguém tem um corpo mais bonito, alguém tem mais dinheiro, alguém possui uma personalidade mais carismática. Compare, continue comparando a si mesmo com todo mundo que você encontrar, e o resultado será um grande ciúme; esse é o sub produto do condicionamento da comparação.
De outra maneira, se você deixa de comparar, o ciúme desaparece. Assim você simplesmente sabe que você é você e ninguém mais, e que não há nenhuma necessidade de ser outro alguém. É bom que você não se compare com as árvores, senão você começaria a se sentir muito ciumento: porque você não é verde? E porque Deus tem sido tão duro com você – e nenhuma flor? É melhor você não se comparar com os pássaros, com os rios, com as montanhas; do contrário você irá sofrer. Você só se compara com os seres humanos, porque você foi condicionado a só se comparar com os seres humanos; você não se compara com os pavões e com os papagaios. Senão seu ciúme seria bem maior; você estaria tão sobrecarregado de ciúmes que você não seria capaz de viver de maneira nenhuma.
A comparação é uma atitude muito tola, porque cada pessoa é única e incomparável. Uma vez que esse entendimento se estabelece em você, o ciúme desaparece. Cada um é único e incomparável. Você é apenas você mesmo: ninguém nunca foi como você e ninguém nunca será como você. E você também não precisa ser nenhum outro.
Deus cria somente originais; ele não acredita em cópias carbono.
Um grupo de galinhas estava no quintal quando uma bola de futebol passou por sobre a cerca e caiu no meio delas. Um galo chegou gingando, estudou-a, e então disse, “Não estou reclamando garotas, mas vejam o trabalho que eles estão fazendo no vizinho ao lado”.
Na porta do vizinho grandes coisas estão acontecendo: a grama é mais verde, as rosas são mais rosadas. Todo mundo parece estar tão feliz – exceto você. Você está continuamente comparando. E a mesma coisa está acontecendo com os outros, eles também estão comparando. Talvez eles também achem que seu gramado é mais verde – sempre parece mais verde à distância – que você tem uma esposa mais bonita… Você está cansado, você não pode acreditar como você permitiu se envolver com essa mulher, você não sabe como se livrar dela – e o vizinho pode estar com ciúmes de você, que você tem uma mulher tão bonita! E você pode estar com ciúmes dele…
Todo mundo tem ciúmes de todo mundo. E com ciúmes criamos um tal inferno, e com ciúmes nos tornamos muito medíocres.
Um velho fazendeiro estava mal-humoradamente avaliando os estragos da inundação.
“Hiram!” Gritou o vizinho, “seus porcos foram todos levados pela correnteza”.
“E quanto aos porcos do Thompsom?” Perguntou o fazendeiro.
“Eles também foram levados”.
“E os de Larsen?”
“Também”.
“Hum!” Exclamou o fazendeiro, comemorando. “Não foi tão ruim como eu pensava”.
Se todos estão na miséria, isso parece bom; se todos estão perdendo, isso parece bom. Se todos estão felizes e bem sucedidos, isso tem um sabor muito amargo.
Mas por que antes de tudo a idéia do outro entra na sua cabeça? Deixe-me lembrá-lo novamente: porque você não permitiu sua própria seiva fluir; você não permitiu sua própria felicidade brotar, você não permitiu seu próprio ser florescer. Daí você se sentir vazio no íntimo, então você olha para o exterior de cada um e de todo mundo porque isso é só o que você pode ver.
Você conhece seu íntimo e você conhece o exterior dos outros:
isso gera ciúmes. Eles conhecem seu exterior e eles conhecem o interior deles: isso gera ciúmes. Ninguém mais conhece seu íntimo. Lá você sabe que você não é nada, não vale nada. E os outros parecem tão sorridentes exteriormente. O sorriso deles pode ser falso, mas como você pode saber que são falsos? Talvez seus corações sejam também sorridentes. Você sabe que seu sorriso é falso porque seu coração não está sorrindo de maneira alguma, ele pode estar lamentando e chorando.
Você conhece sua interioridade, e só você a conhece, ninguém mais. E você conhece o exterior de todos, e as pessoas fizeram o exterior delas parecer bonito. Exteriores são vitrines e são muito enganadoras.
Há uma antiga história Sufi:
Um homem estava muito oprimido pelo seu sofrimento. Ele costumava orar diariamente a Deus, “Porque eu? Todos parecem ser tão felizes, porque só eu estou sofrendo tanto?” Um dia, em grande desespero, ele orou a Deus, “Você pode me dar o sofrimento de qualquer um outro e estou pronto para aceitar isso. Mas leve o meu, não posso mais suportá-lo”.
Aquela noite ele teve um belo sonho, belo e muito revelador. Ele sonhou naquela noite que Deus aparecia no céu e dizia para todos, “Tragam todos os seus sofrimentos para o templo”. Todos estavam cansados de sofrer – na verdade todos tinham orado alguma vez ou outra, “Estou pronto para aceitar o sofrimento de qualquer um outro, porém leve o meu sofrimento, é demais, é insuportável”.
Assim todo mundo colocou seu próprio sofrimento em sacolas e levaram para o templo e todos pareciam muito felizes; o dia havia chegado, suas preces foram ouvidas. E esse homem também correu para o templo.
E então Deus falou, “Coloquem suas sacolas na parede”. Todos as sacolas foram colocadas na parede e então Deus declarou: “Agora vocês podem escolher. Podem pegar qualquer sacola”.
E a coisa mais surpreendente foi: que esse homem que tinha estado sempre orando, correu em direção a sua sacola antes que alguém mais pudesse escolhê-la! Ele contudo, ficou surpreso porque todo mundo correu para sua própria sacola e todos estavam contentes com a escolha. O que aconteceu? Pela primeira vez, todos viram a miséria dos outros, o sofrimento dos outros – as sacolas deles eram tão grandes, ou até mesmo maiores!
E o segundo problema era, as pessoas tinham se acostumado com os seus próprios sofrimentos. E agora escolher o sofrimento de outra pessoa – quem sabe que tipo de sofrimento estará dentro da sacola? Pra que se incomodar? Pelo menos você está familiarizado com o seu próprio sofrimento e você já está acostumado com ele, e ele é suportável. Por tantos anos você o tolerou – porque escolher o desconhecido?
E todos foram para casa felizes. Nada havia mudado, eles estavam trazendo o mesmo sofrimento de volta, mas todos estavam felizes e sorridentes e alegres porque conseguiram suas próprias sacolas de volta.
Pela manhã ele orou para Deus e disse, “Grato pelo sonho; nunca mais pedirei novamente. Tudo que você me tem dado é bom para mim, tem que ser bom para mim; eis porque você me deu isso”.
Devido ao ciúme você está em constante sofrimento; você torna-se medíocre para os outros. E por causa do ciúme você começa a ficar falso, porque você começa a fingir. Você começa a fingir coisas que você não possui, você começa a fingir coisas as quais você não pode ter, que não são naturais a você. Você se torna cada vez mais artificial. Imitando os outros, competindo com os outros, que mais você pode fazer? Se alguém tem alguma coisa e você não tem, e você não tem a possibilidade natural de ter isso, o único jeito é arranjar algum substituto barato para isso.
Eu soube que Jim e Nancy Smith divertiram-se muito na Europa nesse verão. É tão legal quando um casal finalmente tem a oportunidade de realmente viver bem. Eles estiveram por toda parte e fizeram de tudo. Paris, Roma… Você diz o nome, eles estiveram lá e viram tudo.
Porém foi tão embaraçante voltar para casa e passar pela alfândega. Vocês sabem como a os oficiais da alfândega espionam todos os seus pertences. Eles abriram uma sacola e tiraram três perucas, cuecas de seda, perfume, tintura para os cabelos… Realmente embaraçante. E era apenas a sacola de Jim!
Basta olhar para dentro de sua mala e você irá encontrar tantas coisas artificiais, falsas, coisas fictícias – pra que? Porque você não pode ser natural e espontâneo? – devido aos ciúmes.
O homem ciumento vive no inferno. Pare de comparar e os ciúmes desaparecem, a mediocridade desaparece, a falsidade desaparece. Mas você só pode deixá-los se seus tesouros íntimos começarem a crescer; não existe outra maneira.
Cresça, torne-se um individuo mais e mais autêntico. Ame e respeite a si mesmo do jeito que Deus lhe fez e então, imediatamente, as portas do paraíso se abrem para você. Elas sempre estiveram abertas, você simplesmente nunca deu atenção a elas.

