Estima-se que hoje no Brasil existam cerca de 6,6% crianças abaixo de cinco anos de idade com excesso de peso, com uma prevalência maior no sexo masculino tanto em crianças quanto em adolescentes. Cerca de 80% das crianças com obesidade entre 5 a 10 anos de idade, apresentarão uma maior chance de se tornarem adultos obesos.
Mas, como saber se o seu filho está com sobrepeso ou obesidade? Na prática, utilizamos o índice de massa corporal (IMC), que após calculado, é colocado em gráficos específicos de IMC para meninas e meninos, definindo peso adequado, sobrepeso e obesidade de acordo com a idade.
Várias causas podem estar relacionadas à obesidade em crianças e adolescentes, mas as principais são os hábitos alimentares inadequados e a falta de atividade física ou sedentarismo. A principal prevenção começa já com a amamentação, que diminui o risco de obesidade em 20 a 25%. O leite de vaca tem uma quantidade de proteínas 5 vezes maior que no leite materno, sendo que o excesso de proteínas leva a um aumento de adiposidade. Entre alguns dos erros alimentares mais comuns podemos citar: pouca oferta de verduras e legumes, excesso de frituras e massas, não ingerir o café-da-manhã ou pular refeições, doces em excesso e menor ingestão de frutas. É importante que as crianças menores não sejam superalimentadas, deve-se respeitar seus sinais de saciedade. Os lactentes e crianças jovens tem capacidade de autorregulação da ingestão calórica, portanto não devem ser forçados a terminar a refeição.
Quanto à falta de atividade física, cerca de 60% das crianças e adolescentes brasileiros tem menos de 3 horas de atividade física por semana. Recomenda-se reduzir para menos de 2 horas diárias as atividades sedentárias e praticar 60 minutos de atividade física por dia.
É sabido que, embora a genética possa predispor a pessoa ao excesso de peso, os fatores ambientais são decisivos na sua manifestação, caso a criança tenha uma dieta inadequada e/ou pouca atividade física. A obesidade pode trazer muitas consequências à saúde, predispondo os indivíduos a doenças como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dores em membros, maior risco de fraturas ósseas e problemas de relacionamento social.
Leve seu filho regularmente ao pediatra para acompanhamento de seu crescimento e ganho de peso, siga suas orientações alimentares e incentive a atividade física, garantindo que ele mantenha um peso saudável e seja mais saudável!
Fernanda Abreu
Dra. Fernanda Abreu
Pediatria e Pneumologia Pediátrica
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