sábado, 12 de maio de 2012

Quanto você pode gastar com sapatos!


Na edição 728  da revista Época eu e a Margarida Telles fizemos uma matéria sobre como enriquecer junto com alguém. A reportagem era bem específica para casais, e ensinou como cada um deve colaborar para o bom andamento das finanças. Mas e se eu não for um casal? Como fazer para pagar todas as contas, comprar sapatos (porque ninguém é de ferro) e ainda poupar para o futuro?
O planejador financeiro pessoal Rogério Nakata me respondeu essa questão. E já vou avisando que a resposta é cruel, muito cruel. Se você quer fazer um pé de meia para o futuro, vai ter de abrir mão de muitos sapatos e mimos no presente.
Vamos à dura realidade dos fatos: você deve gastar apenas 10% da sua renda com comprinhas. Isso quer dizer que se você ganha R$ 2000, o investimento em roupas e sapatos deve ser de R$ 200. Se você ganha R$ 5000, de R$ 500, e assim por diante.
Parece pouco, né? Mas tem uma explicação. “Se a mulher ainda não tem uma família, ou alguém para dividir as despesas, essa é a melhor hora de poupar. Nessa fase da vida é possível guardar até 30 ou 40% da renda, o que vai dar mais tranquilidade a pessoa no futuro”, ensina Rogério. Agora, se você prefere poupar o mínimo possível e gastar mais no presente, separe pelo menos 10% da sua renda para a poupança. Essa é a quantia mínima necessária para garantir alguma paz financeira no futuro.
Para os desejos de consumo mais ambiciosos, Rogério diz que é necessário fazer uma “poupança para gastos eventuais”. Isso quer dizer que você pode separar 5% do seu salário todo mês e ir juntando aos poucos o dinheiro para comprar algum item mais caro.
Outros 10% do salário deve ser separado para uma “poupança de emergência”. É bom deixar claro que um vestido para uma festa não é considerado emergência, e esse dinheiro só deve ser usado caso você perca o emprego, ou fique doente e precise de algum remédio específico, ou o seu carro quebre, etc…
Os 55% ou 60% que restam do seu salário (dependendo de quanto você vai poupar) deve ser usado para as contas de gente grande: aluguel, água, luz, etc… E também para os “supérfluos necessários” como comer fora e cortar o cabelo.
Ah, mais uma coisa, tudo isso precisa ser colocado na ponta do lápis (ou na tabela do Excel) todos os meses, para ter o controle certinho de onde e com o que você está gastando.
E você? Como organiza suas finanças? Prefere poupar ou ter felicidade momentânea com um sapato novo?
Natália Spinacé é repórter de ÉPOCA em São Paulo.

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