Fonte: Osho; The Book of Wisdom, Cap. 27

Dia de chuva...


Refrigerantes diet aumentam acúmulo de gordura na cintura

- Revista Veja - 30/06/2011.

A bebida eleva ainda os riscos de diabetes tipo 2, derrame e doenças cardíacas

Efeito inverso: a bebida, usada normalmente para evitar o ganho de peso, está relacionada ao aumento no acúmulo de gordura na cintura
Efeito inverso: a bebida, usada normalmente para evitar o ganho de peso, está relacionada ao aumento no acúmulo de gordura na cintura.
 
Os refrigerantes diet sempre estiveram relacionados a hábitos saudáveis, já que contêm poucas calorias. Mas eles podem ser extremamente prejudiciais à saúde, apontam pesquisas recentes. Segundo dados apresentados em uma conferência da Associação Americana de Diabetes, o consumo regular da refrigerante dietético resultou em um aumento até 70% maior na circunferência da cintura em relação às pessoas que não consomem a bebida. Esses refrigerantes ainda aumentariam os riscos de diabetes tipo 2, síndrome metabólica, derrame e doenças cardíacas.

No estudo, pesquisadores pela Escola de Medicina da Universidade do Texas analisaram dados de 474 adultos durante quase dez anos. Os voluntários informaram a frequência da ingestão do refrigerante diet e tiveram a circunferência da cintura, altura e peso medidos em quatro momentos diferentes. O objetivo era rastrear qualquer relação entre a bebida e o acúmulo de gordura no corpo com o passar do tempo.

Ao fim do estudo, os pesquisadores perceberam que a média da cintura de todos os participantes tinha aumentado. Mas aquelas pessoas que consumiam periodicamente refrigerantes diet tiveram um aumento 70% maior do que os que não consumiam refrigerantes de qualquer espécie. o período entre a primeira e a última medição foi nove anos e seis meses. Entre os consumidores mais vorazes, que bebem dois ou mais refrigerantes diet ao dia, o aumento na cintura foi de 500%.

Os motivos exatos que relacionam a bebida ao acúmulo de gordura abdominal, no entanto, não foram descobertos pela equipe de pesquisadores. Uma das hipóteses é a de que essas bebidas enganariam o cérebro, já que alimentos doces tendem a ser altamente calóricos, o que não acontece com a bebida. Assim, o cérebro estaria recebendo uma resposta errada do refrigerante, por causa do seu gosto doce. Algumas pesquisas afirmam que isso levaria o organismo a acumular mais gordura de reserva; outras, que isso aumentaria o apetite por alimentos altamente calóricos para suprir a lacuna criada pela bebida.

Diabetes — Outra pesquisa apresentada durante a conferência mostrou que os refrigerantes diet também estão relacionados com o diabetes tipo 2. No estudo, também da Universidade do Texas, a equipe mostrou que camundongos que ingeriam aspartame — adoçante usado nas bebidas — tinham níveis elevados de glicemia em jejum, um indicador do diabetes ou da condição pré-diabética.

Não é a primeira vez que se apontam os riscos dos refrigerantes dietéticos. Um estudo publicado no começo de 2011 já alertava que os refrigerantes diet podem ser responsáveis pelo aumento dos riscos de infarto e derrames.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Davi quer brincar!


