Faz parte da natureza humana a busca do amor. Queremos ser aceitos, compreendidos, ser amados, enfim. Queremos sentir o calor humano, sem o qual é quase impossível sobrevivermos saudavelmente. O engano, porém, é concentrar essa busca de afeto somente fora de nós mesmos, o que faz prevalecer um constante desassossego interno.
Ao tomar consciência dessa intranquilidade, uns vão procurar se olhar e se compreender melhor através da busca do autoconhecimento. Optam por dar um mergulho nas suas profundezas, para emergir com mais paz, amor e sabedoria.
Outros, na ânsia de serem aceitos e amados, entram em caminhos distorcidos, feitos de atalhos, cheios de ilusões. E quanto mais caminham, mais distantes ficam do que buscam. Fogem do sentir a si mesmos, da verdade de suas vidas, através do sexo, da conquista do poder, do dinheiro, do status social, bem como do uso do álcool e de outras drogas.
Há, também, um outro tipo deamortecimento muito comum: a fuga da realidade através do fazer, do trabalho. As pessoas se mantêm muito ocupadas, fazendo algo o tempo inteiro, mesmo que o corpo não aguente. Tornam-se workholics. Ao parar, vão entrar em contato com as emoções e sentimentos reprimidos que lhes causam dor e sofrimento. E, para não sentir, não param. No entanto, é olhando a dor de frente que ela se dissolve e as suas marcas podem ser apagadas de modo natural. A vida faz os ajustes necessários, no devido tempo.
Inquietações, desconfortos ou dores, cujas raízes são internas, não se eliminam com coisas do mundo externo. Acumulação de bens materiais, poder e status social não curam os problemas de ordem emocional de ninguém, ao contrário, camuflam a realidade, impedindo o processo de transformação.
Se não acordamos em tempo, corremos o risco de viver sempre isolados de nós mesmos e procurar no mundo externo o que está dentro: a nossa fonte suprema de amor. Se não conseguimos voltar os olhos para dentro de nós mesmos, não obtemos o almejado sustento emocional e espiritual. Tornamo-nos adultos infantis, carentes e dependentes.
Quantas vezes desejamos e cobramos das pessoas com as quais nos relacionamos algo que não fomos capazes de nos dar, como atenção, amizade, aceitação, carinho, respeito, compreensão? Como querer que o outro nos dê aquilo que não nos damos? É contraditório...
Se nos aprofundamos no autoconhecimento, não ficamos carentes e necessitados o tempo todo de atenção externa, vamos descobrir que dentro de nós existe um tesouro, que nos acalenta eternamente, um bálsamo sagrado de silêncio e amor, que nos ampara em qualquer situação. O nosso valor não dependerá de nota dez ou zero de ninguém a nosso respeito. Ganhamos forças para encarar a realidade e deixamos as ilusões, imagens e fantasias caírem. Não ficamos à mercê do julgamento do outro. Vamos ser nós mesmos, mais livres, amorosos e espontâneos, com menos julgamentos e muito mais aceitação, conosco e com os outros. Existem pouquíssimas coisas que poder e dinheiro não compram, entre elas, a paz de espírito, a verdadeira autoestima e o amor sincero de alguém.
Se conseguirmos nos relacionar com mais harmonia conosco, em primeiro lugar, os relacionamentos com as pessoas ao nosso redor serão fundamentados no compartilhar, vidas que se encontram em uma dada dimensão de tempo e espaço. Bem diferente de uma relação de necessidades e exigências, que coloca o outro como um objeto, com o dever de nos nutrir e atender as nossas demandas, por mais absurdas que sejam.
À medida que nos interiorizamos, expande-se em nós o sentimento de autoaceitação e amadurecemos emocionalmente. Consequentemente, aumentamos as nossas possibilidades de atrair pessoas com as quais podemos nos relacionar de forma mais consistente e amorosa, com base no respeito recíproco e com uma troca sincera de afeto, ao invés do apego e da dominação que "coisificam" as pessoas.
O amor não contempla a posse e o apego. Se um número maior de pessoas tivesse abertura, coragem para sair da parte periférica do ser e aprofundar o contato interno, não haveria tanta miséria afetiva, haveria muito mais encontros, que nutrem as pessoas, do que desencontros, que frustram, decepcionam e ferem uns aos outros. Entretanto, grande parte prefere a pseudossegurança das suas cascas e das águas rasas. E, no raso, não dá para conhecer quem realmente somos. A nossa essência fica esquecida, adormecida e a nossa capacidade de dar e receber amor permanece encolhida.
As potencialidades mais belas do ser humano ficam invisíveis vistas da superfície. Se quisermos descobri-las e vivenciá-las, temos que perder o medo das águas profundas e dar um mergulho no nosso ser, de onde resgatamos o senso maior de dignidade, respeito e valorização da nossa expressão. Assim, abrimos passagem para o amor entrar e fluir em nossas vidas.
