sexta-feira, 27 de julho de 2012

Estudo mostra diferenças entre homem e mulher na forma de expressar amor


Que homens e mulheres expressam o amor de formas diferentes não é muita novidade --anos de guerra dos sexos e horas de "D.R" estão aí para provar. O que um recente estudo mostra é como cada sexo demonstra o sentimento.
A pesquisa acompanhou por 13 anos casais que estavam no primeiro casamento. "Nas sociedades ocidentais, as mulheres são consideradas mais hábeis que os homens para expressar o amor em relacionamentos românticos [...] Essa ideia de 'amar diferente' raramente é examinada de forma empírica", escrevem os pesquisadores, da Universidade do Texas em Austin, na introdução do artigo, recém-publicado no site da revista "Personality and Social Psychology Bulletin".
Segundo os autores, contrariando as expectativas, o estudo mostrou que os dois sexos têm a mesma habilidade e disposição para demonstrar o amor. O que muda é o jeito.
As mulheres fazem isso principalmente suportando coisas ruins (evitando a 'negatividade' e sendo menos 'antagonista', como dizem os cientistas) e usando atitudes positivas, como elogios e beijos, para criar um clima agradável.
"Ao conter a 'negatividade' elas entendem que demonstram uma preocupação especial com o marido [...] A contenção é quase um autossacrifício que dá espaço para os homens se afirmarem."
Já eles expressam o afeto por meio do companheirismo, da partilha de atividades de lazer ou domésticas. E, também, pela vontade de fazer sexo com a parceira.
"O sexo parece ser um importante canal por meio do qual homens expressam seus sentimentos amorosos."
Para chegar às conclusões, os pesquisadores acompanharam 168 casais que estavam no primeiro casamento. Homens e mulheres passaram por quatro entrevistas separadamente, em que eram convidados a descrever e analisar as últimas 24 horas.
A primeira entrevista foi dois meses depois do casamento, a segunda e a terceira no intervalo de um ano e a quarta depois de 13 anos --quando só 105 dos 168 casais ainda estavam juntos (56 tinham se divorciado, três ficaram viúvos e quatro não foram encontrados).

JULIANA VINES
DE SÃO PAULO / FOLHA DE SÃO PAULO.

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