1 ano e 6 meses: um baú de surpresas !!!
Uma fase desafiadora, curiosa, engraçada, carinhosa, mas muitoooo perigosa.
O Davi não tem medo de nada. Sobe, desce, corre, pula, quer articular as palavras, diz sim para o que gosta e não para o que não quer, "escreve" por tudo, quer comer "sozinho", 
assiste Backyardigans e ri muitoooo sozinho... um fofo... mas por outro lado, 
apronta o tempo todinho !!!!
Essa fase é deliciosa, mas é a fase de descobrir os limites também. 
Percebo que a ansiedade de descobrir as coisas é tanta, que nem cabe dentro dele.
Hoje fui conhecer algumas escolas, e fiquei encantada, mas também fiquei horrorizada. Prezo a higiene do local, a atitude das professoras, o espaço, os recursos, área livre para brincar, a afetividade... enfim, não aquela coisa forçada para ganhar cliente. Claro que meus bons anos como Coordenadora de escola me tornaram mais seletiva, mais tem coisas que são básicas a qualquer mortal.
Ah, sem contar as barbáries que recebo por email ou vejo na televisão de maus tratos. Isso me apavora mais do que qualquer coisa, por isso ainda acho a escola o lugar mais seguro para nossos bebês indefesos. Quanto a isso, resta pedir ao anjo da guarda, torcer pelo comprometimento da escola, uma boa dose de sorte aliado a seriedade e afetividade da professora e auxiliar.
Mas o Davi AMA crianças, é muito sociável, já está naquela em que "pede" amiguinhos, e por incrível que pareça nas melhores escolas que vi (o que não quer dizer que são as mais caras), não há vagas!!
O Davi vai para escolinha no ano que vem, até este dia chegar, vou me virando nos 30!!
Meu bebezinho está crescendo... sniffff !!!
ass: Mãe chata aos 40.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O contrário do Amor

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.
- Martha Medeiros -

Posologia


Para uma semana tranquila, 
recomendo 1 comprimido de 1 em 1 hora!!!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O pior dia de minha vida

Chorei ao ler, impossível não se comover, principalmente quem tem filhos... Um texto lindo, cheio de emoção, de dor e tristeza, mas que vale a pena ser postado aqui em homenagem a um anjinho chamado Gabriel e a dor de seu Pai.

- por Bruno Gouvea / Biquini Cavadão / http://biquinicavadao.uol.com.br/blog/?p=1609

Caros amigos, parentes e fãs!
Queria começar este post agradecendo a todos pela solidariedade, pelas mensagens de carinho, força, amor, fé, esperança por dias melhores. Em especial, meus familiares e toda equipe de minha banda, o Biquini Cavadão. Meu irmão Fábio e meu amigo Antônio Bindi conseguiram me isolar enquanto eu estava nos Estados Unidos para compor músicas pro novo disco. Sem celular e acesso a internet, não soube do ocorrido. Tinha acabado de chegar de Los Angeles em Nova Iorque. Eu e Coelho pegamos vôos diferentes e nos encontramos no aeroporto. Era para ficarmos três dias na cidade compondo com uma artista neozelandeza. Entretanto, ao encontrar meu guitarrista ele me avisou que tínhamos de voltar para “fazer um show muito importante”. Era cedo em Nova Iorque e passamos o nosso único dia na cidade perambulando pelas ruas até a hora de voltar para o aeroporto. Foi fundamental o seu cuidado comigo, me isolando de possíveis brasileiros que pudessem me dar a trágica notícia. Até no aeroporto, ele conseguiu que eu ficasse em uma sala VIP sem que eu desconfiasse de nada. Ao mesmo tempo, minha namorada Izabella me ocupava o tempo todo, distraindo-me com intermináveis ligações. Ela, cantora da banda Menina do Céu, enviou uma substituta para seus shows e ficou falando sem parar comigo, me distraindo carinhosamente. Por vezes, eu dizia que estava cansado de falar e queria aproveitar a cidade. Ela então enviava mensagens de texto para Coelho: “Ele cansou, agora, segure as pontas!”. E assim, longas horas se passaram até que o avião finalmente decolasse com destino ao Rio.
Ao chegar, fui recepcionado por uma delegação que cuidou de acelerar os tramites com imigração e alfândega (agradeço ao Governador Sergio Cabral por todo este cuidado). Nem assim, desconfiei. Pensava apenas “Nossa, este show deve ser importante mesmo!”. Para evitar sair pela porta principal, onde jornalistas nos aguardavam, me fizeram passar por trás, saindo pelo desembarque doméstico, onde fui recebido pelo meu produtor. Ele me recebeu correndo e me disse para entrar numa sala. Achei que, pela pressa toda em me retirar do local, eu devesse entrar num taxi ou ônibus para o local do show. Ouvi apenas, você tem que dar uma entrevista para a TV Globo. E foi então que notei, ao entrar na sala, que não havia show algum para ser feito, muito menos entrevista.
O primeiro que vi foi Miguel, tecladista do Biquini, mas logo estranhei a presença de Izabella. Numa rápida passada de olhos, notei que meus familiares estavam ali. Todos, menos meu pai.
- Eu já sei porque estou aqui. – tentei adivinhar
- Você sabe? – perguntou minha mãe, chorando
- Bruno, sente-se por favor – pedia meu irmão
- Meu pai….. – balbuciei
- Ele está bem, Bruno, seu pai está bem. – alguém que não me lembro, me avisou
Meu irmão insistiu para que eu sentasse enquanto começava a me dizer que uma imensa tragédia havia se abatido sobre nós.
- Gabriel ? – temi acertar
Então, meu irmão respirou fundo e me contou que Gabriel e a minha ex-mulher Fernanda haviam morrido num desastre de helicóptero em Trancoso. A irmã de Fernanda, Jordana, e seu filho Lucas, também pereceram. Me contou tudo que houve, que Fernanda ainda chegou com vida à praia mas faleceu no hospital.
- Eu não estou ouvindo isso – repetia
E os detalhes eram falados como um esparadrapo arrancado da pele: rapidamente e com muita dor.
- Meu anjinho…. – eu só conseguia dizer isso
E neste momento, Miguel, Birita, minha mãe, Izabella, todos me abraçaram e choraram muito. Eu continuava com os olhos arregalados em total choque. Magal, baixista, não parava de soluçar. Minha tia avó estava inconsolável. Cada um ali sofria minha dor que estava apenas começando.
Com a fala ofegante, eu recusei os remédios, queria ter consciência dos meus atos, e apenas pedi: por favor, me levem a eles. Uma van nos esperava e fomos direto ao Cemitério São João Baptista. Fernanda e Gabriel seriam sepultados juntos no jazigo da minha família.
Permaneci em total estado de choque. Pessoas me cumprimentavam. Colegas de estrada, amigos de longa data, diversos parentes. Minha prima Regina Casé me consolava, mas não era capaz de assimilar o que ela dizia. Sheik, da primeira formação da banda, com quem não falava há muitos anos, se reencontrou comigo. Jornalistas, músicos, primos que vieram de outras cidades, além da sofrida família de minha ex-mulher velavam os dois caixões. Não podia abri-los. No topo, apenas as fotos dos dois. O dia estava bonito e tudo parecia uma cidade cenográfica. Eu certamente acordaria deste sonho, acreditava. Em vão. A coroa de flores do Biquini dizia “Hang on, Be Strong”. Que ironia! Eram os versos de uma música em inglês que fizemos com a cantora Beth Hart em Los Angeles que diziam
Hang on, be strong/ sometimes life can slip away/

