terça-feira, 2 de outubro de 2012

Pais separados, nem sempre um drama


Pais separados, nem sempre um drama, mas quase sempre uma nova história com final feliz!
É comum alguns pais procurarem ajuda profissional para saberem qual o melhor jeito para contar aos filhos que irão se separar, pois não querem traumatizá-los. Outros procuram ajuda profissional depois de terem feito a separação, para que a criança seja atendida e diagnosticado o tamanho do estrago emocional que causaram em seu filho, outros ainda, depois de alguns anos procuram ajuda, pois se culpam pelas dificuldades do filho por acreditarem que a  separação possa ser o motivo. Enfim, em toda separação há tristeza, mas ela também pode ser um novo recomeçar!
Toda criança precisa de um ambiente tranqüilo e seguro para sentir-se amada, amparada e protegida, mas quando este ambiente é repleto de intrigas, discussões, desafetos, insultos, agressões e conflitos a criança cresce em meio a desavenças, insegurança, agressividade e infelicidade.
Muitos pais acabam sustentando uma relação falida em nome dos filhos ou em nome da família, mesmo que de maneira esfacelada. Esta união se mantém até que estes filhos estejam grandes e possam compreender a separação. Isso é comum, pois subestimam a capacidade dos filhos em administrá-la, além de protelarem tristeza e sofrimento, por não compreenderem que o mais difícil para a criança é administrar a infelicidade!
As crianças de até 10 anos amam ouvir historias com finais felizes, mas são bastante sensíveis para perceber a mentira e a infelicidade familiar quando se tenta mantém uma união patológica. Um casamento infeliz pode adoecer a família toda!
Dika: O melhor que os pais podem fazer é serem sinceros com seu(s) filho(s), dizendo de maneira legitima e carinhosa toda a verdade, que descobriram que não se amam mais como namorados e que serão amigos. Cada um terá sua casa, pois não irão mais morar juntos. Serão amigos e não irão mais brigar e que desta maneira todos serão mais felizes. A criança pode ter a sensação de que também será separada dos pais e por isso, precisa ouvir que irá morar na casa da mamãe porque todos os filhos moram com as mães e que irá periodicamente visitar o papai. Importante também ouvir as regras dessas visitas, podendo solicitar o papai seja por telefone ou visita sempre que quiser. Quando as angustias da criança são aplacadas, ela tira de letra o novo momento que irá viver, sem maiores dramas! Para que a criança fique ainda mais tranqüila e segura, lembre-a de alguns amiguinhos que são filhos de pais separados, para que ela perceba que estas crianças são felizes e que ela também o será.
Quando a infelicidade é arrastada por mais tempo na vida criança, o sofrimento se instala de maneira desastrosa! Conviver com pais tristes, infelizes, agressivos e hostis é muito mais prejudicial do que viver a separação.
Óbvio que quando a criança não tenha vivido ou presenciado qualquer tipo de violência doméstica, agressão verbal, hostilidades e até mesmo discussões sempre terá a esperança de que um dia estes pais poderão voltar a namorar.Quando há a presença de novo parceiro ou namorado, é preciso ter muita sabedoria para a iniciação do convívio. Quando a criança é pequena, esse ¨tio(a)¨ deve ser apresentado a princípio como amigo(a) para que a criança não reaja com defesa e não permita aproximação por ciúmes da figura parental e, posteriormente, após a conquista feita pelo novo parceiro(a), poderá ser anunciada a união dos mesmos.
Quando acontece rejeição, a criança deverá saber que a escolha é feita pelos pais e não por ela, e se isso persistir, os pais deverão impor seus desejos, restando à criança respeitar, mesmo que contrariada. Isto posto, em pouco tempo, espera-se a aceitação por parte dela; não se pode com eles, junte-se a eles! Não podemos entregar a criança o direito de escolha pelo namorado(a)dos pais… tudo tem limites!
Eu, particularmente, acredito na instituição casamento, desde que haja muito amor, cumplicidade, união e que mesmo com muitas dificuldades, ainda esteja valendo à pena! Caso contrário… Coragem! A vida é muito curta para se perder tempo com história sem final feliz! Uma coisa é certa! Pais felizes têm filhos felizes!!!
Aliás, uma das lições mais preciosas que podemos ensinar aos filhos é recomeçar… tentar sempre ser feliz de novo, aprendendo com os erros!
Marcilei Marques Trovão de Paula
Psicóloga

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