No relacionamento do casal é normal e comum acontecerem as brigas. Mas, como elas acabam influenciando a vida das crianças?
Por Nivia de Souza, filha de Tânia e RenatoÉ fato: seus filhos vão assistir algumas brigas conjugais. O desacordo pode ser sobre quem vai lavar a louça hoje, uma discussão quente sobre a sogra que está passando dos limites ou até sobre os problemas financeiros.
É inevitável que as crianças sejam espectadoras para as muitas formas de conflito entre seus pais. Muitos concordam que não é uma boa experiência para ninguém ver seus pais brigando. Se você tem lembranças deste tipo de situação, sabe que sentimentos ela desperta e entende o que sente uma criança que vive em uma casa onde as coisas, de vez em quando, são tensas.
As brigas são naturais e fazem parte dos relacionamentos. Porém, como elas podem continuar a acontecer de um jeito saudável para seus filhos?
Nem todas as brigas são iguais
Não é o fato do conflito, mas sim o tipo de conflito que faz a diferença para as crianças. “Não há como protegê-las completamente de uma condição de hostilidade permanente. Mas, é preciso cuidado com a exposição dos sentimentos”, explica a psicóloga Lydia Aratangy, mãe de Cláudia, Sílvia, Ucha e Sérgio. Divergências e discordâncias fazem parte de qualquer relacionamento, principalmente entre casais. “Se as discussões forem respeitosas, só pode fazer bem a criança perceber que diferenças não inviabilizam uma relação amorosa”, completa Lydia.
Ajude a entender
Reconheça para seu filho que brigas acontecem e que são naturais e saudáveis. Isso ajuda a organizar as informações confusas que podem vir a surgir. “Diga que o calor da discussão, às vezes, leva os adultos a dizerem bobagens, das quais, depois, eles se arrependem. Mas, só vale dizer isso se for verdade”, recomenda a psicóloga, que ainda salientou que se não for admitido que aconteceu sim um conflito, é a mesma coisa do que chamá-la de louca ou cega.
Dê uma volta
Quando a discussão está ficando quente, é melhor reconhecer que é hora de alguém deixar o ambiente e dar uma volta. Se você sabe que existem certos assuntos que deixa um dos dois realmente chateado, evite a discussão até vocês terem um momento a sós. “Quando os limites são ultrapassados na frente das crianças, os pais devem se envergonhar e aprender a se controlar”, diz Lydia.
A psicóloga afirma também que não é justo expor os filhos a julgamentos morais sobre o cônjuge, que não são verdadeiros com relação aos pais da criança. “Um marido traidor ou uma esposa adúltera podem ser pais extremosos e competentes”, alerta.
Eles são afetados sim
Pensar que seu filho é muito pequeno para ser influenciado ou mesmo lembrar que seus pais brigam, é um engano. Mesmo bebês e crianças pequenas interpretam e, constantemente, olham para as pessoas que ele mais confia para ter certeza de que tudo está bem e seguro. Ela pode não ter uma memória explícita de uma das brigas, mas uma criança pequena está sempre redefinindo sua ideia de mundo.
Segundo a psicóloga, uma criança que presencia muitas brigas de seus pais, e até mesmo cenas inadequadas, podem ficar medrosas, desconfiadas e violentas. “Ou todas estas coisas ou algumas delas”, complementa.
Quando buscar ajuda
Se as brigas forem recorrentes e violentas e o clima de hostilidade entre os parceiros se cristalizar, a ajuda profissional especializada deve ser procurada. E, dependendo da idade da criança, uma boa conversa com o pediatra – preferencialmente, junto com os pais – pode ser um bom ponto de partida.
Consultoria: Lydia Aratangy, mãe de Cláudia, Sílvia, Ucha e Sérgio, é psicóloga
Segundo a psicóloga, uma criança que presencia muitas brigas de seus pais, e até mesmo cenas inadequadas, podem ficar medrosas, desconfiadas e violentas. “Ou todas estas coisas ou algumas delas”, complementa.
Quando buscar ajuda
Se as brigas forem recorrentes e violentas e o clima de hostilidade entre os parceiros se cristalizar, a ajuda profissional especializada deve ser procurada. E, dependendo da idade da criança, uma boa conversa com o pediatra – preferencialmente, junto com os pais – pode ser um bom ponto de partida.
Consultoria: Lydia Aratangy, mãe de Cláudia, Sílvia, Ucha e Sérgio, é psicóloga
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fico muito feliz com seu comentário!!! :)