Segure firme, seja forte / Às vezes, a vida pode te escapar

Sem saber, havia composto nesta viagem a letra da música para me amparar!
Gabriel viveu 2 anos e dez meses. Tive a felicidade e honra de ser mais que um pai. Eu me apelidava de “pãe”. Logo que ele nasceu, pedi à mãe que, uma vez que a amamentação era um privilégio dela, que o banho dele fosse o meu. E todos os dias eu o banhava, trocava suas fraldas, ninava e o colocava para dormir. Viajava muito mas, em seguida, pegava o primeiro voo para vê-lo acordar e poder passear na pracinha. Eu era o único homem em meio a tantas mães e babás. Tive noites mal dormidas, traduzi-lhe com beijos o que diziam as palavras. Igualmente era o único pai nas aulas de natação para bebês. Participei de cada momento de sua vida com um mergulho intenso e de cabeça.
Fernanda foi minha mulher e companheira por dez anos, convivendo numa querida família. Em 2007, decidimos ter nosso filho e ele nasceu no dia dos pais – o maior presente que poderia receber. Por sorte ou coincidência, não tive show no dia e pude vê-lo nascer. Infelizmente, nosso relacionamento passou por crises que culminaram com nosso afastamento como casal. Divórcios sempre são estressantes mas acreditava que o tempo curaria as feridas e seríamos bons amigos.
Nós dois éramos muito ligados ao Gabriel e eu era um pai coruja que beirava o chato. Meu único assunto era ele. Os fãs se deliciavam, enquanto eu mostrava fotos mais recentes. Também fiz vários videoclipes e, junto com minha ex-mulher, postamos tudo no blog http://mimevoce.blogspot.com contando desde a gestação, passando pelo nascimento e por todos os detalhes do seu dia a dia.
Perdi duas pessoas que marcaram minha vida. E quando o padre perguntou no velório se alguém queria dizer algo, eu levantei o braço. Tirei todas as forças de dentro de mim e cantei:
Tudo que viceja, também pode agonizar… e perder seu brilho em poucas semanas….
E não podemos evitar que a vida / trabalhe com o seu relógio invisível/ tirando o tempo de tudo que é perecivel
Entre soluços e lágrimas, muitos presentes me acompanharam ao som de Impossível, sucesso do Biquini Cavadão.
O detalhe é que cantei “é impossível esquecer vocês
Ao enterra-los, veio então a difícil tarefa de voltar pra casa e ver seus brinquedos, roupas, abrir a mala e ver tudo que comprei para ele. A palavra para definir o sentimento desde então é DOR. Não uma dor latente, insistente ou aguda. É uma dor que te assalta, te maltrata e te exaspera.
Continuava chorando pouco. Só dizia para todos: “O que está acontecendo comigo? Dediquei minha vida a alegrar as pessoas, por que motivo agora tiram de mim a maior alegria de minha vida”? Incapaz de desabafar, decidi provocar o meu choro. Vi vários vídeos de meu filho, um após o outro, até que veio o grito, a dor, como uma erupção vulcânica. Urros ensurdecedores. Os vizinhos batiam à porta perguntando o que fazer para me consolar. Minha mãe em prantos, Izabella me confortando sem parar. Foi horrível, mas me senti aliviado ao conseguir. Outros descarregos deste tipo vieram ao longo da semana.
Tenho dois shows neste sábado e domingo. Depois de muito pensar, decidi fazê-los. Chamei meu amigo Marcelo Hayena, do Uns e Outros. Ele estará por perto, caso me falte a voz. Ainda assim, estou confiante em cantá-lo até o fim. O motivo é simples. Meu filho nunca viu um show meu, por ser muito pequeno. Agora, ele tem cadeira cativa. E quero fazer para o meu Gabriel, o show mais lindo do mundo. E assim serão todos que eu puder fazer pro resto de minha vida!
Obrigado a todos pela força. Não consegui ler nem metade dos recados, mas deixo aqui o meu muito obrigado emocionado e meu consolo a todos que pereceram no desastre, em especial minha querida Jordana e meu sobrinho Luquinha.
Foi o pior dia de minha vida, mas cada reza, energia, força, recado, me amparou muito. Ainda sofro mas, de agora em diante, terei de viver um dia de cada vez.
Beijem seus filhos com carinho e fiquem com Deus.
Bruno Gouveia 

Para meu filho Gabriel† 10-08-08 / 17-06-11

PARTIDA

a morte de um filho
é uma gravidez às avessas
volta pra dentro da gente
para uma gestação eterna

aninha-se aos poucos
buscando um espaço
por isso dói o corpo
por isso, o cansaço

E como numa gestação ao contrário
a dor do parto é a da partida
de volta ao corpo pra acolhida
reviravolta na sua vida

E já começa te chutando, tirando o sono
mexendo os órgãos, lembrando o dono
que está presente, te bagunçando o pensamento
te vazando de lágrimas e disparando o coração,

A morte de um filho é essa gravidez ao contrário
mas com o tempo, vai desinchando
até se transformar numa semente de amor
e que nunca mais sairá de dentro de ti.
 