Ao tomar consciência dessa intranquilidade, uns vão procurar se olhar e se compreender melhor através da busca do autoconhecimento. Optam por dar um mergulho nas suas profundezas, para emergir com mais paz, amor e sabedoria.
Outros, na ânsia de serem aceitos e amados, entram em caminhos distorcidos, feitos de atalhos, cheios de ilusões. E quanto mais caminham, mais distantes ficam do que buscam. Fogem do sentir a si mesmos, da verdade de suas vidas, através do sexo, da conquista do poder, do dinheiro, do status social, bem como do uso do álcool e de outras drogas.
Há, também, um outro tipo deamortecimento muito comum: a fuga da realidade através do fazer, do trabalho. As pessoas se mantêm muito ocupadas, fazendo algo o tempo inteiro, mesmo que o corpo não aguente. Tornam-se workholics. Ao parar, vão entrar em contato com as emoções e sentimentos reprimidos que lhes causam dor e sofrimento. E, para não sentir, não param. No entanto, é olhando a dor de frente que ela se dissolve e as suas marcas podem ser apagadas de modo natural. A vida faz os ajustes necessários, no devido tempo.
Inquietações, desconfortos ou dores, cujas raízes são internas, não se eliminam com coisas do mundo externo. Acumulação de bens materiais, poder e status social não curam os problemas de ordem emocional de ninguém, ao contrário, camuflam a realidade, impedindo o processo de transformação.
Se não acordamos em tempo, corremos o risco de viver sempre isolados de nós mesmos e procurar no mundo externo o que está dentro: a nossa fonte suprema de amor. Se não conseguimos voltar os olhos para dentro de nós mesmos, não obtemos o almejado sustento emocional e espiritual. Tornamo-nos adultos infantis, carentes e dependentes.
Quantas vezes desejamos e cobramos das pessoas com as quais nos relacionamos algo que não fomos capazes de nos dar, como atenção, amizade, aceitação, carinho, respeito, compreensão? Como querer que o outro nos dê aquilo que não nos damos? É contraditório...
Se nos aprofundamos no autoconhecimento, não ficamos carentes e necessitados o tempo todo de atenção externa, vamos descobrir que dentro de nós existe um tesouro, que nos acalenta eternamente, um bálsamo sagrado de silêncio e amor, que nos ampara em qualquer situação. O nosso valor não dependerá de nota dez ou zero de ninguém a nosso respeito. Ganhamos forças para encarar a realidade e deixamos as ilusões, imagens e fantasias caírem. Não ficamos à mercê do julgamento do outro. Vamos ser nós mesmos, mais livres, amorosos e espontâneos, com menos julgamentos e muito mais aceitação, conosco e com os outros. Existem pouquíssimas coisas que poder e dinheiro não compram, entre elas, a paz de espírito, a verdadeira autoestima e o amor sincero de alguém.
Se conseguirmos nos relacionar com mais harmonia conosco, em primeiro lugar, os relacionamentos com as pessoas ao nosso redor serão fundamentados no compartilhar, vidas que se encontram em uma dada dimensão de tempo e espaço. Bem diferente de uma relação de necessidades e exigências, que coloca o outro como um objeto, com o dever de nos nutrir e atender as nossas demandas, por mais absurdas que sejam.
À medida que nos interiorizamos, expande-se em nós o sentimento de autoaceitação e amadurecemos emocionalmente. Consequentemente, aumentamos as nossas possibilidades de atrair pessoas com as quais podemos nos relacionar de forma mais consistente e amorosa, com base no respeito recíproco e com uma troca sincera de afeto, ao invés do apego e da dominação que "coisificam" as pessoas.
O amor não contempla a posse e o apego. Se um número maior de pessoas tivesse abertura, coragem para sair da parte periférica do ser e aprofundar o contato interno, não haveria tanta miséria afetiva, haveria muito mais encontros, que nutrem as pessoas, do que desencontros, que frustram, decepcionam e ferem uns aos outros. Entretanto, grande parte prefere a pseudossegurança das suas cascas e das águas rasas. E, no raso, não dá para conhecer quem realmente somos. A nossa essência fica esquecida, adormecida e a nossa capacidade de dar e receber amor permanece encolhida.
As potencialidades mais belas do ser humano ficam invisíveis vistas da superfície. Se quisermos descobri-las e vivenciá-las, temos que perder o medo das águas profundas e dar um mergulho no nosso ser, de onde resgatamos o senso maior de dignidade, respeito e valorização da nossa expressão. Assim, abrimos passagem para o amor entrar e fluir em nossas vidas.
- por Enildes Corrêa
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