quinta-feira, 8 de março de 2012

Eles falam, sim!


Mônica Figueiredo é diretora editorial e, o melhor de tudo, mãe da Antonia / Revista Pais e Filhos.

Mesmo sem falar, os bebês falam através do olhar e dos gestos


Vou confessar: até ter a Antonia, eu não “entendia” muito de bebês, não. Nem curtia! Achava que os bebês eram todos iguais e sem graça. Gostava de criança só depois que ela começava a falar, quando, para mim, aprendiam a interagir, finalmente. Tadinha, como eu estava por fora... Não é à toa que, mesmo hoje, tendo me transformado num ser que aaaaama bebês, piro com uma matéria como esta da Parents, que a gente publica com exclusividade aqui no Brasil e que escolhemos este mês, sobre a linguagem dos bebês.  

Bebês falam, sim, e é deslumbrante ir descobrindo o que quer dizer cada gesto, cada olhar, cada jeito de corpo. Prestar atenção no filho. Falar com ele sem falar, descobrir seu jeito e se comunicar: faz parte da magia deste encontro entre pais e filhos.

Lembro-me sempre do meu queridíssimo amigo, dr. Leonardo Posternak, me ensinando: “Mônica, a adolescência da criança começa na hora em que você sai da maternidade”. Sábio conselho! Cada momento de intimidade entre você e seu bebê, cada hora de entendimento, no silêncio, no carinho, no toque, vão construindo mais que um vínculo forte, uma história de vida, uma memória que fica lá e segura as barras dos inevitáveis desencontros que a vida provoca. Não tem importância, se o vínculo está lá.

E mãe é mãe. Pai é pai. Falo isso aqui sempre, mas não canso de repetir: não somos amiguinhos de nossos filhos, nem irmãos, nem nada a não ser pais. Só nós, exclusivos, únicos, com papéis bem específicos: pais.

Fazer nosso trabalho bem feito pode ser difícil, às vezes. Mas, com certeza, o resultado, lá no final, é tremendamente compensador. Adoro ser mãe. Mesmo nas horas em que a gente pira, achando que “faltou”, que não sacou, que bobeou ou que não pode mesmo ser “aquela” mãe que a gente imagina ser. Não tem importância, se você está lá. O filho da gente nos conhece muito bem... Confie! Confie no seu filho, na inteligência dele, na troca, confie no seu taco, na sua intuição e vá construindo a história de vocês. Isso é amor. No dia a dia. O resto é literatura...


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