 

Pensamento do dia...


Sim e Não

Amo essa música do Nando Reis...

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Formatura João Pedro

Formatura 9º ano Colégio Catarinense

Um ladrão rouba um tesouro, mas não furta a inteligência. 
Uma crise destrói uma herança, mas não uma profissão. 
Não importa se você não tem dinheiro, você é uma pessoa rica, pois possui o maior de todos os capitais: a sua inteligência. Invista nela. Estude!
- Augusto Cury -

 
Te amo filho. És meu orgulho!

Quem sou eu?

Oi! Foram muitos leitores que me mandaram por e-mail a versão integral do texto que andou sendo mencionado aqui no blog e que eu não tinha mais em arquivo. Valeu!!
Nossa, é um texto antigo à beça, e bem umbilical. Certamente deve ter sido escrito na época em que eu era colunista do site Almas Gêmeas. Tinha semana que eu simplesmente brecava, não saía nada, e quando não há assunto, o jeito é falar da gente mesmo, ainda que correndo o risco de críticas – muitos não perdoam. 
O que curti na releitura, agora, é ver que mudei muito pouco nesses mais de dez anos que se passaram entre o dia que escrevi e o dia de hoje. Ainda sigo parecida comigo. O texto, abaixo:  
- Martha Medeiros.

Quando não temos nada de prático nos atazanando a vida, a preocupação passa a ser existencial. Pouco importa de onde viemos e para onde vamos, mas quem somos é crucial descobrir. A gente é o que a gente gosta. A gente é nossa comida preferida, os filmes que a gente curte, os amigos que escolhemos, as roupas que a gente veste, a estação do ano preferida, nosso esporte, as cidades que nos encantam. Você não está fazendo nada agora? Eu idem. Vamos listar quem a gente é: você daí e eu daqui.
Eu sou outono, disparado. E ligeiramente primavera. Estações transitórias.
Sou Woody Allen. Sou Lenny Kravitz. Sou Marilia Gabriela. Sou Nelson Motta. Sou Nick Hornby. Sou Ivan Lessa. Sou Saramago.
Sou pães, queijos e vinhos, os três alimentos que eu levaria para uma ilha deserta, mas não sou ilha deserta: sou metrópole.
Sou bala azedinha. Sou coca-cola. Sou salada caprese. Sou camarão à baiana. Sou filé com fritas. Sou morango com sorvete de creme. Sou linguado com molho de limão. Sou cachorro-quente com mostarda e queijo ralado. Do churrasco, sou o pão com alho.
Sou livros. Discos. Dicionários. Sou guias de viagem. Revistas. Sou mapas. Sou Internet. Já fui muito tevê, hoje só um pouco GNT. Rádio. Rock. Lounge. Cinema. Cinema. Cinema. Teatro.
Sou azul. Sou colorada. Sou cabelo liso. Sou jeans. Sou balaio de saldos. Sou ventilador de teto. Sou avião. Sou jeep. Sou bicicleta. Sou à pé.
Você está fazendo sua lista? Tô esperando.
Sou tapetes e panos. Sou abajur. Sou banho tinindo. Hidratantes. Não sou musculação, mas finjo que sou três vezes por semana. Sou mar. Não sou areia. Sou Londres. Rio. Porto Alegre.
Sou mais cama que mesa, mais dia que noite, mais flor que fruta, mais salgado que doce, mais música que silêncio, mais pizza que banquete, mais champanhe que caipirinha. Sou esmalte fraquinho. Sou cara lavada. Sou Gisele. Sou delírio. Sou eu mesma.

Agora é sua vez.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

TRANSTORNOS MENTAIS NA ADOLESCÊNCIA

A Adolescência é um período de intensas atividades e transformações na vida mental do indivíduo, o que, por si só, leva a diversas manifestações de comportamento que podem ser interpretadas por leigos como sendo doença. Assim sendo, muitas das manifestações ditas normais da adolescência podem se confundir com doenças mentais ou comportamentos inadequados. 

Exemplo disso é o uso de drogas, que pode constituir-se em um caso de dependência, mas também pode constituir-se em um simples comportamento de experimentação da vida. Temos de ter o cuidado inicialmente de avaliar bem o comportamento de um adolescente, antes de se garantir a existência ou não de um transtorno mental. Para tanto é necessário se conhecer um pouco acerca do que chamamos de "adolescência normal". 

Adolescência Normal
A adolescência é a fase da vida em que a pessoa se descobre como indivíduo separado dos pais. Isso gera um sentimento de curiosidade e euforia, porém também gera sentimentos de medo e inadequação. Um adolescente está descobrindo o que é ser adulto, mas não está plenamente pronto para exercer as atividades e assumir as responsabilidades de ser adulto. Assim sendo ele procura exemplos, de pessoas próximas ou não - ídolos artísticos ou esportivos, entre outros - para construir seu caráter e seu comportamento. 

Também é visível a necessidade do adolescente de contrariar a vontade ou as idéias dos pais. Esse comportamento opositor aos pais acontece em decorrência da necessidade do adolescente de separar-se dos pais, ser diferente deles, para construir sua própria identidade como pessoa. Ao mesmo tempo, o adolescente pode não se ver capaz ainda de se separar desses pais, gerando então nele um sentimento de medo. De um lado a necessidade de separar-se dos pais para ser um indivíduo diferente e de outro lado a dificuldade de assumir a posição adulta (com suas responsabilidades e desejos) levam o adolescente a uma fase de intensa confusão de sentimentos, com uma constante mudança de opiniões e metas, e com um comportamento bastante impulsivo. 

Embora haja grande quantidade de conhecimento existente hoje sobre esse assunto, é necessário alertar que muitos dos comportamentos atípicos manifestados pelos adolescentes podem apenas ser uma busca por sua identidade, e não uma doença mental específica. 

