terça-feira, 8 de março de 2011

Mudando a sintonia

Os estados de desânimo e tristeza têm um poder tão grande de nos “derrubar” que, se não os enfrentarmos combatendo-os de frente, procurando sair da sintonia inicial exercida por eles, nos veremos à frente de grandes obstáculos para superá-los. Ultimamente é grande o número de pessoas presas nesses estados e que lutam com grandes dificuldades para livrarem-se deles, muitas vezes necessitando de ajuda, por não conseguirem, sozinhas, sair das situações de desânimo e de sofrimento.


Para quem está preso a esses estados o essencial é procurar de imediato um apoio, pedir ajuda, desabafar com alguém, procurar terapias alternativas, psicólogos, terapeutas, e também a ajuda espiritual, pois ela é essencial para fortalecer o espírito no combate às crises de depressão que afetam, às vezes com bastante intensidade, a vida de muita gente.


A vida está sempre nos propiciando experiências necessárias ao nosso burilamento interior e, muitas vezes, temos que seguir por “caminhos estreitos”, representados pelas mágoas, enganos, perdas, decepções, traições, enfim, obstáculos que deveremos ultrapassar e que nos surgem, principalmente, quando nos enclausuramos em nosso mundo interior e nos fechamos às mudanças necessárias para seguirmos adiante e nos transformarmos em seres melhores, domarmos nosso ego e sairmos de nosso comodismo e de nossa eterna carência.


Existem pessoas infelizes e desconectadas da vida e das experiências que ela oferece por razões diversas; desde problemas da encarnação atual até fatos originários de vidas passadas que precisam ser suplantados, assim como pode também ocorrer vinculações com mentes doentias de desencarnados, causando todo tipo de mal-estar, desde descontrole emocional até os estados mórbidos de tristeza, desânimo e depressão. Tudo isso influi demais para que a pessoa sinta um grande vazio e ache a vida sem sentido. Por essa razão, quem tiver propensão para os estados de desânimo e depressão deve procurar o apoio certo para o seu caso que, passando por várias correntes de tratamento ajudará a suplantar esses estados.


Tem gente que interioriza demais seu sofrimento, a um tal ponto que, na verdade, não consegue viver sem sofrer. Torna-se altamente angustiada com tudo que a rodeia, fazendo de qualquer perda ou obstáculo motivo para imergir totalmente no sofrimento e dele alimentar-se exclusivamente, negando-se ou fechando-se a qualquer ajuda. Sente-se desvinculada do mundo, sem motivo ou estímulo para contrapor-se ao sofrimento e com um grande vazio na alma que nada consegue preencher.


Quando nos sentimos como um “peixe fora d’água” é de fundamental importância procurarmos ajuda, ou seja, quando nada no mundo nos atrai, quando nos sentimos diferentes e achamos que ninguém nos compreende, devemos procurar socorro, pois esses são fatores que nos alertam para procurarmos um sentido maior para a vida, que meditemos no seu real significado e procuremos dar um importante passo em busca de nossa cura interior.


Não precisamos e nem devemos conviver com tanto sofrimento e desgaste emocional em nosso caminho. Somos seres criados para a luz e não carregamos - isto é a mais pura verdade - fardos mais pesados que nossas forças. Deus sempre nos dá aqueles proporcionais aos nossos ombros, aqueles que conseguimos “suportar”.


O que precisamos entender é que para se debelar totalmente um problema depressivo, é necessário recorrer-se à terapia e também à mudança de sintonia dos pensamentos, pois embora a terapia seja de fundamental importância no tratamento, tem que ser acompanhada de uma transformação interior, da mudança de hábitos, pensamentos e tendências pessimistas, pois só assim é que se dará a cura interior das pessoas que se encontram, de alguma forma, desviadas do verdadeiro sentido da vida, sem forças ou condições de saírem das situações de sofrimento e dor.


Busquemos caminhos alternativos de ajuda para nos fortalecermos interiormente e suplantarmos os obstáculos, indo ao encontro da paz e do amor a que todos temos direito. Precisamos resolver nossos problemas e não ficarmos inertes, esperando que eles, por um passe de mágica, sumam de nossa vida; o que precisamos entender é que nem sempre tudo o que nos acontece é injusto e que, se nos entregarmos ao desalento e pessimismo, não vamos certamente nos impregnar de força e otimismo. Precisamos contrapor ao nosso sofrimento a força do desejo de mudar, olharmos por um outro ângulo aquilo que estamos vivenciando.

Mudar a perspectiva de vida, encarar os erros como lições, superar a ansiedade e as preocupações, são de grande valia para nossa saúde emocional. Envidemos esforços para que, no presente, possamos nos fortalecer espiritualmente e tentarmos mudar a sintonia dos pensamentos ruins que favorecem os estados de desânimo e descrença.

Meditemos nas palavras de Joana de Angelis, que através da psicografia de Divaldo Franco, no livro "Celeiro de Bênçãos", nos exorta a fugirmos desses estados de desânimo e descrença e a fortalecermos nosso íntimo para que atravessemos com mais tranqüilidade os problemas da vida:

" Queixas-te, amargurado, ante os problemas que se sucedem, considerando não teres sido aquinhoado com ensejos de ventura e triunfo de que outros se beneficiam. As tuas hão sido lutas sem quartel, provocadoras de desatinos que te estiolam os propósitos de enobrecimento. Os dias se sucedem cansativos debilitando as tuas fibras morais de tal modo que, mesmo emulado a uma salutar reação não te dispões concretá-la. Paisagens cinzas, agitadas pelas tormentas desanimadoras constituem os horizontes do teu caminho. Desaires e pessimismo são os estados dalma que assinalam a marcha. Outrora sonhavas; agora defrontas pesadelos. Antes crias; ora te açoitam as dúvidas. A princípio sorrias; depois sulcaste a face coma dureza de expressão. Ontem o entusiasmo te esflorava as aspirações; hoje a visão da esperança recobre-se de amargura. Atabalhoado com os resultados a que chegas, estás sem rumo e interrogas: "Que fazer?" Só há uma opção: seguir adiante, colocando o sol dalegria na penumbra das dores. Nem tudo, porém, aconteceu, conforme te parece. Erras no conceito com que interpretas a vida, como te equivocaste nas atitudes assumidas(...)

Quando as concessões da juventude te exornavam o corpo, assumiste compromissos perniciosos e gastaste as energias no jogo ilusório do prazer imediato. Nos períodos de paz esqueceste da elaboração de um programa de trabalho primoroso, entregando-te ao repouso, desconcertante. Às aquisições significativas em formas de amizades, afeições, estudo, meditação, operosidade cristã, intercâmbio fraterno, preferiste outros valores(...) Natural que defrontes o vazio refertando o íntimo e as dificuldades tornando-se impedimentos por fora.

Expulsa a nuvem da queixa e oferta-te a bênção lenificadora de um ponderado reexame com nova disposição. Sempre é hoje, o momento precioso para um recomeço santificando, assim, as horas que ainda terás. Não o proteles, arrimado à cruz inútil da autocomiseração. A oportunidade perdida, mesmo quando se repete, já não são as mesmas as circunstâncias e condições.


Paz e luz a todos!!!!

(Guilherma Batista)

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