Cabe também lembrar que muitas vezes os adolescentes necessitam de ajuda profissional nesse processo de "ser adulto", o qual, mesmo não se constituindo em doença mental, pode constituir-se em sofrimento para o adolescente, podendo ele beneficiar-se, e muito, de intervenções psicológicas.

Dentre os transtornos mais comuns vistos na adolescência, destacam-se os seguintes:
Transtornos do Humor
É o grupo onde se incluem as doenças depressivas, de certo modo comuns na adolescência, acompanhadas das mais diversas manifestações. Podem apresentar humor deprimido (tristeza) acentuado ou irritabilidade (que por si só pode ser manifestação normal da adolescência), perda de interesse ou prazer em suas atividades, perda ou ganho de peso, insônia ou excesso de sono e abuso de substâncias psicoativas (mais comumente álcool, porém até outras drogas). O tratamento desses transtornos envolve o uso de fármacos (antidepressivos), associados a psicoterapia.
Transtornos Alimentares
Onde se incluem a Bulimia (ataques de "comer" compulsivo seguidos, muitas vezes, do ato de vomitar) e Anorexia (diminuição intensa da ingesta de alimentos). A pessoa demonstra um "pavor" de engordar, tomando atitudes exageradas ou não necessárias para emagrecer, mantendo peso muito abaixo do esperado para ela. O tratamento desses transtornos envolve uma equipe multidisciplinar (psiquiatra, nutricionista), fármacos antidepressivos e psicoterapia, necessitando em alguns casos de intervenções na família.
Transtornos do Uso de Substâncias Psicoativas
O uso de drogas, como é conhecido, é um tipo de alteração de comportamento bastante visto na adolescência. A dependência de drogas, que é o transtorno mais grave desse grupo, manifesta-se pelo uso da substância associado a uma necessidade intensa de ter a droga, ausência de prazer nas atividades sem a droga e busca incessante da droga, muitas vezes envolvendo-se em situações ilegais ou de risco para se conseguir a mesma (roubo e tráfico). O tratamento envolve psicoterapia, educação familiar e alguns fármacos, por vezes necessitando internação hospitalar.
Transtornos de Conduta
Caracterizam-se por comportamentos repetitivos de contrariedade a normas e padrões sociais, conduta agressiva e desafiadora. Constitui-se em atitudes graves, sendo mais do que rebeldia adolescente e travessuras infantis normais. Essas pessoas envolvem-se em situações de ilegalidade e violações do direito de outras pessoas. Aparecem roubos, destruição de patrimônio alheio, brigas, crueldade e desobediência intensa como algumas das manifestações. O tratamento envolve basicamente psicoterapia, podendo-se utilizar alguns fármacos no controle da impulsividade desses pacientes. São transtornos de difícil manejo, e muitas vezes necessitam de intervenções familiares e sociais.
Transtornos de Ansiedade
Os transtornos de ansiedade incluem desde a ansiedade de separação e a fobia escolar, condições que ocorrem quase que exclusivamente na infância, até o transtorno obsessivo compulsivo, transtorno de ansiedade generalizada, estresse pós-traumático, síndrome do pânico e fobias. Pessoas que vivem com um grau muito intenso de ansiedade podem chegar a ter prejuízos no seu funcionamento, por exemplo social, em decorrência dessa ansiedade. Além de causar importante sofrimento físico e psicológico, as conseqüências dos sintomas ansiosos costumam ser desmoralizantes e incapacitantes em mais de uma esfera, como por exemplo social, ocupacional, escolar e familiar. Os sintomas podem iniciar tanto na infância quanto na adolescência , e podem ser tanto primários, quanto secundários ou ocorrerem em comorbidade com outros sintomas psiquiátricos. O tratamento envolve basicamente psicoterapia, podendo-se recorrer a alguns fármacos como coadjuvantes.
Transtornos de Ansiedade
Pessoas que vivem com um grau muito intenso de ansiedade, chegando a ter prejuízos no seu funcionamento, por exemplo social, em decorrência dessa ansiedade. Pode aparecer na adolescência sob a forma de ansiedade de separação, geralmente dos pais, aparecendo em adolescentes que não conseguem manter atividades sem a presença dos mesmos. São extremamente tímidos, e muitas vezes, não conseguem obter prazer em quase nenhuma atividade fora de casa. O tratamento envolve basicamente psicoterapia, podendo-se recorrer a alguns fármacos como coadjuvantes.
Transtornos Psicóticos
Nessa fase da vida muitos transtornos psicóticos, por exemplo a esquizofrenia, iniciam suas manifestações. Esses transtornos são graves, muitas vezes necessitam internação hospitalar e são caracterizados por comportamentos e pensamentos muito bizarros e distorcidos frente a realidade. O tratamento baseia-se em tratamento medicamentoso com o uso de antipsicóticos e psicoterapia de apoio. São transtornos, em sua maioria, cronificantes, principalmente se não tratados.

Cuidados a tomar na Avaliação Diagnóstica
São muitas as possibilidades de transtornos mentais nessa fase da vida, mas todas as situações devem ser muito bem avaliadas antes de se fechar um diagnóstico, principalmente na adolescência. Além das dificuldades pessoais dos adolescentes e de sua intensa modificação corporal e mental, o que por si só já pode gerar comportamentos e sentimentos de inadequação, suas atitudes podem ainda refletir problemáticas familiares. Assim sendo, sem uma devida avaliação do adolescente é, no mínimo imprudente, caracterizá-lo como tendo uma doença mental específica. 

Colaboradoras:
Dra. Alice Sibile Koch
Dra. Dayane Diomário da Rosa

Corpus Christi - significado

O nome vem do latim e significa Corpo de Cristo
A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia - o sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. 

Acontece numa quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue. 

"O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. 

O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente" (Jo 6, 55 - 59).

Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós. 

A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o papa Urbano IV através da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo", estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a Santo Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. 

Compôs o hino Lauda Sion Salvatorem (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes. A procissão com a hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que lea se tornou um grande cortejo de ação de graças.

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.

A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ale é alimentado com o próprio corpo de Cristo. 

Durante a missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja. 

Clarice Lispector

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!


13 brinquedos pra lá de estranhos

Estava lendo o blog Mulher e Mãe que adoro demais, e me deparei com este texto da Calú, e não tive como não postar aqui... seria cômico se não fosse trágico! Ah que saudade da MINHA infância!!!

DIRETO DO BLOG MULHER & MÃE / Por Calú

Em qualquer passeio numa loja de brinquedos, eu vejo alguns ítens nas prateleiras que juro que não me conformo que alguém pague por eles... Mas nada, repito: nada que eu já tenha visto se compara a esta seleção.

Fiz uma pesquisa pela internet e classifiquei os que são, na minha opinião, os brinquedos mais engraçados/estranhos/bizarros/freaks do mundo. Todos eles são, ou foram, vendidos comercialmente.

Fala sério: tem gente que tem essas idéias, gente que patrocina ou coloca dinheiro nelas e pior ainda: gente que compra estes brinquedos!!!!

Vamos escolher o mais bizarro? Deixe seu TOP 5 nos comentários!

Vejam que lista engraçada eu preparei:

#13 - Senso da Aliança do Bem
Esqueça a Liga da Justiça. Algum fabricante chinês com distribuição no Paraguai, criou a nova sensação do momento: o "Senso da Aliança do Bem" inclui Superman, Batman, Homem-Aranha, um Power Ranger, Shrek e um personagem do filme "Carros". Isso não tem pé nem cabeça. Nem respeito pelos direitos autorais, na verdade. Mas que é uma turma engraçada de ver junto, isso é.
Quem sabe não fazem um filme, deles? Com Renato Aragão, Conrado, e grande elenco. Em breve num cinema perto de você!



#12 - Carrinho de Limpeza de banheiro
Que menina não sonha em crescer e limpar banheiros? Se essa for a grande ambição e sonho da sua princesa, esse é o presente certo. Vem com rodinhas, para ser levado pela casa, balde, vassoura, escovão de privada.... Eu só queria saber porque essa menina está sorrindo na foto.
Se alguém tiver uma filha assim, querendo brincar de limpar banheiro, aproveita e já pede ajuda em casa. Gasta menos e é mais educativo! (Via Feministing)



#11 - Caixa Registradora super educativa
Esse brinquedo entra nessa lista por um único detalhe: esta é uma caixa registradora que ensina aos nossos filhos os oito grupos alimentares: brinquedos, milho, manteiga, cerveja, música, bifes, bolos e maçãs!
Como alguém recebe dinheiro para criar isso??? Alguém me explica? 




#10 - Micróbios Gigantes
Nas minhas andanças pela internet eu consegui achar praticamente TUDO de pelúcia, mas esse chamou minha atenção.
Você sabia que você pode presentear seu filho com bactérias e virus de pelúcia? Porque alguém faria isso eu não sei... Mas no site tem até a seção dos "mais vendidos".
Na minha seleção abaixo temos Clamidia, Salmonela e Herpes.
Se alguém se animou a fazer um pedido, aqui está dos Micróbios Gigantes link (se você comprar um desses, por favor escreva para mim contando o porque!!! Preciso entender!)
 


#9 - Cocôs de pelúcia
Sim, existe um site que vende apenas cocôs de pelúcia...
Estes bonecos supostamente deveriam ajudar no desfraldamento (eu imagino que essa seja a intenção), mas os tipos de cocôs e detalhes dos excrementos me faz acreditar que a única ajuda é em danos psicológicos.
A primeira foto é do "Cocô gordinho" e a segunda é do "Cocô sorriso de milho"
Eu não sei vocês, mas eu não teria muito orgulho em mandar meus filhos dormirem na casa do amiguinho com seu cocozinho de estimação....  (link)




#8 - Boneca Pole Dancer
Esta definitivamente entra na categoria: bonecas com baixa auto-estima.
Mas o que eu mais gosto nela é que a pesar dessa profissão de gosto duvidoso, ela usa um belo penteado careta-americano dos anos 50 e uma roupa recatada (não que cetim brilhante fosse minha 1ª opção para a missa de domingo...)
Será que fizeram isso para que as mães tivessem menos preconceito e presenteassem suas filhas com essa dona de casa, com um lado B meio sacaninha? hahahahaha
(via NY Daily News)



#7 - Barbie Trash
Imaginem uma versão trash da Barbie. Agora dê a ela 7 filhos, um trabalho de garçonete, um trailer aonde ela mora com todos eles, coloque bobes no seu cabelo, um cigarro no canto da boca, uma maquiagem carregada e mal feita e você terá nossa querida: "Turleen"
Além de tudo isso, ela ainda está grávida e tem um umbigo saltado da barriga. Se você aperta o umbigo ela fala frases como: "Me dá outra cerveja, estou bebendo por dois!" / "Bubba Jr, sai de cima da sua irmã!"
(link com mais fotos)


#6 - Pirulito Jar-Jar Binks

Eu adoro Star Wars e o Jar-Jar Binks é sem dúvida o personagem mais carismático dessa nova safra. Com esse super pirulito, agora todo mundo pode dar um belo beijo de língua em nosso personagem tão amado!
Completamente nonsense, né? E a lingua dele tem tipo umas bolotas (seriam as papilas gustaivas?) Nojento!
Pensando alto: A versão George Clooney ninguém faz...
(via Amazon)


 
#5 - Kaba-Kick
Pela cara deste moleque, esse é o brinquedo mais divertido ou mais doloroso do mundo. O que até faz sentido, porque é uma versão infantil da roleta russa (oi?!)
Kaba Kick é uma roleta japonesa russa para crianças. A criança aponta a arma para sua própria cabeça e puxa o gatilho. Ao invés de balas, um par de pés chuta a cabeça da criança. (na forma de um hipopótamo rosa -gente não pára de piorar. Japoneses on pills total, hein?! ). Se a arma não disparar, o jogador ganha pontos. (link)

Eu certamente gostaria que meus filhos brincassem com este jogo super saudável e suicida!





#4 - Animais atropelados
Porque não há melhor maneira de educar uma criança saudável e bem-ajustada do que lhe dar um animal morto de pelúcia de Natal.
Você ainda pode escolher entre gato, cachorro, racoon... Todos vêm com essa cara esbugalhada e um ziper na barriga. Ao abrir você pode tirar pra fora todas as tripas dele! (via Roadkill Toys)


#3 - Não sei definir o que é isso
Parto normal/natural é lindo, eu realmente admiro, e tals... Mas gente, alguém me explica o que é isso?!?!
Não sei se começo analisando o cabelo, os pêlos pubianos ou o bebê pedindo socorro.
Não parece que ela sentou em cima do filho e ele está abanando o braço pedindo ajuda?
Agora o peitinho continua empezinho...  Acho que o meu não ficou assim porque eu tive cesárea... hahahaha

#2 - Fronha Superman
Esta fronha é absurda em todos os sentidos! Vejam as frases que vem na embalagem: "Transforme seu travesseiro no seu maior amigo" / "Stuff, hug and play" que traduzindo seria algo como "Enfie, Abrace e Brinque" E as fotos do menino abraçando ele por trás...
Eu acho que na cabeça de quem criou, esse deve ser o Super Sopro... mas mesmo assin, né?




#1 - Shave the Baby

OK, este definitivamente está no topo da lista como o brinquedo mais perturbador de todos os tempos! O boneco super peludo "Shave the Baby" ou "Depile o Bebê" tem tufos de cabelo espesso de cor laranja saindo de seus tornozelos, axilas e, mais preocupante, sua região pubiana, e foi projetado com a intenção - segundo o fabricante - de dar à dona da boneca o prazer de raspagem. Perai, que??? Prazer de raspagem??? Oi?!

Para a maioria das mulheres, depilar-se é um incômodo. Então porque, diabos a gente iria querer fazer isso com um boneco bebê??? Por favor, não respondam essa pergunta. (Link)

Blog Força na Peruca

POR MÁRCIA CABRITA
Revista O Globo - Escrevi essa crônica para revista do Globo há tempos, mas até hoje me param na rua para comentá-la. Como ando sumida por aqui resolvi reproduzi-la. Bjs

Eu fiquei gravemente doente. Ao contrário do que muitos fantasiam, não tirei de letra. Não sei o porquê, mas existe uma idéia estapafúrdia de que quem está com câncer tem que, pelo menos parecer herói. Nãnanina não! Quem recebe uma notícia dessas não consegue ter pensamentos belos. Bem... eu não conseguia. A cobrança de positividade acabou se tornando um problema. Me olhava no espelho branca, magrela e de cabelos curtinhos (antes de caírem) e me achava pronta para fazer figuração na Lista de Shindler. Achava que não tinha chance de sobreviver à cirurgia, só pessoas que não tinham maus pensamentos sobreviviam. Muitas vezes deixei de comprar coisas para mim porque tinha que deixar tudo para minha filha. Bem, se na minha cabeça era esse o pensamento que reinava ... Sem chance.
O mundo moderno é incrível. Tudo é maravilhoso, não existe sofrimento! As separações são sempre amigáveis e sem lágrimas, as mães não tem mais o direito de embarangar e ficar em casa lambendo a cria. Um mês depois estão lindas, magras, com barriga sarada! Os atores não ficam desempregados, estão sempre felizes com um convite que ainda não pode ser revelado! Quimioterapia é moleza! Vem cá, só eu que não moro na Disney?
Hoje percebo que precisei viver esse luto. Ele passou, apesar do medo fui confiante para o hospital. Mas outras angústias vieram. Sofri pelo que é “o de menos”, chorei pelos cabelos, pelas sobrancelhas, pelos cílios e pelo ... resto que vocês sabem. Chorei pelas dores , enjôos, injeções e tudo mais. Eu me dei esse direito. Eu me dei o direito de ser humana. A Mulher Maravilha mora na televisão, eu moro na Gávea mesmo. A Mulher Maravilha dá aquela giro e sai linda e poderosa correndo para salvar pessoas. Se eu fizesse a mesma coisa cairia estabacada com a careca no chão. Então meu giro foi bem devagarzinho segurando na mão de minha mãe, de minha irmã e de meus queridos amigos e familiares. Girei amparada por dr Eduardo Bandeira, por Virginia Portas, dr Celso Portela e todos enfermeiros e profissionais de medicina que foram simplesmente maravilhosos comigo. Girei rindo e chorando com centenas de comentários no meu blog onde eu virei praticamente uma conselheira oncológica. Girei brincando com minha filha que fez questão de ir para escola de lenço na cabeça “igual a mamãe porque é muito legal”. Girei para salvar a mim mesma.
Sinceramente, não acredito em uma seleção divina. Muitas pessoas bacanas e crianças morrem e isso não é nem um pouquinho justo. Acho um saco quando dizem “ Fulano perdeu a batalha contra o câncer” , “Fulana tem tanta vontade e alegria de viver que foi salva”ou “ O amor por meus filhos me salvou”. Me parece tremendamente injusto. Quer dizer que quem morre não amava a vida? O amor pelos filhos não era grande o suficiente? A fé foi pouca? Pensamento bem cruel, não é mesmo? E é uma coisa bem esquisita, isso só acontece com o câncer, a única doença tão estigmatizada. Ninguém diz que alguém perdeu a batalha para o enfarte, nem que amava tanto a vida que ficou bom da tuberculose.
Re-mis-são. Estou em remissão. Quem não apresenta mais sinais da doença pelo corpo não pode sair correndo gritando que está curada, então saio correndo e gritando que estou em remissão!!! Eba! Remissão é muito bom!!
Vi uma foto minha na internet com meus companheiros de Subversões Aloísio e Salem em que estou com um largo sorriso. Eu estava verdadeiramente feliz. Sem a pílula da felicidade, sem fingir meus sentimentos, sem bancar a maravilhosa. Era eu simplesmente feliz.
E agora ... chega desse assunto! Eu sou atriz e tô mais preocupada com o um convite que não pode ser revelado.
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